"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Por uma daquelas coincidências, o dia em que o Senado norte-americano, de maioria republicana, dava respaldo ao louco que dá a cara pelo partido e administra o país, ler "blocks unanimous consent on resolution calling targeting cultural sites a war crime", foi o dia em que o arquitecto Mohammad Hassan Forouzanfar lançou o projecto 'Peace', com bandeiras brancas hasteadas no património histórico da humanidade, classificado pela UNESCO no Irão.
«Isis militants have reportedly ransacked Mosul library, burning over a hundred thousand rare manuscripts and documents spanning centuries of human learning.
Initial reports said approximately 8,000 books were destroyed by the extremist group.
e muito antes da lengalenga neoliberal da mobilidade e do incentivo à mobilidade; e porque as coisas acontecem porque têm de acontecer e não por incentivo superior estatal, do Estado administrado por quem abomina o Estado por decidir superiormente da vida das pessoas; e eu que nasci e sempre vivi em Setúbal e não falo charroco só porque não quero nem me apetece, porque sei o abecedário todo, fui criado a ouvir isto; e porque estas coisas não têm nada a ver com cantar mas com trabalhar e sofrer e lutar e com consciência social e por passar a mensagem contra a lengalenga neoliberal da mobilidade; e porque ainda hoje fico com pele de galinha de cada vez que oiço; viva!
Numa madrugada de chuva miudinha, botas da tropa e blusão preto de cabedal, cabelo à último dos moicanos, às 7 de uma manhã numa rua esconsa de Málaga, de um primeiro andar de janelas escancaradas, saía alto e bom som a voz de Amália Rodrigues e as guitarras, meu Deus as guitarras, de Uma Casa Portuguesa, a tomarem conta da cidade e a deixar-me com todos os cabelos do corpo eriçados.
Estávamos no início dos anos oitenta e estava a ressaca da new wave a começar, depois de, com o punk, já termos destruído tudo e renegado tudo o que estava para trás. Foi o reset e, num click, a questão de gostar ou não gostar deixou de ser. Está na massa do sangue, é nosso, não há como fugir-lhe. Yesssss!
Poucos meses depois da chegada de Adolf Hitler ao poder são organizadas em várias cidades alemãs gigantescas queimadas de livros entre os dias 10 de Maio e 21 de Junho de 1933. É a Bücherverbrennung.
No dia 1 de Setembro de 2009, Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros, assiste em Tripoli «às comemorações do 40º aniversário da Revolução do Grande Al-Fateh», com a chegada ao poder do ditador-terrorista-reabilitado Muammar Khadafi, e leva consigo a Força Aérea Portuguesa para participar no desfile comemorativo.
Na melhor tradição de Mao, muda-se o povo; elimina-se o povo, se preciso for. O povo, esse empecilho.Património da Humanidade, sem humanos:
'They are like bandits'
“The Chinese authorities hope that the shrine at Wutai Shan will be considered for designation as a Unesco world heritage site. Local residents, however, claim they have been forced from their homes and relocated away from their livelihoods in preparation for the bid”