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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Contentor do lixo?

por josé simões, em 20.10.08

 

 

Na generalidade (e na especialidade) subscrevo as suas cruzadas contra as inúmeras tentativas de expropriar os cidadãos – e não só de Lisboa –, do seu património comum, em favor de obscuros interesses privados e na maior das promiscuidades com o poder político. Mas desta vez acho que não está a ver bem o filme. Então um 1, 5 km de frente de rio ocupados com um muro de contentores empilhados até 15 metros de altura, roubam o rio à cidade, é prejudicial a Lisboa, mas já fica muito bem em Setúbal, onde «existe um perfeito para isso e cuja capacidade não aproveitada é de 95%!».

 

Por acaso o Miguel sabe da polémica que envolveu a construção do terminal de contentores de Setúbal? (Curiosamente com uma administração PS na Câmara; esta apetência do PS pelos terminais de contentores…). Da contestação que gerou; do impacte ambiental negativo; e que a juntar a outras polémicas decisões ditou o fim do reinado Mata Cáceres na cidade.

 

Setúbal é o contentor para o lixo que Lisboa não quer?

 

Por falar em lixo; aqui há tempos circulou aí pela blogocoisa a possibilidade de Santana Lopes ser candidato à presidência da Câmara de Setúbal. Aproveitando a boleia do Daniel: “Foi presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, deixou a Figueira da Foz falida e foi-se embora para ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Deixou Lisboa falida e foi-se embora (…)”. Uma certeza eu tenho: se o cromo decidir avançar para Setúbal não vai deixar a Câmara falida. Esse prazer foi-lhe retirado há 8 anos atrás.

 

(Na imagem The Container City, uma urbanização de luxo à base de contentores na frente ribeirinha de Londres. Aqui)