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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Conversa "de bola"

por josé simões, em 14.04.11

 

 

 

 

 

O presidente do Vitória de Setúbal também está preocupado porque o seu clube não fez o trabalho de casa o Benfica não ganha jogos para evitar a descida de divisão do clube a que mal preside.

 

 “Se não houver esse espírito de solidariedade é próprio projecto europeu que tem a perder.

 

(Na imagem "Maradona contra todos", autor desconhecido)

 

 

 

 

 

 

 

 

|| 20 de Novembro de 1910 – 20 de Novembro de 2010

por josé simões, em 20.11.10

 

 

 

 

 

 

100 anos do primeiro clube nascido na República

 

(Imagem do livro Vitória, Do Nascimento à Glória, José Manuel Madureira Lopes, Corlito – Centro Técnico de Artes Gráficas, Fevereiro de 2003)

 

 

 

 

 

 

|| In Memoriam

por josé simões, em 15.10.10

 

 

 

Malcolm Allison

 

1927 – 2010

 

Dele guardo na memória o melhor jogo de futebol que presenciei ao vivo em toda a minha vida: o FC Porto tinha acabado de ser campeão mundial de clubes em Tóquio e veio a Setúbal arrecadar 4 – quatro – 4 golos de um Vitória constituído por jogadores “velhos” dispensados pelos 3 grandes, com pinturas guerreiras na cara e nos olhos, e treinado por Allison e Roger Spry, numa partida que acabou em empate a quatro, numa tarde de sol no Estádio do Bonfim. Obrigado sir Malcom.

 

 

 

 

 

A Cidade das Mulheres

por josé simões, em 31.03.08

 

Para o pessoal “cá da terra” isto não é novidade; para os outros, e para os mais distraídos, convém ter uma especial atenção aos pormenores.
 
Um dos pormenores a ter em conta pelo seu mediatismo é, quando o Vitória joga; quando o Vitória se desloca fora do seu reduto, seja numa final da Taça, seja num qualquer jogo para o campeonato, e quando as televisões aparecem com os inevitáveis directos e entrevistas de circunstância aos adeptos, antes e depois do embate. Quem fala “pelo Setúbal”; num jogo tradicionalmente masculino? Mulheres. Ferrenhas q. b., de cara pintada, cachecol e bandeira, equipadas a rigor; espontâneas. Por contraste com os apoiantes dos outros clubes, maioritariamente homens, mais ou menos organizados em claques.
Pois é. A “força” do Vitória sempre foram as mulheres. A “alma” do clube e da cidade reside aí.
 
Atenção pois, ao publicado hoje no jornal cá da terra; o trissemanário O Setubalense. Dois exemplos de mulheres. Adeptas ou não do Vitória, pouco importa. Importa – e muito – o empreendedorismo; o não virar a cara à luta; o nunca desistir. Dizem-me vocês: não exercem a sua actividade em Setúbal-cidade. Pois não. Mas exercem-na em Setúbal, como nós a entendemos aqui:
 
“Sou pescadora, agricultora, mãe, mulher… tudo por prazer”
 
“Não sei quantas somos, mas somos muitas, e fazemo-nos ao mar com os nossos maridos. O Rio é tudo para nós porque nos dá o sustento, e quando chegamos a terra ainda temos os filhos, a casa e a horta para tratar”. O relato, desassombrado, foi de Fátima Ricardo, pescadora da Carrasqueira, uma comunidade que movimenta muitos casais na pesca.
(Link)
 
“O melhor vinho do mundo já está à venda”
 
“Leonor Freitas está orgulhosa por ter arrecadado este prémio, que é o reconhecimento de todo o trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos anos e que resulta de muito trabalho de equipa.”
(Link)
 
“Um projecto liderado por mulheres”
 
“A história da Casa Ermelinda Freitas mostra que as mulheres foram sempre as grandes impulsionadoras deste projecto e isso está para continuar, pelas mãos da filha de Leonor Freitas.”
(Link)
 
(Foto roubada no El País)
 
 

Fim-de-semana reloaded

por josé simões, em 24.03.08
Este fim-de-semana foi assim. Mas podia perfeitamente ter sido assim:
 
 
 
Marcha do VitóriaLenita Gentil
 
(Vinyl 7”)
 
Não só pelo histórico do acontecimento, como também pela quantidade de vezes que fomos “obrigados” a tocar o tema durante a noite. Principalmente depois das quatro da manhã, quando o pessoal começou a “dar à costa” proveniente do Allgarve, e lotaram por completo a casa.
 
Porque, por muitas Taças da Liga que “os outros” venham a ganhar; ou dito de outra forma, que o Vitória não ganhe, daqui por muitos anos, quando se fizer a história da prova, o que conta, do que se vai falar, é que a primeira foi ganha pelo Vitória; o genuíno – por mais velho –; o de Setúbal, com uma equipa de jogadores-salário mínimo, alguns até “desprezados” pelos clubes de origem; quase homeless.
 
Ou como dizia esta manhã no autocarro, um setubalense, daqueles mesmo mesmo de Setúbal:
 
“Ah pá Tóninhe, sabes o quéqué hoje o almoçe?.. É bêssssse de lagárrete à stebalense!!!”
  

