Um dia como outro qualquer
por josé simões, em 21.03.19
No intervalo do telejornal da catástrofe bíblica que castigou Moçambique passaram anúncios às barritas de chocolate, a pensos higiénicos, indetectáveis com calças justas, a camisas de Vénus de prazer interminável, para ele e para ela, ao carro do ano, a um programa de televisão onde "o prazer não é um luxo", patrocinado por umas massas e esparguetes. A alegria do capitalismo é vivermos em paz a chafurdar na merda dos outros.
[Imagem de autor desconhecido]