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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

||| Agora e na hora da morte

por josé simões, em 28.04.14

 

 

 

Uma das vantagens de se morrer na primavera é a de a data não coincidir nem colidir com o período de férias.

 

[Imagem de Bruce Davidson]

 

 

 

 

 

 

||| A obra-prima e a prima do mestre-de-obras

por josé simões, em 31.01.14

 

 

 

Alguém merecedor de uma interrupção de férias nas ilhas adjacentes:

 

«O Presidente da República não se deteve na sua dimensão de escritor, de "virtuoso das letras", a que "em definitivo acabará por impor-se", mas quis antes realçar um outro aspecto da sua biografia que "corre o risco de ser ofuscado": Refiro-me à figura do intelectual, do cidadão empenhado, que ao longo das últimas décadas tanto contribuiu para a valorização da nossa vida democrática.»

 

 

 

 

 

 

|| Tomates

por josé simões, em 03.02.12

 

 

 

Por muito que chateie as editoras e os negócios e um mercado de 192 milhões de potenciais produtores.

 

«[…] para não aplicarem o Acordo Ortográfico (AO) e para que os conversores - ferramenta informática que adapta os textos ao AO - sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.»

 

A falar é que a gente se entende e, toda a gente, do Minho a Timor, percebeu perfeitamente.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

|| Saia da minha frente, Satanás! Você é como uma pedra no meu caminho para fazer com que eu tropece […] Mateus 16, 13-23

por josé simões, em 22.01.12

 

 

 

A semana em que o comandante do Costa Concórdia tropeçou e caiu no salva-vidas foi a mesma semana em que Vasco Graça Moura tropeçou e caiu no CCB, dois dias depois de João Proença ter também ele tropeçado e ficado de caneta na mão no Conselho da Concertação Social, e uma semana depois de Celeste Cardona ter tropeçado e dado por ela sentada ao "colo" de Eduardo Catroga num gabinete na praça Marquês de Pombal em Lisboa. Decididamente há um problema com a Lei da Gravidade.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

|| As pessoas fazem greve porque lhes apetece fazer ou porque sim [*]

por josé simões, em 11.01.12

 

 

 

Portugal seria um lugar muito mais… errr… habitável e a Europa teria uma identidade muito mais forte se fosse construída à imagem da China. Não fosse essa coisa dos sindicatos e dos cidadãos reivindicarem e de se recusarem a aceitar o seu destino de sofrimento nesta vida, como vem na Bíblia, e tudo seria perfeito. O trabalhador trabalhava, que é como quem diz o colaborador colaborava e o patrão mandava, que é como quem diz, o empresário pensava, e assim, de mãos dadas, all together now e alegria no trabalho, criávamos riqueza e se nos portássemos bem sempre caíam umas migalhas.

 

[*] E fazem tanto barulho que nem deixam a outra pessoa concentrar-se e escrever um livro para quem lhe paga.

 

«[…] as greves são tomadas como um direito absoluto, aceitando-se que minem os alicerces do Estado de Direito e da administração da Justiça e que dêem cabo do quase nada que resta da vida económica do país.

 

Ninguém tem coragem de ir à mão dos sindicatos e muito menos de alterar uma legislação que torna o caso português aberrante e insustentável.»

 

[Na imagem Fictional Landscapes, Kyle Kirkpatrick]

 

 

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista (não sei se é para rir se é para chorar)

por josé simões, em 18.02.09

 

 

«No domingo, no noticiário das 13.00 da RTP1, surgiu no ecrã, por mais de uma vez, a palavra "crise" sobre uma grande seta voltada para baixo, em tons entre o amarelo e o laranja, que, por na forma e na cor sugerir o símbolo do PSD, só aponta para uma tentativa de manipulação subliminal (e intencional) dos espectadores. É mais um escândalo do nosso serviço público de televisão!»

 

Vasco Graça Moura no Diário de Notícias

 

(Foto de Luis Acosta/ AFP via Getty Images)

 

 

 

 

Nein Danke!

por josé simões, em 21.05.08

 

“Os militantes apercebem-se dessa espécie de "radioactividade" que emana dela e transcende os limites do PSD para atingir positivamente vastos sectores da população.” (Negrito meu)

 

Vasco Graça Moura sobre Manuela Ferreira Leite

(Aqui)

 

A candura desta frase, teve o condão de provocar em mim uma reacção “anos 70” (link).

 

 

O verdadeiro artista (XIX))

por josé simões, em 26.09.07

O PSD voltou a ser um partido com credibilidade institucional e política.

 
Vasco Graça Moura no Diário de Notícias

A bula de Berlim

por josé simões, em 28.03.07

“A Constituição de há três aos nunca será aprovada por alguns países, e aquela piedosa fórmula de “uma base comum renovada” não deriva de qualquer constatação expressa de uma suposta ingovernabilidade actual da Europa. A Europa é ingovernável por falta de uma Constituição, ou é-o devido aos egoísmos nacionais?”

 

Vasco Graça Moura, para ler hoje no Diário de Notícias.

A perífrase como alternativa

por josé simões, em 04.10.06

 Na sua coluna de nome "Modestas proposições" na edição de hoje do Diário de Noticias, Vasco Graça Moura, a propósito do melindre em que se está a tornar qualquer referência ao islamismo, propõe-nos de modo a contornar a questão o uso da perífrase.

Segundo ele, "(...) uma Europa em que as classes políticas, intelectuais, eclesiásticas e outras andam borradas de pânico ante as reacções de alguns sectores islâmicos (...) o melhor é começarmos todos a lançar mão da perífrase para dizermos o que nos vai na alma."

 

Desfrutem:

 

" Assim nunca é falar nos árabes, chamando-os pelo nome. Deve dizer, de preferência, com a dignidade e o andamento grave do alexandrino, coisas como "esses que em Poitiers sofreram um desaire", ou "os que hão-de desfloram mil virgens post mortem" (...)".

 

"Quanto ao intonso profeta cujo hirsuto apêndice facial não me atrevo a referir expressis verbis (...) ocorre-me que, em vez de expressões gastas e de um populismo soez, tais como "fugir como o Diabo da cruz e Maomé do toucinho", poderá dizer-se, bem mais elegantemente, "foge o anjo caído a um madeiro alçado / e há quem do cerdo à banha escape horrorizado". Também se pode recorrer a decassílabos de venerável recorte camoniano para dar a ideia de certas cominações mais bizarras. Por exemplo: " - Não pode o Islão beber, disse sereno, / de envinagrados cascos de Sileno."

 

"Na mesma onda, deve evitar-se referir os judeus, para que nenhum rabino e nenhuma sinagoga se venham a ofender. É melhor dizer "os que andam sem prepúcio errando pelo mundo", ou "os netos de Noé que já não lançam pombas / de Hamas e Hezzbolah hão-de evitar as bombas" (...)."

 

" (...) em vez de se falar de Buda, não haja um dia destes uma invasão de monges em túnicas côr de açafrão (...) é melhor dizer "o que olha seu umbigo em múltiplos de jade"

 

Conclui Vasco Graça Moura:

 

"A Europa tem uma boa tradição de linguagens cifradas: as inquisições e as suas fogueiras, as guerras de religião e as suas matanças, as revoluções e os seus genocídios, as polícias políticas a as sua torturas e, desde há algum tempo, o politicamente correcto e as suas idiotias, sedimentaram técnicas e processos circunloquiais e perifrásticos de dizer uma coisa, fingindo dizer outra e vice-versa. (...)".

 

Vasco Graça Moura em grande forma e de fino recorte irónico.