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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Sign O' The Times, XXIX

por josé simões, em 23.05.20

 

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                Clément Mahoudeau, photojournalist stringer at AFP/ Photo

 

Sign O' The Times, Capítulo XXVIII

 

 

 

 

A privatização das praias

por josé simões, em 22.05.20

 

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Ver o alegado ministro do Ambiente nas televisões a dizer que não senhor, que não vai haver uma privatização das praias coisíssima nenhuma, que sim senhor, que em Portugal as praias são públicas, como toda a gente sabe, sem explicar, para toda a gente que não sabe, nem se calhar o alegado ministro do ambiente e é por isso que não explica, na versão benigna, porque até pode saber e assobiar para o lado, como é que, por exemplo, nas praias da Figueirinha e Galapos em Setúbal/ Arrábida, na imagem retirada do Maps vazias, talvez início de Junho ou final de Setembro, onde são bem visíveis as concessões e o espaço deixado livre para o pagode que vai ensardinhado na 'camineta da carreira', vão ser cumpridas as regras do distanciamento social - metro e meio entre chapéus de sol e 3 metros entre toldos e colmos, sendo que os donos das praias, também conhecidos por concessionários, já andam também nas televisões a chorar que assim não vai ser rentável e que há que alargar as concessões, aquelas que ninguém sabe quem fiscaliza os metros quadrados de área ocupada, exageradamente ocupada, mesmo em tempo de normalidade, e com a absurda regra de não ser permitido abrir chapéu de sol à frente, coisa que em Espanha, por exemplo, não acontece.

 

Se a ideia é motins na praia em pelo verão, não está nada mal pensado, não senhor.

 

 

 

 

A privatização das praias?

por josé simões, em 09.05.20

 

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Os concessionários de praias querem o aumento das áreas por causa das restrições Covid-19, áreas já exageradamente grandes em tempos de normalidade, comparativamente com, por exemplo, Espanha, aqui mesmo ao lado, com a vantagem da oferta na hotelaria, restauração, património cultural e histórico, ser muito mais barata que a nacional e onde, ao contrário da norma portuguesa, é permitido abrir chapéu de sol no areal frente à concessão. Muito bem, mas... e as pessoas da toalha e do chapéu de sol? As pessoas do "vai para fora cá dentro", sendo que "o vai para fora cá dentro" são as praias à porta de casa? Pessoas para quem as férias de verão mais exóticas foram uma ida de Setúbal à Praia da Rocha? Se isto não o princípio da privatização das praias...

 

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