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Já houve uma altura em que a escolha do candidato presidencia[ve]l se afigurava muito mais pacífica e consensual para alguns ilustres, "meu Deus!" , militantes do PS.
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Já houve uma altura em que a escolha do candidato presidencia[ve]l se afigurava muito mais pacífica e consensual para alguns ilustres, "meu Deus!" , militantes do PS.
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A sanha persecutória traduzida na cruzada diária do camarada Vital contra o governo grego, eleito em eleições livres e democráticas mas que ainda assim nunca é o governo grego mas o governo do Syriza [agit-prop pura], explica-a aquela coisa de "um fulano em pequenino ser revolucionário e radical de esquerda mas há medida que vai envelhecendo que vai perdendo a vitalidade ficar conservador e radical de direita [com "sentido de Estado" e "arco da governação", ler tratar da vidinha, porque "em pequenino não conta"], ou explica-a antes Freud, pelos cursos de quadro frequentados pelo jovem Vital e o choque histórico entre estalinistas envergonhados [herdeiros do leninismo que escondeu Estaline dentro da gaveta das moções ao congresso], e trotskistas e literatura sobre radicalismos pequeno-burgueses de fachada socialista? Podem tirar o o camarada Vital do PCP mas o PCP continua vivo no camarada Vital?
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No fundo, lá bem no fundo, é isto. A gente, e sem muito trabalho, faz aí uma busca rápida no Google e encontra éne entrevistas de cromos, personagens, figurantes, e personalidades, mais ou menos proeminentes da Direita, a dizer exactamente o mesmo do Governo do PS de José Sócrates. Dizem que a culpa é do Blair que inventou uma merda qualquer, a que chamou de 3.ª Via, para roubar o eleitorado aos Tories saudosos da baronesa Thatcher, mas o Tony já está "morto e enterrado" há muito e no entanto vira o disco e toca o mesmo.
Faço votos para que as sementes lançadas por Alfredo Barroso excluam, para o bem e para o mal, os "doutores de Coimbra, meu Deus!" e os Laboratório de Ideias da treta.
[Imagem de Peter Kennard]
Eu também estou muito preocupado porque a época de 2010/ 2011 só vai contar com dois clubes da zona Sul na primeira divisão de futebol.
(*) Termo usado em Setúbal que significa que a maré está tão baixa que se consegue ver o fundo da doca.
(Na imagem do fotógrafo setubalense Américo Ribeiro: Setúbal, lavagem das redes junto ao cais, 1947)
Rumo à China, uma vez que a escravatura já é proibida por Lei:
(Na imagem Matt Lucas as Tweedledum via Disney)
O senhor “professor doutor de Coimbra; meu Deus!” que não aprendeu aprende nada com os erros cometidos, parece apostado em continuar a fazer a campanha vida negra ao partido que o vai eleger para o Parlamento Europeu.
Em Mortágua entusiasmou-se e, no meio das criancinhas, desatou aos gritos “Vivam as crianças!”, o que lhe valeu de imediato um raspanete de uma mãe que não admitia que fossem captadas imagens dos petizes para fins eleitorais.
Quem se tramou com o fait-divers foram os jornalistas, que, mais à frente, não tiveram cabidela mais as suas câmaras de filmar num lar de idosos, não fosse desta feita aparecer por aí um filho mais bravo com estas coisas das campanhas eleitorais.
“Deixai vir a mim as crianças” podia muito bem ser um dos lemas do PS.
Adenda: O Diário de Notícias parece apostado em dar razão a Pacheco Pereira e dá a notícia até antes do raspanete materno. Para ver o puxão de orelhas materno só no telejornal da RTP1.
(Imagem fanada no Times)
O senhor “professor doutor de Coimbra; meu Deus!” não tem a noção da separação de papéis. Uma coisa é escrevinhar no blog, outra completamente diferente é ser cabeça de lista ao Parlamento Europeu pelo partido, por acaso e para o caso, do Governo.
A ver vamos se com estas declarações o senhor “professor doutor de Coimbra; meu Deus!” não abriu a Caixa de Pandora.
Sócrates devia andar coladinho a Vital, tal como faz Portas com Nuno Melo. Por causa “das moscas”.
(*) Voz do homem dos carrinhos de choque, na Feira de San’Tiago em Setúbal, era eu criança.
(Imagem de Howard Barlow via Telegraph)
Dia Loureiro foi demitido do Conselho de Estado por Oliveira e Costa.
Entre um imposto europeu, um imposto mundial e um imposto sobre transacções na Bolsa, os comícios acabaram mais cedo porque o futebol ainda manda muito e não há militância que resista a uma final da Liga dos Campeões.
E lá diz o povo, enquanto o pau vai e vem folgam as costas, que neste caso é como quem diz enquanto se fala num, não se fala no outro.
