Um Lukashenko em cada fronteira terrestre
Eleições na Ucrânia para afastar Zelensky e "trazer ao poder um governo capaz que gozasse da confiança do povo".
A confiança que Putin tem no sistema eleitoral ucraniano é a que não tem no seu.
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Eleições na Ucrânia para afastar Zelensky e "trazer ao poder um governo capaz que gozasse da confiança do povo".
A confiança que Putin tem no sistema eleitoral ucraniano é a que não tem no seu.
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Hollywood foi fértil em produções cujo argumento girava à volta de famílias soviéticas introduzidas clandestinamente nos Estados Unidos e, com identidades falsas, aí constituíam família, faziam carreiras em todas as áreas da vida política e social norte americana, desde empresas privadas a departamento de Estado, à espera do click do Estado soviético para desempenharem uma qualquer tarefa de minagem e sabotagem da democracia, eram as chamadas "células adormecidas".
Este frenesim de Trump com as ordens executivas, o ataque aos departamentos de Estado e organizações de apoio humanitário, as taxas aplicadas aos até agora parceiros comerciais, a aproximação à ditadura russa, o apoio descarado à extrema-direita europeia, patrocinada por Putin, este afã em acabar com décadas de hegemonia americana no planeta, em destruir o denominado soft power, em reduzir os Estados Unidos à insignificância, faz lembrar as tais produções de Hollywood só que desta vez nem o FBI nem a CIA estão lá para pôr fim à conspiração, infiltrados e destruídos por dentro com as nomeações e ordens executivas. Make Russia Great Again é o que na realidade está escrito naqueles bonés de pala ridículos
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Vladimir Putin diz que Deus lhe deu a missão de defender a Rússia. O Donaltim de Putin na Casa Branca diz que Deus o salvou para tornar a América grande outra vez. Francisco, Papa, o secretário de Deus no planeta Terra, está a morrer num hospital de Roma. Há aqui qualquer coisa que não bate certo...
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As vezes dou comigo a pensar "agora acordo e nada disto é verdade ou está a acontecer".
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Gajo que recusou reconhecer a derrota nas urnas e que patrocinou um motim com vista a impedir a tomada de posse do legitimo vencedor em eleições livre e democráticas, repete a conversa de gajo no poder há 26 anos, que alterou a constituição para por lá se manter até 2036, que é eleito por chapelada no país onde os opositores caem das varandas ou são assassinados, depois de prisão arbitrária ditada por tribunais subservientes ao poder político, sobre a ausência de legitimidade de um presidente de país em guerra, sob lei marcial, com milhões de deslocados - internos e externos, zonas desertificadas e outras em constante mutação fronteiriça. Que é um ditador que não vai a votos. Que não quer a paZ. Pela repetição da cassete, que ambos são leitores do órgão oficial do partido português que não é putinista [e agora nem trumpista] com saída periódica às quintas-feiras é a grande novidade nisto tudo.
[Imagem de autor desconhecido]
"A culpa é do José Lensky". Não, não veio escrito pela enésima vez no Avante! desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, foi Donald Trump quem o disse a seguir à conferência de Riade onde Marco Rubio entregou tudo a Putin sem que Putin lhe tivesse pedido alguma coisa e onde acabou a impor condições e a definir linhas vermelhas.
Quem se interessa por estas coisas da história conhece os mecanismos que levaram à absorção pela Rússia dos sovietes daquelas que viriam a ser as futuras repúblicas socialistas soviéticas, mecanismos em tudo iguais ao usados por Putin na Arménia, na Bielorrússia, no Donbass, e em curso na Geórgia. Falhou na Ucrânia porque "o comediante", como lhe chama os minons do partido que não é putinista, disse que as suas costas era coisa que o ocupante russo não ia ver. E Putin sabe a história, por a ter estudado e por a ter ouvido contar na primeira pessoa ao seu avô, o cozinheiro de Estaline, o Estaline que ele anda há décadas a recuperar.
Disse Putin que o fim da URSS foi a maior catástrofe geopolítica, no mesmo discurso onde falou nos russos dos sudetos nas minorias russas. Estava tudo ali. Curiosamente o partido que não é putinista também afirma que a URSS não devia ter acabado, devia ter sido aperfeiçoada. A partir de que parte da história não esclarecem. Talvez Putin comece agora a esclarecer, se nos apanhar, Europa, cada um a falar para o seu lado e a olhar para o seu umbigo.
Na iminência que estamos de um novo Pacto Molotov-Ribbentrop, agora entre os Estados Unidos e a Rússia, vamos todos fazer de conta que o bem estar social, o desenvolvimento, a paz e a prosperidade em que a Europa vive desde o final da II Guerra Mundial - iniciada 86 anos depois da assinatura da partilha territorial, "lebensraum", sob o sorriso de Estaline, em fotografia para a posteridade - não foi tudo alcançado pela dissuasão, devido ao forte investimento militar na defesa das fronteiras da união a leste. Com "A paZ! A paZ! A paZ!" é que vamos lá.
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E se o imbecil eleito presidente dos States ocupa mesmo a Gronelândia, inaugurando uma espécie de "Donroe Doctrine", como lhe chamou o New York Post, a que se seguirá o Panamá e a pressão sobre o Canadá, onde é que fica o artigo 5.º da NATO?
E se Putin, na alucinação da reencarnação imperialista de Estaline que o tomou, aproveita e ataca na outra frente, nos países bálticos, nas ex-repúblicas soviéticas, para que lado é que a União Europeia se vira?
2025 is Year of the Defender of the Fatherland in Russia
Post-Soviet dystopian visuals. Moscow 2025.
Em 1917 os Estados Unidos vieram. Em 1944 os Estados Unidos vieram. Em 2015 não vai vir ninguém. É este o drama da Europa.
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Com o principal financiador do fascismo na Europa e desestabilizador das democracias sentado no Kremlin, com um proto-fascista que o tem como ídolo com grande possibilidade de ficar à frente da "land of the free", 80 anos depois que "home of the brave" vem salvar a Europa, que não se soube cuidar neste tempo todo?
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Primeira página do dinamarquês Politiken.
À cabeça no boletim de voto:
Vladimir Vladimorovich Putin, 71 anos, líder indiscutível da Rússia desde 2000, tanto como presidente como enquanto primeiro-ministro.
Os últimos três, vivos, e aqui é que reside a pluralidade democrática da Rússia:
Nicholas Kharitonov, Partido Comunista, apoia a guerra na Ucrânia.
Leonid Slutsky, Partido Liberal Democrático (Partido nacionalista), apoia a guerra na Ucrânia
Vladislav Davankov, Novo Povo, defensor da paz e das negociações com a Ucrânia, no quadro definido por Putin.
Viver sempre com alguém numa parede a olhar para si.
«This morning an electronic billboard on my way to work is displaying this Putin quote: "Russia's borders do not end anywhere"», deixa no Twitter, agora X, Steve Rosenberg, editor da BBC News na Rússia, ou, como diz o partido que não é putinista, "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia".