"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Continuem a alimentar uma discussão feita à medida de chapulas, negacionistas, e anti-vaxxers, prontamente surfada por Ilusionistas Liberais, pelo oportunista do Chaga, albergue de fascistas, e pela direita populista, sobre uma questão que não existe nem se coloca: a vacinação das crianças, como se fosse obrigatória, como se fosse obrigatória qualquer que seja a faixa etária da população que, com os mais de 87% de vacinados, deu uma resposta que nos devia encher a todos de orgulho. Continuem com a conversa da treta que a gente diverte-se muito.
Se a "indignação" que por aí vai com a não divulgação do parecer da Direcção Geral de Saúde para a vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos, como acontece com todos os pareceres para todas as vacinas, e prontamente cavalgada pela horda de chalupas, negacionistas, extrema-direita e liberais, fosse tão grande para com a falta de vacinas e vacinação em África, e no chamado 3.º mundo, já tinha aparecido um qualquer Geldof a arregimentar tropas para uma acção global Vaccine the World.
À direita, que no início da pandemia afiançava o Serviço Nacional de Saúde não ter capacidade para assumir a hercúlea missão de vacinar um país inteiro e que para tal era necessário privatizar a vacinação, cabe agora a tarefa de explicar ao país inteiro porque é que da única vez que a vacinação foi privatizada deu merda.
O título e o corpo da notícia. Ou, como diz o lema do jornal do militante n.º 1, "liberdade para pensar", que é como quem diz para asneirar e desinformar.
Depois do sucesso que foi a gestão da crise das dívidas soberanas, com contas de merceeiro a pensar nos "mercados", na salvação dos bancos e na nacionalização da dívida privada, ignorando que com pessoas empobrecidas e sem consumo não há capitalismo que resista, de onde nunca saíram regressam os mesmos de sempre com o sucesso anunciado da vacinação europeia, delineada a pensar nas multinacionais farmacêuticas, outra vez sem perceberem que se sem pessoas não há economia que resista e que as economias que primeiro conseguirem alcançar o objectivo imunidade de grupo são as que vão partir à frente na recuperação à escala global. São sempre os mesmos os mesmos de sempre, não é "a Europa", não é "a Comissão Europeia", nem tão pouco "os países do Norte" ou "os frugais", é o Partido Popular Europeu, desde 1999 à delinear os destinos da União Europeia. Até podíamos argumentar, como os minions da direita - PSD e CDS de plantão às "redes", que se fosse uma empresa privada a doutora Ursula Gertrud von der Leyen já há muito tinha sido despedida por incompetência, não se desse o caso de que a sua competência para governar para os grandes grupos económicos é que motivou a sua eleição e a mantém no cargo.
* "O judge O Mom and Dad Mom and Dad O judge O Mom and Dad Mom and Dad Hi. I'm not home right now. But if you want to leave a Message, just start talking at the sound of the tone. Hello? This is your Mother Are you there? Are you coming home? Hello?