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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, mas a tradição ainda é o que era

por josé simões, em 12.09.24

 

Ernst_Thälmann_1932.jpg

 

 

"Bei der Auslösung von Streiks in den Betrieben […] sei die Hereinnahme von Nazis in die Streikkomitees […] absolut notwendig und erwünscht."

"Quando são desencadeadas greves nas empresas […] a inclusão dos nazis nos comités de greve […] é absolutamente necessária e desejável."

 

Ernst Thälmann, dirigente do Partido Comunista Alemão [KPD], fiel a Estaline, assassinado em 1944 em Buchenwald por ordem directa de Hitler.

 

Quando o inimigo era a social-democracia, rebaptizada social-fascismo por ordem de Moscovo, valeu tudo, até aliança com os nazis do NSDAP para piquetes de greve na Berliner Verkehrsgesellschaft, empresa de transportes de Berlim. Agora, quando o fascismo está aí outra vez em força e é cada vez mais urgente uma unidade e convergência entre forças democráticas e progressistas, há quem faça depender a participação numa manifestação anti-racista, no mesmo dia dia em que os fascistas organizam um desfile "contra a imigração", do suposto apoio à NATO, a força militar mais multicultural, multiétnica e multinacional da história, e um alegado silenciamento sobre as acções de Israel na Palestina. "Política unitária não é isto", política unitária é deixar o cérebro em casa e obedecer aos ditames do Comité Central.

 

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, mas a tradição ainda é o que era.

 

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