||| O Triunfo dos Leitões
Ou a curiosa alteração geográfica do território nacional durante o PREC da direita com a Mealhada a sul de Rio Maior.
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Ou a curiosa alteração geográfica do território nacional durante o PREC da direita com a Mealhada a sul de Rio Maior.
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«Papa baptiza filho de mãe solteira e filha de casal casado pelo civil»
[Imagem de autor desconhecido]
Nós e eles. Os bons e os maus. Os responsáveis e os irresponsáveis. Os democratas e os nem por isso.
A páginas tantas Paulo Portas falou em "partido frequentável".
Os aconselháveis e os a evitar. Os bons e os maus, costumes. O Respeito e a rebaldaria. As boas e as más famílias. Com moção e tudo.
Os vícios privados e as públicas virtudes, segundo o cânone. O partido dissimulado do líder dissimulado. Irrevogavelmente dissimulado. Porque sim.
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Os avós deram ao povo ignaro, primeiro a 3.ª e depois a 4.ª classe, facultativa, porque o mito da ruralidade não queria grandes escrituras nem grandes leituras, mulheres no fogão, depois da chegada dos campos a 50% da jorna dos homens para trabalho igual, e além disso o orçamento era curto e os braços das crianças rendiam mais nos campos do que nos bancos das escolas de ardósia nos joelhos.
Os pais deram, a contragosto, os cursos industriais, forçados pelos Alfredos da Silva das indústrias a necessitar de quadros técnicos e especializados, e que não se compadeciam com mãos calejadas e cabeças duras pela ignorância, importadas dos campos para as periferias das cidades, no glorioso Portugal do condicionamento industrial.
Depois veio a revolução e a democracia e a alfabetização e a democratização e massificação da educação, e os filhos dos técnicos das indústrias dos Alfredos da Silva, e netos do homem rural, analfabeto e ileterato da 3.ª classe, ficaram doutores e engenheiros e advogados e médicos e o Diabo a quatro, e começaram a ler e a pensar pela sua própria cabeça e a preocupar-se e a ter opinião [heresia!] e há que pôr as coisas no seu devido lugar. "Manda quem pode, obedece quem deve". Ani Maamim!
Como ex-combatentes, pensionistas, contribuintes, famílias, lavoura, segurança dentro e fora das muralhas da urbe, e parece que não me esqueci de nada, já não colam, reinventou-se como "direitos de Portugal" vírgula irrevogáveis. Até o pagode perceber, se é que já não percebeu, que no Portas Translate "direitos de Portugal" dá "vaidade; peneirento; aparecer; sorriso Pepsodent; corte italiano; botões de punho; saltitar levemente de nenúfar em nenúfar; debaixo dos holofotes".
«Portas: "Irrevogáveis são os interesses de Portugal"»