(Imagem de Lee Lockwood para Time & Life Pictures via Getty Images)
Ao contrário de muitos que por aí andam com sorriso de orelha-a-orelha, o senhor “doutor de Coimbra; meu Deus!” tem o mérito de não enganar ninguém: vai propor a criação de um imposto, «mais pormenores só quando for eleito», e dito isto ninguém vai ao engano no dia das eleições.
Escusava era de nos tomar a todos por tolos. Em matéria de impostos, os dinheiros não nascem do nada, e quer nas transacções financeiras quer em fatias suplementares dos orçamentos nacionais, a tributação vai sempre recair sobre o suspeito do costume: o contribuinte.
José Sócrates a esta hora já deve ter suspirado por uma “borracha do tempo” que lhe permitisse apagar aquele malfadado congresso de Espinho. Meu Deus!
(Imagem fanada no Le Monde)
As agressões e os insultos a Vital Moreira não me surpreendem. O que me surpreende é que 35 anos passados sobre o 25 de Abril ainda venha tanta gente perguntar como é possível que as agressões e os insultos tenham acontecido.
(Imagem de Velora)
Passou despercebido um pequeno texto de António Guerreiro, publicado no caderno Actual do Expresso, faz amanhã oito dias. Pelo menos não dei notícias de ter sido referido quer nos blogues, quer no Twitter, quer noutros meios de comunicação. E reza assim:
«E, de repente, Nietzsche é um convidado clandestino
O slogan de Vital Moreira – “Nós, europeus” – tem um autor intempestivo, secretamente convocado e retocado para uma festa que não é a sua: Friedrich Nietzsche. Foi ele quem escreveu, em “Para Além do Bem e do Mal”: “Nós, bons europeus, temos as nossas horas de nacionalismo, momentos em que nos deixamos mergulhar em velhos amores e seus estreitos horizontes.” Quem são os “bons europeus”? São os que recusam a “pequena Europa” burguesa e reaccionária, os que combatem a “infecção nacionalista”, os “herdeiros encarregados de obrigações milenares do espírito europeu”. Para o discurso político, é difícil integrar os “bons europeus”, tanto mais que, em Nietzsche, tal adjectivo não é conforme à moral cristã e platónica. Evocar o “Nós, europeus” é muito mais fácil; mas é preciso que não se descubra que quem assim falou teve também estas palavras para designar quase a mesma coisa: “Nós, os sábios” e “Nós, os imoralistas”. Nietzsche, como teórico da ideia europeia, só clandestinamente pode entrar na festa eleitoral que aí vem. Gente respeitável e pouco dada à loucura não convive facilmente com quem abraça cavalos numa praça de Turim.»
Eu, que de partido político tinha ideia de uma organização onde as decisões eram tomadas por consenso e/ ou por maioria, e de repente vejo José Sócrates apresentar Vital Moreira como o candidato ao Parlamento Europeu que “eu” escolhi, perante a surpresa e admiração geral, até da própria mesa do congresso.
É por estas que a militância partidária me passa completamente ao lado.
(Imagem The White Horse por Camille Bombois)
Vital Moreira está(va) para o PS como Vasco Graça Moura esteve para os governos de Cavaco Silva e continua a estar para a liderança de Manuela Ferreira Leite. A bola foi por Sócrates chutada – em jargão futebolêz, uma charutada – para o meio campo dum adversário que desde o início da época joga em contra-ataque. Facilita a vida a Dona Manuela. A resposta óbvia será Vasco Graça Moura ou Pacheco Pereira pelo PSD. Ou ambos, recuperando assim uma dupla com provas dadas no meio campo laranja.
Seja como for, o derby vai acabar empatado. Como todos os derbys dignos do nome.
Como já lá existia uma antiga fábrica, nada melhor para requalificar a zona que a construção de um centro comercial com um parque de estacionamento à volta para aí tamanho do estádio da Luz e servido por uma via rápida; «pequenas alterações», dizem.
Nunca lhes passou pela cabeça que a melhor maneira de requalificar a zona fosse pura e simplesmente demolir a fábrica, limpar os terrenos e devolvê-los à natureza e às populações, como forma de corrigir uma barbaridade ambiental e aumentar a qualidade (de)vida.
Se calhar passar pela cabeça passou, mas e depois a joint-venture construção civil/ partido que é sempre muito útil para financiamentos vários em campanhas várias?
A esta prosa que cheguei via João Tunes, e cujo post assino por baixo, só me resta acrescentar uma coisa.
Todos os anos são milhares os portugueses que trilham novamente os caminhos da imigração. Tudo seria muito mais saudável – para os que partem e para os que por cá ficam – se, ao invés da imigração ser aos milhares, fosse às unidades.
(Foto fanada no Times)