Com um desenho
Parede na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
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Parede na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
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"3 Estudantes detidas na Faculdade de Psicologia por darem palestra sobre ação climática". "[...] o diretor da Faculdade avisou os estudantes de que não seriam permitidas conversas políticas, pelo que as duas estudantes que estavam a falar estavam cientes do que poderia acontecer. A terceira estudante foi detida por estar a filmar". 50 anos depois do 25 de Abril. O próximo passo é a reintrodução dos "gorilas" de Marcello Caetano no campus pelo Magnífico Reitor?
"Em Março de 2018, ex primeiro ministro entrou no ISCSP a ganhar cerca de €1.200. Em Novembro, o contrato sofreu uma adenda e passou para cerca de €2.000". Saiu logo a brigada da direita radical de plantão às redes em defesa do homem que antes de abandonar o cargo lamentou publicamente não ter conseguido baixar os custos do trabalho. "Entrou a tempo parcial a ganhar 1200. Passou a tempo completo a ganhar 2000. *Mais um escândalo". Escândalo era se tivesse sido, por exemplo, com os estivadores, toda a vida a tempo parcial a trabalharem a tempo completo, os madraços. Dias inteiros no cais encostados aos contentores e à sombra dos guindastes a queimar cigarros e a falar de futebol.
Justiça é passar de tempo parcial a "tempo completo" alguém que durante quase cinco anos nos andou a dizer que não tinha um modelo de baixos salários para o país enquanto indirectamente baixava os salários por via de sobretaxas, eliminação de subsídios de férias e Natal, aumento da carga horária, diminuição dos dias de férias e eliminação de feriados.
Justiça é passar de tempo parcial a "tempo completo" alguém que durante quase cinco anos nos andou a dizer que não tinha um modelo de precariedade para o país enquanto assinava contratos de formação profissional com a McDonald's, aumentava o tempo de duração da contratação a prazo, aliviava as fiscalizações da inspecção do trabalho, punha os organismos do Estado a subcontratar por intermédio de empresas de trabalho temporário.
Justiça é uma universidade pública contratar alguém que durante quase cinco anos nos andou a badalar a excelência do ensino privado e o mérito, o mérito de ser contratado por um presidente militante do partido, uma coincidência de certeza, longe de mim levantar suspeitas ou calúnias, esclareço já.
Justiça é o ensino público, do Estado, pago com o dinheiro dos contribuintes, contratar para docente pela experiência adquirida alguém que durante quase cinco anos andou a denegrir o Novas Oportunidades que certificava competências pela experiência adquirida.
Justiça é o ensino público, do Estado, pago com o dinheiro dos contribuintes, contratar para docente alguém que durante quase cinco anos andou a resmorder quem vivia na sombra do Estado, não saía da zona de conforto, os professores que podiam muito bem deixar de ser piegas, fazerem-se à vida, não faltava trabalho nos PALOP's.
Isto vale o que vale mas com determinados personagens vale mais, muito mais
[Imagem "Leap into the Void" by Yves Klein]
Alguém vai deixar de ir estudar em Lisboa e no Porto para ir estudar para a Covilhã ou para Bragança ou para Évora ou para Castelo Branco ou para Beja? Sim e não.
Sim, os filhos das famílias das classes médias, médias-baixas das zonas industriais do Porto e Lisboa que, com mais ou menos sacrifício, passes sociais, alimentação,manuais e sebentas, conseguiam meter os filhos a tirar um curso superior na grande metrópole agregadora da região.
Não, os filhos das classes médias-altas e altas das zonas industriais de Lisboa e Porto que, com mais ou menos esforço, metem um filho a estudar a muitas centenas de quilómetros de casa, mais casa alugada, mais deslocações ao fim-de-semana, mais alimentação, mais sebentas e manuais escolares.
Salazar nunca se lembrou desta, um numerus clausus que permite aos filhos dos ricos continuarem a ser filhos dos ricos e assim sucessivamente.
Reitor de Lisboa faz discurso demolidor sobre a política para o ensino superior
[Imagem de autor desconhecido]
Dando como exemplo ele próprio – que não é político, nunca foi político nem nunca será político, e o mal-baratar de milhões e milhões em fundos comunitários – o novo ouro do Brasil, como lhe chamaram; uma rede de compadrio e corrupção, a destruição do tecido produtivo do país, com o sector da agricultura e o das pescas à cabeça – pagar para abater e não produzir; a aposta no betão em detrimento do caminho-de-ferro; o investimento massivo em infra-estruturas no litoral do país e o abandono do interior; a criação e a engorda do "monstro". Realmente é preciso ter uma lata tamanho do mundo...
"a política económica é demasiado importante para ser deixada aos políticos" e "basta ver o que aconteceu na Grécia", depois da governação de partidos da minha [dele] área política, referindo-se à Nova Democracia das contas maquilhadas e do défice escondido.
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[Imagem de autor desconhecido]
Salvo erro, desde a crise académica de 1969 que os gorilas não entravam no campus universitário.
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