Tudo e o seu contrário
A homenagem do Público ao seu cronista que durante a vida conseguiu ser tudo e o seu contrário.
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A homenagem do Público ao seu cronista que durante a vida conseguiu ser tudo e o seu contrário.
"A grandeza do discurso viril" foi a figura de estilo que não ocorreu a Ascenso Simões quando José Eduardo Martins quis ir às fuças [semântica novecentista] a Afonso Candal.
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Via Portugal dos Pequeninos chego à crónica do dotôr [como ele gosta] Vasco Correia Guedes no Público de hoje onde, sem complexos, dá mostras de não ter percebido a ponta de um corno da mui famosa, importante, e decisiva para o futuro da Nação, "reforma autárquica" do 'dotôr' Miguel Relvas, ao escrever, sem se rir [suponho], que antes de Pedro Passos Coelho o PSD era uma "federação de câmaras". Não, não foi só Pedro Passos Coelho que chegou agora de Marte, também trouxe o dotôr Vasco com ele.
No seguimento do título do post, ainda em modo Bowie: This is Major Vasco to Ground Control, I'm stepping through the door, And I'm floating in a most peculiar way…
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«Custa a compreender como qualquer pessoa com QI acima de 50 pode votar ou apoiar o Bloco de Esquerda.»
Vasco Correia Guedes no Público, só para assinantes.
A mim custa-me a compreender como é que qualquer pessoa com QI acima de 50 pode citar Vasco Correia Guedes. À imagem do seu zig-zag percurso político, dividido pelos dias da semana, o cronista consegue aparecer em todos os blogues do blo(gue)co central. São 365 dias do ano de citações que não esgotam a blogosfera (nem o dôtor Vasco Pulido Valente). A união nacional dos tempos modernos em carne e osso.
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Com o título “A morte de Fidel”, escrevinha Vasco Correia Guedes no Público (link só para assinantes) que «A entrevista à Atlantic de Fidel Castro e as reformas de Cuba não mereceram uma linha aos comentadores de esquerda». À parte o que o senhor entende por «comentadores de esquerda», uma vez que me fartei de ler linhas sobre as “reformas” (as aspas são min(h)as) de Cuba, o que não mereceu uma linha, nem à direita nem á esquerda (excepção), foi o facto de as “reformas” incidirem única e exclusivamente sobre o sector económico, deixando intocável o sistema político. Como se a economia fosse panaceia para todos os males do mundo de Cuba. Mas isso se calhar é defeito (não feitio) de um picuinhas como eu que foi educado no princípio de que antes com fome e descalço, mas livre, que com a barriga cheia e bem vestido, mas sem liberdade.
(Imagem de autor desconhecido)
Quem investiu precioso tempo da sua vida a comparar o incomparável – a tournée papal com entradas livres e a digressão de uma banda rock com entradas pagas e a preços “proibidos” –, devia agora aplicar mais um pedacinho da sua sapiência e explicar-nos os milhares nas ruas, sem tolerância de ponto e sem autocarros a transportar tudo o que é beatas das paróquias da província para Lisboa e Porto.
(*)
Desde o dia em que Cavaco Silva abandonou o cargo de Primeiro-ministro que o PSD se encontra em “transição”. Só que transições arredadas do exercício do poder num partido com “vocação” para, "doem" mais. Em que país é que este senhor tem vivido até agora?
"Parece que o dr. Cavaco, como antes sucedeu a Sócrates, foi (ou ainda é) vítima de uma conspiração. "
Se isto é ironia, é ironia muito fina. E tudo me leva a crer que o seja uma vez que os habituais blogosféricos citadores do senhor Vasco Guedes hoje… não o citam. É caso para dizer: Também tu Vasco?!
(Imagem de autor desconhecido)
E de repente, a coluna de Opinião no Público online sempre e só disponível para assinantes, tem a escritura de sábado do Vasco Valente Correia Guedes de portas escancaradas ao pagode. Mistéeeeerio…
(Imagem de Dorothe Lange,
Se todos concertarmos esforços em torno de uma mesma ideia, ela – a ideia – ganha mais força; dizia-me repetidamente um professor de quem já não recordo o nome. Uma variante da célebre “uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade”.
Hoje assistimos a uma concertação de esforços na repetição de uma mentira. Vasco Pulido Valente (VPV) escreve no Público que o PSD nasceu do nada; José Manuel Fernandes no editorial repete, citando VPV, que o PSD nasceu do nada.
As coisas que a gente aprende a ler o Público! Eu que pensava que o PSD tinha nascido dos cacos da UN / ANP; por via da chamada Ala Liberal; mais uns pozinhos de caciquismo rural, essencialmente no interior e norte do país, também ele ligado ao anterior regime, e com a cumplicidade da igreja católica.
O PSD e o PCP – os comunistas doutra forma –, no novel regime saído da Revolução de Abril, eram os únicos partidos com uma estrutura montada no terreno e pronta a entrar em acção. Assim se explica a influência, quer duns, quer doutros, nos anos que se seguiram. A implantação / força ao nível autárquico é o exemplo dessa estrutura no terreno. O resto – apogeu e queda / decadência é História.
Mas se VPV diz; está dito!
(*) e do “Senhor Doutor”; e do “Respeitinho é muito bonito”; e do “A antiguidade é um posto”.
Prefácio: “Quem não tem nada para fazer, faz colheres”. (Quem não tem nada para dizer, fala mal “do Sócrates”)
Vasco Guedes, ou melhor o Sr. Vasco Valente Correia Guedes está revoltado (ou indignado?! não percebi…). Então não é que “os poderosos do Ocidente” (Sr. Vasco Valente Correia Guedes Guedes; dixit; Público sem link) desataram a tratar-se pelo nome próprio? Bush é o George; Blair é o Tony; Durão Barroso é o José Manuel; Aznar é o José Maria. Pior. Chávez (Hugo para os amigos) teve o desplante de tratar José Sócrates por José, e de lhe gabar o “socialismo”. Ainda se fosse Senhor Engenheiro José, ainda vá que não vá; agora José!
Escreve o Senhor Vasco Valente Correia Guedes que “Na véspera da I Guerra Mundial, o imperador da Alemanha mandava telegramas ao czar da Rússia, que assinava “Willy”: e o czar da Rússia respondia com telegramas, que assinava “Nicky”. Isto, como se sabe, não trouxe a paz”.
Ora uma vez que o Nick e o Willy fizeram a I Grande Guerra; uma vez que o George e o Tony, assistidos pelos mordomos Zé Manel e Zé Maria fizeram a guerra do Iraque; todo eu tremo só de pensar qual é a guerra que o Huguinho e o Zézinho estão para tramar!
“Agora, os poderosos do Ocidente também deram em se tratar pelo nome próprio, como se pertencessem a uma casta à parte”
Wrong number! A casta à parte são aquela meia-dúzia de peneirentos, que fazem questão de serem tratados pelo nome de família, precedido do(s) nome(s) próprio(s); e se houver um Dom ou um Doutor a preceder o nome próprio, tanto melhor.
Esta conversa do Senhor Vasco Valente Correia Guedes Guedes, faz-me lembrar a anedota do Zé Merda. Descontente com o nome que o padrinho lhe tinha dado, e o senhor padre confirmado, foi à Conservatória e tratou de preencher a papelada para mudar de nome. Mudou para João Merda.
Adenda: Quando era pequenino tratavam-no por Vasquinho? Ou já que estamos numa de anedota, “em pequenino não vale”?)
(Foto fanada no jornal Público; mas no de Espanha)