Um Lukashenko em cada fronteira terrestre
Eleições na Ucrânia para afastar Zelensky e "trazer ao poder um governo capaz que gozasse da confiança do povo".
A confiança que Putin tem no sistema eleitoral ucraniano é a que não tem no seu.
[Imagem]
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Eleições na Ucrânia para afastar Zelensky e "trazer ao poder um governo capaz que gozasse da confiança do povo".
A confiança que Putin tem no sistema eleitoral ucraniano é a que não tem no seu.
[Imagem]
[Link na imagem]
Diz o povo que quem não se sente não é filho de boa gente. Eu senti-me incomodado.
[Imagem]
Gajo que recusou reconhecer a derrota nas urnas e que patrocinou um motim com vista a impedir a tomada de posse do legitimo vencedor em eleições livre e democráticas, repete a conversa de gajo no poder há 26 anos, que alterou a constituição para por lá se manter até 2036, que é eleito por chapelada no país onde os opositores caem das varandas ou são assassinados, depois de prisão arbitrária ditada por tribunais subservientes ao poder político, sobre a ausência de legitimidade de um presidente de país em guerra, sob lei marcial, com milhões de deslocados - internos e externos, zonas desertificadas e outras em constante mutação fronteiriça. Que é um ditador que não vai a votos. Que não quer a paZ. Pela repetição da cassete, que ambos são leitores do órgão oficial do partido português que não é putinista [e agora nem trumpista] com saída periódica às quintas-feiras é a grande novidade nisto tudo.
[Imagem de autor desconhecido]
"A culpa é do José Lensky". Não, não veio escrito pela enésima vez no Avante! desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, foi Donald Trump quem o disse a seguir à conferência de Riade onde Marco Rubio entregou tudo a Putin sem que Putin lhe tivesse pedido alguma coisa e onde acabou a impor condições e a definir linhas vermelhas.
Quem se interessa por estas coisas da história conhece os mecanismos que levaram à absorção pela Rússia dos sovietes daquelas que viriam a ser as futuras repúblicas socialistas soviéticas, mecanismos em tudo iguais ao usados por Putin na Arménia, na Bielorrússia, no Donbass, e em curso na Geórgia. Falhou na Ucrânia porque "o comediante", como lhe chama os minons do partido que não é putinista, disse que as suas costas era coisa que o ocupante russo não ia ver. E Putin sabe a história, por a ter estudado e por a ter ouvido contar na primeira pessoa ao seu avô, o cozinheiro de Estaline, o Estaline que ele anda há décadas a recuperar.
Disse Putin que o fim da URSS foi a maior catástrofe geopolítica, no mesmo discurso onde falou nos russos dos sudetos nas minorias russas. Estava tudo ali. Curiosamente o partido que não é putinista também afirma que a URSS não devia ter acabado, devia ter sido aperfeiçoada. A partir de que parte da história não esclarecem. Talvez Putin comece agora a esclarecer, se nos apanhar, Europa, cada um a falar para o seu lado e a olhar para o seu umbigo.
De Carlos Moedas, na câmara de Lisboa, a Luís Montenegro, no Governo da República, anunciar como seu e com grande foguetório de propaganda o que os outros anteriormente tinham decidido, iniciado, ou deixado em vias de concretização. Afinal, dos 126 milhões de euros prometidos à Ucrânia, 100 já tinham sido pagos pelo anterior Governo.
[Imagem de autor desconhecido]
[Link na imagem]
Vai grande alvoroço entre os minions do partido Z de plantão às redes perante a possibilidade das eleições presidenciais na Ucrânia ficarem em stand by até ao final da guerra, a prova provada de que o senhor José Lensky é um fascista, um ditador da pior espécie. Os mesmos minions que enalteceram o resultado dos referendos nas repúblicas dos russos dos sudetas - Lugansk e Donetsk, duas semanas depois da ocupação russa, com a população em fuga das bombas de Putin e com os que ficaram a votarem em urnas ambulantes, com o boletim de voto preenchido à porta de casa na frente do "presidente da mesa" escoltado por uma patrulha de soldados Z de AK-47 em punho, e cujo resultado ditaria a anexação pela Rússia, a Rússia onde o presidente se eterniza no poder e os adversários políticos, que não caem da varanda ou cortam a jugular por acidente enquanto fazem a barba pela manhã, apodrecem 30 e mais anos na cadeia caso sobrevivam a um misterioso envenenamento por Polónio 210. Deve ser isto que os editoriais das quintas-feiras no sítio do costume classificam como "uma democracia avançada para o séc. XXI".
[Link na imagem]
Volodymyr Zelensky, um mestre da comunicação no séc. XXI como já não pensávamos ser possível depois de tudo o que se tinha visto no séc. XX, conseguiu ter quase tantas primeiras páginas a nível global [sequência, não exaustiva] quantas as de Leonel Messi um dia depois de ser campeão do mundo [sequência, também não exaustiva]. Chapéu.
[Imagem "Books! Across All Branches of Knowledge", Alexander Rodchenko,1924]
We don't need more superheroes. Just give us a few more real people with big hearts, who are willing to face impossible odds.
Sign O' The Times, Capítulo CCXLV
[Link na imagem]
A imagem do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a caminhar sozinho por uma avenida deserta de Kyiv no Dia da Vitória, enquanto vai falando para a câmara e para o mundo, contra a imagem de um solitário presidente da Rússia, Vladimir Putin, sozinho numa bancada cheia de gente, inchado até ao pescoço de colete anti-bala, a debitar propaganda para consumo interno, perante dezenas de milhar que compassadamente fazem troar as botas nas pedras da Praça Vermelha em Moscovo.
[Ukrainian Girl na imagem]
O PZP PCP sabe perfeitamente que se a Ucrânia baixar as armas desaparece engolida na voragem restauracionista imperial de Putin, que prontamente vai passar para outra, a Moldova, com o fomento do separatismo na Transnístria, à imagem do que faz na Geórgia com a Abecázia e a Osssétia do Sul, e fomenta na Arménia e Azerbaijão, que o fantoche da Bielorrússia está no bolso, e o O PZP PCP também sabe que se for a Rússia calar as armas e retirar a guerra acaba em menos de um fósforo. O PZP PCP sabe isso tudo mas recusa acordar do coma da "Mãe Rússia" e ficar órfão dos amanhãs que canta[va]m, nem que para isso tenha de ser cúmplice da morte de milhões de inocentes escudado no "dar oportunidade à paz", a oportunidade que Putin recusa na paz a que pôs fim. Aquelas pessoas tinham uma vida.
Para o índice da filha da putice com assento parlamentar:
PCP opôs-se a intervenção de Zelensky na AR: “Não vai ao encontro do objetivo de defender a paz”
Adenda: O PZP PCP, na sua hipocrisia e cinismo, invoca constantemente o cumprimento da Acta Final de Helsínquia, aquela que reconhece o direitos dos Estados a integrarem ou não tratados e alianças, coisa que o PZP PCP e Putin negam à Ucrânia.
[Na imagem, de autor desconhecido, pintura numa parede interior na antiga fábrica de automóveis Moskvitch em Moscovo]