Há o PS e depois há o PS
[Imagem de autor desconhecido]
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
[Imagem de autor desconhecido]
O mesmo argumento usado pelo Governo da direita radical para justificar o congelamento de salários e a sub-contratação por empresas de trabalho temporário a pagar abaixo do Salário Mínimo Nacional.
Vieira da Silva: "A pior precariedade é não ter emprego"
Diz que "o PS está onde sempre esteve"...
E, pelas televisões todas, ficamos todos a saber que agora, depois do "carimbo" do ministro, o Tribunal de Contas tem luz verde para agir. Foram 20 meses, podia ter sido uma legislatura quando a "coisa" devia ter durado 20 dias. E isto é, no mínimo, estranho, já que devia ser o Tribunal de Contas a carimbar a decisão do ministro, à semelhança do que acontece com os veredictos do Tribunal Constitucional. E aqui é que mora o verdadeiro "bloco central de interesses", a reforma do sistema que nem o PS nem o PSD estão interessados em fazer, tirar o Tribunal de Contas do papel de figura de estilo, um grilo-falante do sistema.
[Imagem]
A Europa, do Estado social, deve subsidiar, via fundos europeus, aqueles que duplicam as funções do Estado no sector social, o Estado paralelo, ou que parasitam o Estado, em stanby à espera das directivas do Partido Popular Europeu, o "coração das trevas", reflectidas nas políticas implementadas pelos partidos membros nos respectivos governos, com vista a desmantelar o Estado social em favor dos interesses da "economia social".
"Espero que a Economia social veja reconhecido o seu papel e espero que um dia, não muito longínquo, a própria União Europeia venha a ter um programa próprio de apoio à Economia Social, ainda que ela seja entendida de forma distinta nos vários países"
[Imagem]
Afinal parece que o ministro mentiu, ou antes, faltou à verdade, ou antes, desconhecia a realidade, porque um ministro não tem de saber tudo e um ministro só diz o que o gabinete de imprensa lhe diz para dizer e se tiver instinto político inventa logo ali na hora com uma perna às costas, adiante.
Afinal parece que só há uma creche a funcionar ao fim-de-semana, ainda assim só ao sábado e ainda assim privada, adiante.
O que o ministro não disse, industriado pelo gabinete de empresa, nem inventou logo ali na hora com uma perna às costas, foi porque é que devem ser os contribuintes, com o dinheiro dos seus impostos, a financiar a abertura de uma creche ao sábado para os filhos dos trabalhadores da Autoeuropa e não uma creche para as cozinheiras, as lavadeiras de pratos, os assadores de peixe e os empregados de mesa e balcão, do contrato de trabalho apalavrado a salário abaixo de mínimo e à gorjeta se a houver, com uma folga semanal, à segunda que é o dia em que não há lota, dos restaurantes onde os trabalhadores da Autoeuropa vão comer peixe assado ao fim-de-semana com a família, adiante.
O que o ministro não disse, industriado pelo gabinete de empresa, nem inventou logo ali na hora com uma perna às costas, foi porque é que devem ser os contribuintes, com o dinheiro dos seus impostos, a financiar a abertura de uma creche ao sábado para os filhos dos trabalhadores da Autoeuropa e não uma creche para as empregadas de limpeza, mulheres a dias como se usava dizer, pagas à hora, a qualquer hora do dia, sem subsídio de férias e sem 13.º mês, nas escadas dos condomínios e nas casas do trabalhadores da Autoeuropa, e para as engomadeiras das engomadorias do trabalho pago à peça, quantas mais melhor, na roupa levada em sacos-cesto de plástico com recolha e entrega ao domicilio dos trabalhadores da Autoeuropa.
O que o ministro não disse, industriado pelo gabinete de empresa, nem inventou logo ali na hora com uma perna às costas, foi porque é que devem ser os contribuintes, com o dinheiro dos seus impostos, a financiar a abertura de uma creche ao sábado para os filhos dos trabalhadores da Autoeuropa e não a própria multinacional a fazê-lo ou, vá lá, a abrir uma creche dentro da própria fábrica como fazem as fábricas, multinacionais ou não, na Alemanha, contribuindo assim para que as crianças cresçam junto das mães/ pais e criando mais postos de trabalho e riqueza para a região.
Ma zisse é converrsa de populisme, vames mazé comerr peixe assade a Setúble [Setúbal accent].
[Imagem "Setúbal, descarregador de peixe, 1952" do insigne fotografo setubalense Américo Ribeiro]
No país onde um ex-primeiro-ministro antes de o ser foi porteiro ["O Pedro é que abria as portas todas"] e onde a porta giratória privado-público-privado continua bastante oleada, dá muito jeito ao ex-actual-futuro deputado, ministro, secretário de Estado, fazer uma espécie de voluntariado da elite político-partidária que é o de dar o nome para enfeitar os órgão sociais de clubes, colectividades, associações diversas, Misericórdias e IPSS, ser visto e fotografado ao lado de personalidades relevantes e mediáticas da dita sociedade civil, que chega onde o Estado se demitiu de chegar. Daí as famosas selfies e fotos que estas raríssimas personagens de clubes, colectividades, associações diversas, Misericórdias e IPSS usam para enriquecer o portfólio que lhes permite conhecer mais porteiros que lhes abram mais portas que lhes facilitem o acesso ao pote do dinheiro do contribuinte ou que, mais tarde, as façam girar da sociedade civil para o Estado e do Estado para a sociedade civil. Como diria Jaime Pacheco, "é uma faca de dois legumes". Uma faca de dois legumes que mete um ministro prestigiado e competente a fazer figura de papalvo e que mete os partidos da marcha do balão e do "arco da governação" a mexer no assunto com pinças, que é como quem diz, mete o PSD e o CDS a chegarem à frente dois palermas de segunda linha, Clara Marques Mendes e António Carlos Monteiro, respectivamente, dos raros com assento nas bancadas parlamentares sem ligação declarada a clubes, colectividades, associações diversas, Misericórdias e IPSS, com alguma autoridade moral e sem telhados de vidro para abordarem a questão.
