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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Trabalhar para aquecer

por josé simões, em 05.05.21

 

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Quando José Sócrates aparecia nas aberturas dos telejornais, depois de mais um PIN atentatório do património ecológico e ambiental comum, em tendas montadas no "local do crime" por empresas organizadoras de eventos a anunciar "um dia histórico" para o país e para a região, com um investimento de não sei quantos milhões de euros, gerador de mais não sei quantos milhares de empregos, directos e indirectos, nunca posteriormente confirmados pela comunicação social pé de microfone, e Manuela Ferreira Leite ousou argumentar que tal criação de emprego era na Moldávia, no Brasil ou em Cabo Verde, levou com a esquerda [quase] toda em cima, sem ver o que estava à frente de todos no dia-a-dia e sem raciocinar e perceber que esta reacção emotiva às palavras da então líder do PSD mais não era que assinar por baixo um dos princípios base do capitalismo neo-liberal: a desregulação total e a total ausência de direitos e garantias em nome do objectivo lucro máximo-despesa mínima e bem-estar de uma minoria.

Agora que temos em Odemira, Almograve, no Perímetro de Rega do Mira, e um pouco por todo o país, do Alqueva ao nordeste transmontano, a criação de emprego no Nepal, Paquistão e Sri Lanka, se calhar a esquerda "cão de Pavolov" já fazia um acto de contrição.

 

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