Cumprir Hollywood
Em 2013 chegava aos ecrãs The Purge/ A Purga, de James DeMonaco, "estrelando", como dizem os camaradas brasileiros, Ethan Hawke, Lena Headey e Max Burkholder. Arrasado pela crítica, a facturar milhões nas bilheteiras. Uma distopia. Nos Estados Unidos um partido totalitário no poder aprova uma lei que sanciona um expurgo anual: um dia por anos, durante 12 horas, todo o tipo de crimes é legalizado, desde roubo a assassinatos, passando por violações. Assim os humanos libertam pulsões e o crime baixa em todo o país para indicies nunca vistos.
Em 2024, apenas 11 anos passados desde The Purge/ A Purga, Donald Trump, recandidato ao cargo de presidente dos Estados Unidos da América, que venera ditadores e que já mostrou ele próprio vontade de se perpetuar no poder, num comício na Pensilvânia propõe um dia violento, uma purga, como forma de acabar com o crime nos States.
E depois há aqueles, alegadamente de esquerda, para quem tudo o que é 'amaricano' é mau, e que dizem não saber escolher entre Trump e Harris, por causa do factor Israel vs Palestina, uma bitola double standard que se saca da algibeira quando dá jeito, a nova versão do "entre Lula e Bolsonaro" não sabia em quem votar. Um dia vão eles próprios, pelo voto popular, acabar purgados, os sonsos.