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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Europe: State of denial: Europe’s role in rendition and secret detention

por josé simões, em 24.06.08

 

“This report looks at certain practices of the CIA and other US agencies in Europe and in their dealings with European nationals, sometimes in co-operation with European national intelligence and other agencies, in the context of the “war on terror”. Focusing on the disturbing picture that has emerged in the two years since Amnesty International published "Partners in crime: Europe’s role in US renditions", it highlights seven aspects of Europe’s role in the US programme of renditions and secret detention.”

 

Relatório da Amnistia Internacional (em PDF) aqui

 

 

 

Ana Gomes

por josé simões, em 08.01.07
“E tem reunido relevantes sinais indicando que, efectivamente, os EUA violaram direitos humanos em território português”
 
Joana Amaral Dias, Diário de Noticias 08/ 01/ 2007 sobre as investigações de Ana Gomes aos voos da CIA.
 
 
A obsessiva e, quase doentia persistência, da deputada europeia do PS nesta questão – com encontros imediatos do 3º grau pelo meio – ameaça, por mais razão que tenha, fazê-la cair e, com ela a credibilidade das investigações, para o plano do ridículo.
 
O que faz correr e, para onde corre Ana Gomes, ao transformar um caso que deveria ser problema dos EUA, num assunto interno do Estado português, arriscando todo um capital de simpatia adquirido após a sua prestação na questão de Timor?

Guerra, Terrorismo e Guerra ao Terrorismo

por josé simões, em 01.12.06

A comissão do Parlamento Europeu que investiga os voos secretos da CIA, em documento publicado pelo “Publico”, mostra-se preocupada com as 91 escalas efectuadas por aviões ao serviço da Agência em território nacional, e decepcionada por o titular do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, ter ignorado o convite da comissão para prestar esclarecimentos em Bruxelas.

 

Fez bem Luís Amado em não se deslocar a Bruxelas.

Por que cargas de água um ministro de um Governo eleito democraticamente, de um Estado de Direito se deve deslocar a Bruxelas para responder perante uma comissão?

Acaso o termo soberania nacional existe no vocabulário Eurocrata?

A haver lugar a esclarecimentos, a dita comissão que se desloque ao País em questão e peça para ser recebida; o que pelos vistos irá acontecer no próximo dia 6.

Levou a comissão, o seu tempo a perceber… Mas mais vale tarde do que nunca.

 

Na minha perspectiva, a questão das alegadas escalas de voos da CIA em território nacional, apesar de importante é uma questão menor.

Portugal, no quadro das suas alianças político-militares e como país membro / fundador da NATO, tem uma relação privilegiada com os Estados Unidos; e é a partir desta base de raciocínio que poderemos interrogar-nos qual a argumentação a usar pelo SIS ou pelo SEF que justificasse a fiscalização de “aviões amigos”. Obviamente que as sinergias estavam viradas para outros potenciais suspeitos.

 

Preocupava-me sim, se houvessem em território nacional as chamadas prisões clandestinas, como se supõe existirem em Itália, na Polónia e na Roménia; porque assim estaríamos em face de uma flagrante ilegalidade, de um claro indício de ingerência e ultraje à soberania nacional e de subserviência do Governo a uma potência estrangeira.

 

Para todos os efeitos convém não esquecer que estamos em guerra.

Goste-se ou não do homem, G. W. Bush tem razão neste ponto.

A luta contra o terrorismo é uma guerra. E é uma realidade nova para a qual não estávamos preparados. Não é uma guerra no sentido convencional do termo porque não se sabe quem é, nem onde está o inimigo. Pode ser qualquer um dos mais pacatos cidadãos, como os atentados de Londres o demonstraram.

A questão que aqui se coloca é saber até que ponto, numa luta que se trava contra um inimigo invisível que ignora regras e Convenções de Genebra, devemos nós orgulhosos cidadãos ocidentais, herdeiros do “Liberdade, Fraternidade e Igualdade” usar os mesmos argumentos usados por aqueles cujo objectivo único, é a destruição do nosso “way of life”; descermos ao mesmo nível de actuação.

Sem entrarmos numa paranóia colectiva, o modus operandi tem de se situar entre o usar meios legais que não colidam com os nossos princípios (de) direitos, liberdades e garantias, e Guantanamo.

 

No seguimento dos tópicos atrás desenvolvidos, convém atender às declarações do braço da Al-Qaeda no Iraque, através da Internet; comentando a visita de Bento XVI à Turquia como mais uma acção “da campanha dos cruzados contra o Islão”, e adiantando, “depois da falência de Bush, Blair e Berlusconi” para manter “os irmãos muçulmanos no Estado laico fundado pelo judeu Ataturk” e assim empurrá-los para a União Europeia.

 

Um ponto que tanto vale para os defensores da entrada da Turquia na União, por assim supostamente se colocar um travão ao fundamentalismo islâmico; como vale para os que defendem a não entrada, por a Turquia poder vir a ser um Cavalo de Tróia desse mesmo fundamentalismo.