O maluco do cemitério
Cai uma avioneta em cima de um hipermercado e Marcelo chega lá primeiro que os bombeiros, descarrila um eléctrico no Chiado e Marcelo chega primeiro que a polícia [ia a passar...], pode haver erupção de vulcão nos Açores e Marcelo anuncia que vai a caminho. Marcelo chega às 17 horas do continente aos Açores para regressar ao continente às 17 horas dos Açores ao continente, não foi atrapalhar, foi "dar força" às populações. Marcelo é aquele gajo que vai na auto-estrada e pára para ver o acidente em sentido contrário, do outro lado do separador central, e com isso provoca um engarrafamento colossal atrás de si desde o tabuleiro da ponte até ao Casal do Marco.
Quando era puto havia no bairro um pateta, sempre "a rir sem ser por nada", como na canção do Zeca. Ouvia travar a fundo na estrada e estava lá para ver o acidente, falava-se que tinha afundado um bote na doca e lá ia ele a correr ladeira abaixo, uma pessoa foi colhida por um comboio e lá andava ele no meio da linha a espreitar por cima dos bombeiros, "mas que grande reinação", também como na canção do Zeca. Além de que marcava presença em todos os funerais e velórios mesmo não conhecendo o defunto. Era conhecido como o maluco do cemitério.
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