Inferno
From the series: While Standing My Ground. Self-portrait, Riyadh, April 2020 © Rima Maroun
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From the series: While Standing My Ground. Self-portrait, Riyadh, April 2020 © Rima Maroun
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Depois do Natal, que foi salvo in extremis a seguir à Páscoa cancelada pela esquerda, pelo socialismo, pelo Governo, [riscar o que não interessa], " Rui Rio vê oportunidade de salvar o verão".
[Imagem de autor desconhecido]
Clément Mahoudeau, photojournalist stringer at AFP/ Photo
Sign O' The Times, Capítulo XXVIII
Ver o alegado ministro do Ambiente nas televisões a dizer que não senhor, que não vai haver uma privatização das praias coisíssima nenhuma, que sim senhor, que em Portugal as praias são públicas, como toda a gente sabe, sem explicar, para toda a gente que não sabe, nem se calhar o alegado ministro do ambiente e é por isso que não explica, na versão benigna, porque até pode saber e assobiar para o lado, como é que, por exemplo, nas praias da Figueirinha e Galapos em Setúbal/ Arrábida, na imagem retirada do Maps vazias, talvez início de Junho ou final de Setembro, onde são bem visíveis as concessões e o espaço deixado livre para o pagode que vai ensardinhado na 'camineta da carreira', vão ser cumpridas as regras do distanciamento social - metro e meio entre chapéus de sol e 3 metros entre toldos e colmos, sendo que os donos das praias, também conhecidos por concessionários, já andam também nas televisões a chorar que assim não vai ser rentável e que há que alargar as concessões, aquelas que ninguém sabe quem fiscaliza os metros quadrados de área ocupada, exageradamente ocupada, mesmo em tempo de normalidade, e com a absurda regra de não ser permitido abrir chapéu de sol à frente, coisa que em Espanha, por exemplo, não acontece.
Se a ideia é motins na praia em pelo verão, não está nada mal pensado, não senhor.
Quando uma discoteca elitista, como o Seven em Vila Moura, aparece no pico do Verão com spots televisivos a angariar clientes mainstream numa televisão em canal aberto. Pires 'soldado disciplinado' de Lima explica o "viva a recuperação económica".
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Urge reflexão: Estado contrata meios privados para combate a incêndios. Sem incêndios, não sobrevivem. [Fanado ao Tiago no Twitter]
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Um fulano tem um estaminé mal amanhado numa praia, a maior parte das vezes saído da linha de montagem de algum IKEA para bairros da lata, e onde pratica preços muito acima do mercado (assim de repente cafés a €1 e gelados tabelados a €1. 20 por €2).
O estaminé mal amanhado está lá por “direitos adquiridos”, porque o fulano dono do estaminé também é esperto e há muitos anos atrás ocupou espaço público comum e montou negócio.
O fulano que tem o estaminé mal amanhado montado numa praia em terrenos de domínio público, chega o Verão e ocupa a praia de uma ponta à outra com barracas, toldos, sombrinhas e espreguiçadeiras, que aluga a preços que fazem o comum dos cidadãos optar por apanhar um cancro na pele e ficar ao Sol naquelas tirinhas que sobram nas extremidades das praias e onde o índice de ocupação é de 10 banhistas por m2, porque sombrinhas e outras coisas à frente da concessão vazia é proibido, enquanto o fulano dono do estaminé safa umas coroas nos intervalos com o aluguer de gaivotas e canoas forradas a autocolantes publicitários ao Ice Tea e Sumol de Laranja.
O fulano que é dono de um estamine mal amanhado numa praia em terrenos de domínio público por direitos adquiridos e que enche os bolsos à tripa forra em 3 meses de Verão acha que o contribuinte, perdão o Estado, deve continuar a pagar o seu ordenado e o da sua família a subsidiar o seu negócio.
(Em stereo)
(Imagem Bathing beach. Circa 1923, a Potomac bathing beaches of Washington, D.C National Photo Company)