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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Guerrilha (II)

por josé simões, em 17.11.08

 

Recuperando o tema:

 

«a imprensa grande captura hoje, no ípsilon,

as movimentações subterrâneas em zonas diversas da música de dança.

celebrem o facto de mais pessoas passarem agora a conhecer

photonz, slight delay, d.i.s.c.o.texas, social disco club, etc.

se já os conhecem, sintam-se satisfeitos por estarem um passo à frente.

nesta área, é mesmo o máximo que se consegue,

mas o que a imprensa grande ainda faz, por enquanto,

é oficializar uma cena como esta e agregar

numa mesma irmandade de conhecimento

quem estava um passo à frente e quem nem sequer estava .

soa piroso? é, de certa forma.

quem está à frente é, na maior parte das vezes, apanhado mais tarde ou mais cedo.

se não é, então será um pobre solitário para sempre.

mas se for apanhado demasiado cedo, redobra a vontade em fugir.

para quem vê provas de ciclismo, é sempre aflitivo quando o pelotão

percorre compacto estradas mais estreitas.

é dele que queremos constantemente escapar,

mas é a ele que queremos regressar para nos sentirmos acompanhados»

 

Recebido por e-mail; “Mailing Lust”/ Flur

 

 

 

Guerrilha

por josé simões, em 14.11.08

 

 

Esta é obrigatoriamente curta porque o tempo e o tema não se proporcionam a grandes filosofias.

 

O que faltou dizer nas 6 – seis – 6 páginas que a Ípsilon hoje dedica aos “guerrilheiros”, com o pomposo título Portugueses Fazem Dançar O Mundo. Muito por ignorância do Vítor Belanciano que se mete por caminhos que não conhece, e muito por coisas “que não se podem dizer”. Digo eu, o mais radical dos guerrilheiros:

 

Tudo começou aqui (os arquivos estão lá para o provar). Contra o marasmo e a estagnação dos Vibes, dos Petes Tha Zouks, Manaças e outros que até fico com pele de galinha só de me lembrar que tenho de pronunciar o nome. Contra o sistema e os instalados. Querer sair à noite just for having fun e apanhar com o pior pirosismo-comercial-mainstream do mundo e arredores. Contra as cunhas, o ser bonito e ter amigos bem colocados. Amigos principalmente em Lisboa. Ter a certeza de ser o melhor e de conseguir fazer melhor mas não poder porque estão lá os outros que não fazem nem saem de cima. Mas isso agora também não interessa nada, como diz a outra (que também já está instalada).

 

Camaradas-putos-guerrilheiros, na qualidade de vosso "avô" tomem nota do que vos digo: Já chegaram ao Público; já chegaram ao Lux e aos outros Luxes do resto do mundo; já não somos o underground; o “alternativo” talvez ainda um pouco… Eu, como diz o outro, vou andar por aí à procura de outros como vocês; tão bons ou ainda melhores.

 

Achtung!: Difícil não é chegar lá. Difícil é (saber) sair.

 

Adenda: E nunca chegámos a fazer o tal jantar com namoradas e tudo…