97 anos é muito ano!

por josé simões, em 20.11.07

 

Setúbal, 20 de Novembro de 1910

 

Não é qualquer um!

por josé simões, em 14.07.07

Não é qualquer um que é jogador deste clube!” foi a ideia-chave da entrevista dada por Carlos Carvalhal esta semana a um jornal de Setúbal. O tema era a próxima época e a política de aquisição de jogadores pelo Vitória. Na altura pensei em ironizar sobre o assunto por me ter parecido que Carvalhal se estava a “armar” e a colocar o Vitória num pedestal que não é o seu desde os anos 60 do século passado. Tinha razão o novo treinador do Vitória; assim à primeira vista e sem puxar muito pela cabeça, Quaresma, Simão ou Moutinho não jogam no Vitória… Não é qualquer um que é jogador do Vitória, parece-me uma verdade indiscutível. Até ao nível da descoberta de novos talentos o clube anda há muito perdido. O último sonante que me recordo saído de Setúbal foi Vítor Baptista, que, infelizmente, havia de ficar para a história por outros motivos.

Ontem descobri que o famoso Zéquinha que ficará para a posterioridade como o cromo que tirou um cartão vermelho da mão do árbitro é jogador do clube da minha cidade. Sublinho, da minha cidade. E ganhou a medalha do mau-comportamento com a camisola da selecção do meu país. Sublinho, do meu país. Bem sei que Carvalhal está agora a “agarrar” a equipe; mas era a isto que se referia quando disse “Não é qualquer um que é jogador deste clube!”?

 

Entretanto Couceiro continua a facturar, e soma os sub-20 ao score dos sub-21. Questionado por um jornalista se via a sua posição em perigo, respondeu que não percebia onde é que queriam chegar com aquela pergunta. Lapidar. Eu tenho uma pergunta que gostava de fazer a Couceiro: Ainda usa a famosa gravata, oferecida por Pinto da Costa, e que uma vez orgulhosamente exibiu na televisão?

A cidade de Setúbal

por josé simões, em 16.05.07

Só hoje tomei conhecimento do que a seguir se dá conta. Veio via Página dos Concursos em http://paginadosconcursos.blogspot.com/ . Para ler com atenção:

 

"Em minha opinião, o Vitória de Setúbal é a pior equipa do campeonato e a sua descida aos infernos da Liga de Honra é absolutamente natural e justificada. Passa-se com o Vitória a mesma coisa que se passa com a própria cidade de Setúbal.

Há 20 anos atrás, Setúbal tinha todas as condições para se transformar numa cidade modelo, em termos de urbanismo e qualidade de vida: Dimensão adequada, Espaço para se desenvolver harmoniosamente, Possibilidade fácil de recuperar o centro histórico e ligá-lo ao rio, Condições naturais excepcionais, Com o estuário do Sado aos pés, O mar em frente, A montanha ao lado, Praias magníficas, Frente de rio única, Avenidas largas, Praças suficientes, enfim, tudo ou quase tudo.

Mas vieram os Mata Cáceres e outros artistas do poder local e transformaram Setúbal numa coisa caótica e aberrante, com urbanizações dignas de subúrbio africano, esculturas pseudomodernas horrendas, o triunfo do pato-bravismo, do mau gosto, e da gestão sem planeamento nem ideias.

Também o futebol do Vitória chegou a encantar Portugal e a surpreender a Europa. Mas depois, as Forças Vivas da cidade, ou seja, os mesmos artistas que destruíram a beleza de Setúbal, tomaram conta do clube e demonstraram que eram tão bons a dirigi-lo como a fazer a cidade.

 

Hoje a cidade é uma dor de alma e o clube um cadáver adiado. Que ninguém fale em injustiça."

Miguel Sousa Tavares em A Bola de 8 de Maio.

 

Vitória de Setúbal

por josé simões, em 20.11.06

O Vitória de Setúbal faz hoje a bonita idade de 96 anos.

Ao clube, aos associados e à cidade, os sinceros parabéns do blog!

Promiscuidades

por josé simões, em 26.10.06

Foi anteontem assinada a escritura de cedência de um terreno, por parte da Câmara Municipal de Setúbal, ao Vitória Futebol Clube de Setúbal.

O terreno de 7 500 m2, situado na EN 10, será posteriormente vendido ao grupo Auchan, para construção de um posto de abastecimento de combustíveis.

 

Não questionando a legalidade jurídica da transacção, o que até nem seria de todo descabido, uma vez que segundo a presidente da Câmara, Maria das Dores Meira, foi requerido ao Tribunal de Contas uma pronúncia sobre a cedência, e a não haver resposta se considerou haver “deferimento tácito” (sic); coloca-se a questão do ponto de vista ético e/ ou moral, e da maneira como todo o processo foi desenvolvido.

 

Até que ponto, ética e/ ou moralmente, é legal uma autarquia ceder terrenos do município a um clube profissional, sabendo nós os salários pagos, nomeadamente no futebol?

Até quando os munícipes, sócios ou não, simpatizantes ou não do Vitória, vão ter de pagar as suas sucessivas gestões ruinosas e danosas?

Os terrenos não são propriedade das administrações camarárias em exercício, são propriedade de todos os cidadãos.

As administrações camarárias são entidades passageiras consoante os ciclos eleitorais e são eleitas para resolver os problemas dos concelhos, não são eleitas para conceder cartas de alforria a clubes profissionais.

 

Em declarações ao “Público”, Jorge Santana, presidente do clube, afirma que o clube tem agora “mais crédito” (sic) junto das instituições bancárias, a anterior direcção “não tinha crédito nenhum” (sic).

Para os mais distraídos destas lides futebolísticas recordo que o actual presidente fazia parte da anterior direcção…

Mal grado o descrédito da anterior direcção (segundo as palavras do actual presidente), tal não inviabilizou que o grupo Auchan lhe tivesse efectuado um adiantamento por conta, de cerca de metade do valor do terreno! Terreno esse que ainda era propriedade municipal! È o que se chama contar com o ovo no ânus do galináceo.

 

Senhora presidente da administração da autarquia, senhor presidente da sociedade anónima desportiva, tenham respeito pela inteligência dos cidadãos, já que pelos vistos, a vossa não respeitam.