"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Volodymyr Zelensky, um mestre da comunicação no séc. XXI como já não pensávamos ser possível depois de tudo o que se tinha visto no séc. XX, conseguiu ter quase tantas primeiras páginas a nível global [sequência, não exaustiva] quantas as de Leonel Messi um dia depois de ser campeão do mundo [sequência, também não exaustiva]. Chapéu.
[Imagem "Books! Across All Branches of Knowledge", Alexander Rodchenko,1924]
A imagem do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a caminhar sozinho por uma avenida deserta de Kyiv no Dia da Vitória, enquanto vai falando para a câmara e para o mundo, contra a imagem de um solitário presidente da Rússia, Vladimir Putin, sozinho numa bancada cheia de gente, inchado até ao pescoço de colete anti-bala, a debitar propaganda para consumo interno, perante dezenas de milhar que compassadamente fazem troar as botas nas pedras da Praça Vermelha em Moscovo.
O PZP PCP sabe perfeitamente que se a Ucrânia baixar as armas desaparece engolida na voragem restauracionista imperial de Putin, que prontamente vai passar para outra, a Moldova, com o fomento do separatismo na Transnístria, à imagem do que faz na Geórgia com a Abecázia e a Osssétia do Sul, e fomenta na Arménia e Azerbaijão, que o fantoche da Bielorrússia está no bolso, e o O PZP PCP também sabe que se for a Rússia calar as armas e retirar a guerra acaba em menos de um fósforo. O PZP PCP sabe isso tudo mas recusa acordar do coma da "Mãe Rússia" e ficar órfão dos amanhãs que canta[va]m, nem que para isso tenha de ser cúmplice da morte de milhões de inocentes escudado no "dar oportunidade à paz", a oportunidade que Putin recusa na paz a que pôs fim. Aquelas pessoas tinham uma vida.
Para o índice da filha da putice com assento parlamentar:
Adenda: O PZP PCP, na sua hipocrisia e cinismo, invoca constantemente o cumprimento da Acta Final de Helsínquia, aquela que reconhece o direitos dos Estados a integrarem ou não tratados e alianças, coisa que o PZP PCP e Putin negam à Ucrânia.
[Na imagem, de autor desconhecido, pintura numa parede interior na antiga fábrica de automóveis Moskvitch em Moscovo]