[Imagem]
Não contente por nos anos do Governo da direita radical PSD/ CDS, com o beneplácito e a assinatura por baixo, de cruz, da UGT de João Proença, do Partido Socialista, "por via das alterações à legislação laboral (menos dias de férias, mais horas de trabalho, redução da remuneração por horas extraordinárias, redução das indemnizações por despedimento, etc...), terá havido uma transferência de rendimentos do trabalho para o capital de cerca de 2,3 mil milhões de euros [o equivalente ao] desvio de cerca de 511 euros de cada um dos 4,5 milhões de portugueses empregados (incluindo os precários) para os respectivos patrões", o Governo do Partido Socialista, de António Costa, bué de esquerda, depois de ter corrido com António José Seguro pare a o rodapé da história, propõe a "actualização do salário mínimo nacional (SMN) para os 557 euros, a partir de Janeiro de 2017, a par da redução de um ponto percentual da Taxa Social Única (TSU) para as empresas".
[Imagem de autor desconhecido]
Vamos lá a ver se nos entendemos: se a ideia de colar os feriados ao fim-de-semana é para ser discutida na "câmara alta" do Parlamento – a Concertação Social, significa que o Governo antes de tomar uma decisão quer ter em conta a opinião do sector privado e que a proposta é para para ser levada à mesa dos empresários e accionistas patrões, já que os trabalhadores colaboradores nunca são tidos nem achados na dita concertação, onde a UGT funciona como um apêndice do patronato e serve apenas para dar um selo de credibilidade às decisões. Portanto não faz o mínimo sentido levar uma proposta deste teor à mesa dos empresários e accionistas patrões do sector onde os trabalhadores colaboradores não recebem no início de cada ano um calendário com a distribuição dos feriados e respectivas possibilidades de "ponte", que não concedem "pontes" a ninguém nem que haja um novo milagre do Sol em Fátima, onde todas as "pontes" são negociadas com meses de antecedência, quando não mesmo na altura da marcação das férias e onde o dia de férias é usado, gasto para o efeito. Não se percebe o que é que o Governo pretende com esta proposta da treta... Parece mais do mesmo, truques de ilusionismo usados em quatro anos de Governo da direita radical.
[Imagem]
De regresso aos blogues, ao Facebook e ao Twitter, ao glorioso ano de 2011, o ano da criação de emprego entre as hostes da direita, os escudeiros do sector privado debaixo do chapéu de chuva e de sol do Estado, às custas do dinheiro dos contribuintes, às custas daqueles que conseguiram manter o emprego depois do glorioso ajustamento da economia e das grandes reformas estruturais para 1 000 anos. Não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.
[Imagem]
Incrível como a comunicação do Partido Socialista mudou radicalmente e do dia para a noite. Meter quem percebe de horta a tratar da horta e a falar da horta, sem tibiezas e sem medo de sujar as mãos é outra loiça
.
A explicação de Vieira da Silva, com directo televisivo, do porquê do voto contra do PS ao Orçamento do Estado para 2015 e o "enxerto de porrada" do deputado Pedro Delgado Alves na Reunião Plenária da Assembleia da República, a propósito do Projecto de Resolução do PSD e do CDS-PP, "Aprofundar a protecção das crianças, das famílias e promover a natalidade". Vale mesmo a pena ver estes 13:44 minutos.
[Imagem]
De uma “violência” desnecessária, que as palavras escritas não ilustram – é necessário ver as imagens – foi a resposta do Governo, pela voz de Vieira da Silva, ao denominado Plano B do PSD.
Miguel Macedo proferiu as palavrinhas mágicas: “corte das despesas do Estado”, e a opinião pública está mortinha por isso – oh se está! -, e não perceber isso, e não perceber que já não se tem maioria absoluta, é não perceber nada de nada.
Paz à sua alma.
(Imagem de autor desconhecido)
Começam a aquecer os motores para aquelas que ficarão na História da Democracia portuguesa como as legislativas “BES”: “Já falaste com o teu banco? Não, falei com o teu”
(Imagem Ben Turpin and Charlie Chaplin, 1915, fanada no Chicago Tribune)
A “coincidência” de agendas não surpreende ninguém, principalmente quando a estibordo a ideia base é… a ausência de ideias. À parte a surpreendente promoção dos comunistas a líderes da oposição ao Governo, o raciocínio enferma de um erro de palmatória: a CGTP não tem “agenda”; a “agenda” da CGTP é a do PCP.
Quanto ao facto da UGT desde os dias da sua criação seguir a “agenda” de todos os Governos, não consta que tenha dito alguma coisa.
(Imagem de Amy Fern)
Resolve nada. A quota até podia ser “zero imigrantes” que ia dar no mesmo.
O problema resolve-se atacando as máfias.
A máfia da imigração ilegal.
A máfia dos empreiteiros e subempreiteiros e sub-subempreiteiros que se auto-denominam de “empresários” e que pagam 100 - quando pagam! - e deviam pagar 200, sem contratos, sem descontos, sem segurança social.
E isto não tem nada a ver com racismo e xenofobia e o raio que os parta. Tem a ver com humanidade e legalidade.
(Imagem fanada no Times)