"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Na primeira página do Il Riformista les beaux esprits se rencontrent em Budapeste, na primeira página do Il Manifesto a ilha de Lampedusa está a rebentar pelas costuras com milhares de migrantes em condições que não aceitamos aceitáveis para animais. Como cantavam os outros nos 80s, "the future's so bright, i gotta wear shades".
Costa foi à bola a expensas do contribuinte. Com a cumplicidade de Marcelo, que inventou logo na hora uma desculpa e uma justificação. E isto é uma talhada na teoria da cumplicidade que já não há entre palácios e dos tempos que já não são os mesmos. Noutros tempos uma catrefa de deputados baldou-se à função para a qual foram eleitos, falsificaram o ponto e foram ver um jogo qualquer do Foculporto no estrangeiro. Mas já ninguém se lembra disso. Nem os que à época vieram para a linha da frente apontar o dedo à rebaldaria que dava mau-nome à democracia. Rebaldarias maus-nomes e democracias à parte, os mesmos que agora arranjaram uma justificação que não lembrava nem ao Professor Tournesol, que tudo isto faz parte da teia que Costa está a tecer na caminhada para a Europa. Podiam, o Dupont e o Dupont e as pitonísas e os polítologos, explicar ao anónimo Oliveira da Figueira que raio de merda é esta de um alegado socialista tecer teias com o líder da extrema-direita na Europa, uma toupeira de Putin na União Europeia, para chegar onde quer que seja.