Um Lukashenko em cada fronteira terrestre
Eleições na Ucrânia para afastar Zelensky e "trazer ao poder um governo capaz que gozasse da confiança do povo".
A confiança que Putin tem no sistema eleitoral ucraniano é a que não tem no seu.
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Eleições na Ucrânia para afastar Zelensky e "trazer ao poder um governo capaz que gozasse da confiança do povo".
A confiança que Putin tem no sistema eleitoral ucraniano é a que não tem no seu.
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Diz o povo que quem não se sente não é filho de boa gente. Eu senti-me incomodado.
Aprovada com os votos contra dos Estados Unidos, Rússia, Bielorússia, Coreia do Norte, Hungria, Israel, Nicarágua e Sudão.
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As vezes dou comigo a pensar "agora acordo e nada disto é verdade ou está a acontecer".
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Gajo que recusou reconhecer a derrota nas urnas e que patrocinou um motim com vista a impedir a tomada de posse do legitimo vencedor em eleições livre e democráticas, repete a conversa de gajo no poder há 26 anos, que alterou a constituição para por lá se manter até 2036, que é eleito por chapelada no país onde os opositores caem das varandas ou são assassinados, depois de prisão arbitrária ditada por tribunais subservientes ao poder político, sobre a ausência de legitimidade de um presidente de país em guerra, sob lei marcial, com milhões de deslocados - internos e externos, zonas desertificadas e outras em constante mutação fronteiriça. Que é um ditador que não vai a votos. Que não quer a paZ. Pela repetição da cassete, que ambos são leitores do órgão oficial do partido português que não é putinista [e agora nem trumpista] com saída periódica às quintas-feiras é a grande novidade nisto tudo.
[Imagem de autor desconhecido]
"A culpa é do José Lensky". Não, não veio escrito pela enésima vez no Avante! desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, foi Donald Trump quem o disse a seguir à conferência de Riade onde Marco Rubio entregou tudo a Putin sem que Putin lhe tivesse pedido alguma coisa e onde acabou a impor condições e a definir linhas vermelhas.
Quem se interessa por estas coisas da história conhece os mecanismos que levaram à absorção pela Rússia dos sovietes daquelas que viriam a ser as futuras repúblicas socialistas soviéticas, mecanismos em tudo iguais ao usados por Putin na Arménia, na Bielorrússia, no Donbass, e em curso na Geórgia. Falhou na Ucrânia porque "o comediante", como lhe chama os minons do partido que não é putinista, disse que as suas costas era coisa que o ocupante russo não ia ver. E Putin sabe a história, por a ter estudado e por a ter ouvido contar na primeira pessoa ao seu avô, o cozinheiro de Estaline, o Estaline que ele anda há décadas a recuperar.
Disse Putin que o fim da URSS foi a maior catástrofe geopolítica, no mesmo discurso onde falou nos russos dos sudetos nas minorias russas. Estava tudo ali. Curiosamente o partido que não é putinista também afirma que a URSS não devia ter acabado, devia ter sido aperfeiçoada. A partir de que parte da história não esclarecem. Talvez Putin comece agora a esclarecer, se nos apanhar, Europa, cada um a falar para o seu lado e a olhar para o seu umbigo.
1000 dias de guerra na Ucrânia, mas a culpa é nossa, da União Europeia da liberdade e dos direitos humanos, que insistimos em apoiar quem resiste ao imperialismo fascista russo, financiador da extrema-direita para minar a democracia no continente.
1000 dias de Guerra na Ucrânia, e se o conflito escalar para o apocalipse nuclear a culpa é nossa, da NATO, responsável pelo maior período de paz de que não há memória no continente da liberdade e dos direitos humanos.
"A mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o fascismo imperialista russo, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é o pior de dois mundos na China comunista do capitalismo selvagem, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" não é um louco na Coreia do Norte, a "República Democrática Popular", com acesso a arsenal nuclear e a exportar para a Europa tropas carne para canhão, "a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentam" é a NATO a UE e o G7. Tal e qual 1930 na Alemanha, a mais séria ameaça que os trabalhadores e os povos enfrentavam era a social-democracia, não era o nazismo. Há coisas que nunca mudam, nem com lições de história.
[Imagem "Natali Sevriukova reacts next to her destroyed apartment building following a rocket attack in Kyiv, Ukraine, Friday, Feb. 25, 2022. AP Photo/ Emilio Morenatti]
And last but not least o "envolvimento de tropas da Coreia do Norte na guerra, em Kursk, que é território russo e não ucraniano". Para se perceber o nível de sonsice há que perguntar que território é o Donbas, se ucraniano, se russo, de forma a contextualizar uma eventual entrada da NATO na guerra.
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Na rede de Musk um alegado militar de Abril, em conta com o pisco de verificada que permite escrever até 10 000 caracteres, privilégio pago ao dono e financiador de Trump, que agora é que vão ser elas, que a Rússia vai usar o nuclear, que vamos ser todos arrasados, o fim do mundo, o apocalipse. Seria um coitado que nunca ouviu "it'd be such an ignorant thing to do if the Russians love their children too" do Sting, no tempo em que era proibido chamar Rússia à União Soviética, não fora o historial de replicar propaganda do Kremlin, o "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia" do partido que não é putinista, com um exército de minions nas redes que se confundem com o próprio militar.
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A model with prosthetic limbs presents a creation by Andreas Moskin in Kyiv, Ukraine September 3. Reuters/ Alina Smutko
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Depois de ter convocado a embaixadora italiana em Moscovo para protestar contra a presença ilegal de jornalistas da televisão pública italiana em zonas controladas pelas tropas ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk, agora o Kremlin abre um processo-crime contra um jornalista da CNN por alegadamente ter atravessado ilegalmente a fronteira com a Rússia para filmar uma reportagem na mesma região de Kursk.
Bom era quando o camarada Bruno de Carvalho, ilegalmente em território ucraniano, acompanhava a invasão "operação militar especial" e, com fotos no Twitter, encontrava um azove em cada ucraniano morto e uma bandeira nazi e um exemplar do Mein Kampf em cada habitação que devassava, por cá com direito a livro no prelo a dar conta de tão profunda experiência como jornalista "independente".
Deve ser a isto que algumas mentes iluminadas, com avença nos jornais e lugar cativo no comentariado televisivo, chamam de russofobia e censura a tudo o que vem dos lados da Rússia.
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A damaged monument to Soviet founder Vladimir Lenin stands in a central square in Sudzha, Kursk
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Minions do "partido que não é putinista" nas redes a elogiarem o sentido de Estado do neo-fascista Órban, a toupeira de Putin na União Europeia, por afirmar que a guerra foi despoletada pela aproximação da NATO e da UE à fronteira russa, de uma assentada metendo no bolso detrás das calças o famoso "direito dos povos à auto-determinação e independência", na Constituição que tanto exigem ser cumprida, ou o direito de integrarem ou não blocos e alianças que muito bem entenderem, na famosa Acta de Helsínquia, sempre invocada pelos candidatos à Presidência da República e ao Parlamento Europeu, onde foi metida por Brejnev como defesa no tempo em que a fronteira da Rússia URSS ficava em Berlim.
De onde mais menos se espera sai um Jacques Doriot.
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