Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
A Teoria da Substituição, por Rodrigo Sousa e Castro, capitão de Abril, num tweet que o Ventas do Chaga não desdenharia. Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
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A Teoria da Substituição, por Rodrigo Sousa e Castro, capitão de Abril, num tweet que o Ventas do Chaga não desdenharia. Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
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À hora da publicação deste post, o tweet da POPTime "ABSURDO! Catar construiu muros para esconder população pobre do país durante a Copa do Mundo 2022" já leva 1.261 retweets, 2.778 tweets com comentário, 16,7 mil likes. Exactamente o mesmo que a câmara de Beja fez para esconder os ciganos no Bairro das Pedreiras. "O Parlamento não autoriza a ida de Marcelo a Beja" podia ser um título de primeira página ou a abertura de um telejornal em Portugal.
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O sindicato dos Profissionais de Polícia, aquele que é presidido pelo senhor agente que assume identificar-se com o Movimento Zero, diz que "Nunca admitiremos que estratégias que visem o enfraquecimento das estruturas sindicais e da própria polícia possam prejudicar o fim a que nos propomos, ou seja a defesa do cidadão de bem". "Cidadão de bem". O que é que se faz a gente, portugueses, cidadãos, deste calibre?
O senhor do sindicato da polícia que há dois anos e um dia dizia em entrevista identificar-se com o Movimento Zero estranha o contexto da reportagem, não estranha o conteúdo da mesma. Por nós estamos conversados.
[Na imagem, de autor desconhecido, Eduardo Cabrita, que conseguiu estar seis anos no Governo, 4 - quatro - 4 dos quais com a tutela, e não dar por nada]
O tablóide bife da direita racista e xenófoba, alinhado com o UKIP e com os tories na campanha pelo Brexit, acusado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos de fomentar o discurso do ódio, traz para a primeira página os esforços da filha de imigrantes originários do Quénia e das Ilhas Maurícias, Suella Braverman, secretária do Interior, em mandar para o Peru, Paraguai e Belize, os imigrantes que chegam clandestinos a Inglaterra pelo canal, como alternativa ao Plano A - Ruanda. Se isto não é a estupidez estampada numa primeira página...
Vamos falar de racismo e xenofobia. A primeira página do The Economist.
O paradoxo que é Marcelo, omnipresente e omnisciente, viver numa bolha que não lhe permite ter contacto com o "vai mazé pra a tua terra!" na ponta da língua de qualquer anónimo do beijinho e da selfie de cada vez que uma discussão ou conversa mais acalorada, a envolver um estrangeiro ou alguém com o tom de pele um niquinho mais para o escuro, rebenta num café, uma repartição, num transporte público. Não, os portugueses não têm "vocação de abertura, inclusão e tolerância", coisíssima nenhuma.
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Presidente de sindicato de força policial com três inspectores acusados de homicídio de cidadão imigrante ucraniano à pancada em instalações controladas pela organização acusa outras forças policiais de xenofobia e racismo por práticas de tortura a imigrantes.
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"Após se terem filiado ao Chega, o partido de extrema-direita que nas últimas eleições conquistou 12 lugares no parlamento português, vários imigrantes brasileiros teriam sido vítimas de atitudes racistas e xenófobas por parte dos seus próprios companheiros."
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Duas coisas a reter no ataque racista e xenófobo de que foi alvo o motorista da Transportes Sul do Tejo:
- A paragem cheia de gente sem que ninguém se tenha dignado mexer um dedo ou abrir a boca em defesa do atacado;
- No day after as caixas de comentários e as contas Facebook e Twitter com "é preciso saber o contexto".
Puta que pariu.
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"Ó senhor agente, não me bata nas costas, bata-me nas nádegas, se faz favor". "Ó senhor agente, já me bateu muito nesta face, eu dou a outra. Obrigado". "Ó senhor agente, tenha calma que eu ponho-me a jeito, não suje a farda".
O partido dos delinquentes no Twitter.
"Os migrantes serão devolvidos a França", grita o conservador Daily-com-um-cruzado-no-meio-Express na primeira página que celebra a "history maker!" britânica Emma Raducanu, nascida no Canadá, filha de pai romeno e mãe chinesa, só aterrada em Londres com dois anos de idade.
Tivemos Miguel Viegas, ex euro deputado do PCP, a escrever numa "rede" que o ouro do Pichardo não era 100% português, 100% era o bronze do Pimenta, e tivemos o rapazito da RTP de microfone esticado a perguntar a Pichardo se ele realmente cantou A Portuguesa já que estava de máscara e não deu para ver. A silly season não explica tudo e é bem provável haver "cenas dos próximos capítulos".
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