Se fosse no Brasil era Coronel
O 'doutor' Relvas e a exigência, o rigor, a excelência do ensino privado, bandeiras da direita radical.
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O 'doutor' Relvas e a exigência, o rigor, a excelência do ensino privado, bandeiras da direita radical.
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A gente ensina aos nossos filhos, como os nossos pais nos ensinaram a nós e os nossos avós lhes ensinaram a eles, e assim sucessivamente até ao princípio dos tempos, que quando vai às compras, ou faz algum pagamento, e a pessoa que está do outro lado se engana no troco e nos dá mais do que é devido, como somos gente honesta devolvemos porque não é nosso e porque a relações sociais, comerciais, económicas, or ever, devem assentar num princípio de responsabilidade e confiança entre as partes.
Mas se não o fizermos também "não cometemos abuso nenhum, nem somos suspeitos nem envolvidos de termos participado de qualquer forma em nenhuma irregularidade", é isso, não é?
De cada vez que a Direita vem com a narrativa da excelência e do rigor do ensino privado, como justificação para todos os ataques à escola pública, logo aparece uma escola privada que se encarrega de desmentir o embuste. Até parece que é de propósito.
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Também sabe "que só a história [o] julgará convenientemente e com distância" por ter guardado na gaveta durante 2 – dois – 2 longos meses um relatório incriminatório para o seu colega de Governo e para a "Universidade" que o licenciou - sabe-se lá se com segundas intenções para uma hipotética remodelação governamental -, e segue o exemplo do ministro da Propaganda na demissão?
Uma coisa o ministro Nuno Crato sabe, ou pelo menos já ouviu falar, na velha máxima "Roma não paga a traidores". Mas quem sou eu para lembrar estas coisas do saber de gerações já com Passo Coelho a enaltecer "a lealdade e a dedicação ao serviço público" do 'compagnoin de route'…
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A China, que se quer afirmar no Pacífico, oceano que por acaso, e só por acaso banha uma das costas dos Estados Unidos da América, vai acautelar os seus interesses a oriente e «condicionar o acesso da marinha norte-americana ao mar da China, nomeadamente no que refere ao estreito de Taiwan», a ilha que é reconhecida e apoiada pelos EUA, oficialmente desde 1954 pelo "Tratado de Defesa Conjunta" e tacitamente desde 1979 com a "Lei de Relações com Taiwan" no Congresso norte-americano, perante a condescendência e um encolher de ombros dos am-a-ricanos.
Depois, mais rápida que a própria sombra no tabuleiro de xadrez da geopolítica e da geoestratégica, a China vai-se deslocar para Ocidente e vem pousar nas Lajes, base am-a-ricana no meio do outro oceano, o Atlântico, que por acaso, e só por acaso banha a outra costa dos EUA e a Europa, sem que haja qualquer tipo de "condicionamento" dos actuais ocupantes, os am-a-ricanos, desguarnecendo uma das costas, embeiçados que estão com o condicionamento chinês no Pacífico.
Há que dar o desconto, foi aqui Miguel Relvas se tornou dó-tôr.
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Incubado no partido. O partido como veículo para o negócio na esfera do Estado quando na vida real, sem a rede de cumplicidades e amiguismos partidários, nunca teria passado de um vulgar taberneiro de bairro. Mas isso agora também não interessa nada, o importante mesmo é desmantelar e repartir o Estado pelos amigos. O que resta. O Estado que já cumpriu a sua função – criar currículo e dar visibilidade. Como com a licenciatura, Novas Oportunidades avant la lettre, a que urgiu pôr cobro assim que se chegou ao poder. O topete parece nunca ter fim. "toda a minha vida foi estabelecida independentemente da base do título que foi ou não foi atribuído". A conversa de taberneiro com grau de dotôr. Não perceber que já não cola numa opinião pública com quase 40 anos de aprendizagem democrática. Exigente. Duplamente exigente pela crise e pela austeridade.
[Imagem de autor desconhecido]
Não é só o Estado na sua função social, conjuntamente com as empresas do sector estratégico, que o ministro da propaganda se entretêm a desmantelar e destruir, é também a credibilidade do o próprio ensino privado, tão ideologicamente caro a este Governo.
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Conhecer as pessoas certas nos lugares certos para as alturas certas. Está certo. A[s] Sociedade[s] do conhecimento em teia rede.
«[…] acrescentou que norteia a sua vida "pela procura permanente do conhecimento"»
[Na imagem uma capa da Metropoli, suplemento do El Mundo]
Sem contar com manuais escolares e outro material diverso, transportes e alimentação, €4 164 – quatro mil cento e sessenta e quatro euros – €4 164, foi quanto paguei em 2011 de propinas da minha filha numa universidade privada. À séria, não numa universidade privada macaca, à medida da nobreza republicana. E ainda falta contabilizar 2012 e mais o ano de 2013. Se calhar é melhor, e mais barato, acabar o último ano de faculdade militante da secção laranja de Setúbal.
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Miguel Relvas tem o 12.º ano de escolaridade, José Sócrates andou 4 anos no ISEC. Se a ideia era ser venenoso para com Miguel Relvas…
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Ninguém me tira da cabeça que com 10 anos de roadie e quase 20 de dj já não era pelo menos professor doutor em engenharia de som, ou assim, pela Lusófona.
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[Imagem de autor desconhecido]
Excluindo a minudência que é Feliciano Barreiras Duarte, actualmente seu secretário de estado adjunto, ter sido professor no mesmo curso "encurtado por equivalências reconhecidas e homologadas pelo Conselho Científico da referida universidade em virtude da análise curricular a que precedeu previamente", Miguel Relvas teve competências certificadas. Parece-me o "princípio" Novas Oportunidades. Parece-me.
«Em embarcações pequenas, a retranca situa-se num ponto baixo, oferecendo perigo ao velejador quando atirada com violência de um lado ao outro […] por mudança de bordo»