"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Na imagem, e no lugar do "Desculpe, essa página não existe!", devia estar um lamento por o deputado João Galamba não ter sido uma das vítimas mortais do massacre de 22 de Julho de 2011 na ilha de Utoya, onde 68 jovens do Partido Trabalhista Norueguês foram executados pelo activista de extrema-direita e fundamentalista cristão Anders Behring Breivik. Devia estar mas não está porque foi apagado.
Um lamento de @manuelparreira, no Twitter, posteriormente captado pela bloga da direita-liberal-neoliberal-tirar-o-peso-do-Estado-da-economia-contra-os-canhões-privatizar-privatizar e que já foi maoísta-revolucionária-controlo-operário-e-a-terra-a-quem-a-trabalha, e apresentado ao mundo como Vítor Cunha, o "grande educador" do tuita [podem tirar uma pessoa do maoísmo tirar o maoísmo da pessoa é que são elas] e "mestre" do sarcasmo, a ocupar o lugar que lhe é devido ao lado de personagens da intervenção política, não menos educadores e não menos mestres, como Helena Matos, José Manuel Fernandes ou o deputado da Nova Democracia Carlos Abreu Amorim.
A direita que entra em estado de choque e desata a rasgar as vestes e arrancar cabelos por haver quem não ache que Jaime Neves, Maria José Nogueira Pinto, António Borges, ou o cónego Melo, assim de repente estes, sejam dignos de elegias fúnebres e odes post mortem e sinos a repique e os anjos nos céus a bater as asinhas, pela sua mui grande personalidade e vulto e serviços à pátria, a direita que não teve tento na língua e chamou de tudo menos pai a Álvaro Cunhal e José Saramago, estes dois assim de repente, só se salvando Miguel Portas e por respeito à família do chefe, e lamenta que alguém não tenha sido executado, a sangue frio e com um tiro na nuca, só porque pensa de maneira diferente.
Como escreveu João Miguel Tavares nas páginas do Correio da Manha [sem til], outro na pole position para reforçar o blog da bovinidade, "demasiados homens de esquerda olham para demasiados homens de direita como inimigos a abater". Pois.
Fascistas sim, apesar de não se poder chamar fascistas aos fascistas porque os fascistas ficam ofendidos, não por serem fascistas mas por serem cobardes. Na Brigada Helena.