O surrealista naif
Marcelo, o novato ingénuo, só baixou o vidro parado no trânsito.
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Marcelo, o novato ingénuo, só baixou o vidro parado no trânsito.
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Era Sérgio Monteiro secretário de Estado dos Transportes no Governo da direita radical, o do mui famoso "fazer mais com menos", e, por orientação da tutela, o Metro de Lisboa aumentou os tempos de espera entre circulações, reduziu as composições, desactivou o sistema de travagem de emergência e os sprinklers - sistema de combate ao fogo nas carruagens em caso de incêndio.
Era Sérgio Monteiro secretário de Estado dos Transportes no Governo da direita radical e Teresa Leal Coelho, deputada do PSD, ia para a Assembleia da República de topo de gama com estacionamento privativo onde se sentava na bancada parlamentar do PSD, o partido maioritário da coligação de suporte, ao lado do CDS.
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Não perceber nada de nada é trazer o histriónico Paulo Rangel para a campanha da senhora Leal ao Coelho em Lisboa, para criar ainda mais anti-corpos no eleitorado, enquanto se sublinha a vocação cosmopolita de uma cidade, não só capaz de eleger alguém oriundo do Porto como presidente da Câmara, algo que o Porto, enredado nas teias do complexo regionalista-futeboleiro está longe de o conseguir fazer - eleger alguém nascido em Lisboa para o comando da autarquia, mas também de o adoptar como um igual - um "burocrata de Chelas" ou um amigo do Bairro São João de Brito, em campanha sem recurso à mentira.
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Prometo mais assiduidade como presidente da Câmara
Teresa Leal Coelho, candidata pelo PSD à Câmara Municipal de Lisboa, em entrevista ao diário Observador, transmitida via Twitter.
[Clara Bow na imagem]
Serei, dentro de alguns meses, presidente da Câmara de Lisboa
Como diria a direita radical - PSD/ CDS, se fosse no privado tinha sido despedida sem apelo nem agravo:
Teresa Leal Coelho falhou 91 reuniões como vereadora em Lisboa
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107 anos de República, no Parlamento português:
Primeiro o aviso de que nem todo o Panama Paper é Panama Paper resultante de esquemas fora-da-lei e de lavagens mas também de esquemas juridicamente perfeitamente legais e de lavagens, que a moralidade não é para aqui chamada.
Depois rios de caracteres, escritos nos jornais do economês e nas redes e na bloga, que está de regresso depois de 4 anos de interregno, pelos ideólogos liberais do “social-democrata, sempre!”, o primeiro-ministro no exílio Pedro Passos Coelho, pedagogicamente a ensinar ao pagode ignaro que planear fiscalmente a fuga ao pagamento de impostos, altos, é uma coisa bué louvável, compreensível e aceitável face ao Estado ladrão, e que a fuga aos impostos, baixos, também, que o Estado, ladrão, só atrapalha o direito do mais forte à liberdade no capitalismo que se quer selva.
Por fim os his master's voice vêm insinuar que os Panama Papers são todos Panama Papers e que todos os esquemas e lavagens são esquemas e lavagens e que o Estado está a ser ludibriado e a perder dinheiro a olhos vistos, dinheiro que faz falta ao Estado e às suas funções sociais, para corrigir desequilíbrios e atenuar desigualdades e que o capitalismo tem de ter um rosto humano e não pode ser tudo uma selva do vale tudo. Fazer barulho, muito barulho, que enquanto se faz barulho faz-se prova de vida e até os mais distraídos ficam a pensar que há aqui interesses obscuros da "Geringonça" em que estas coisas não se saibam, que não se saiba quem são os meliantes que andam pelo Panamá a viver acima das nossas possibilidades.
Se isto não é um circo...
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"A pior coisa que há na vida é desmentir a realidade, a senhora deputada não tem razão nenhuma"
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Depois de Pedro Passos Coelho a reclamar o pedigree dos que pagam o que devem e a discorrer sobre a [in]sustentabilidade da Segurança Social, por via dos impostos pagos/ cobrados, Teresa Leal Coelho, uma indefectível de Vale e Azevedo na direcção do SL Benfica, no Parlamento preocupada com o enriquecimento ilícito, agora que uma chico-espertice foi encontrada para que a inversão do ónus da prova não seja a inversão do ónus da prova. O menos mal que nos pode acontecer ainda é ver um destes dias Duarte Marques a perorar sobre o ensino da língua portuguesa nas escolas.
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Aquilo que em Jerónimo de Sousa é genuíno, quer pela origem de classe, quer pela baixa escolaridade e consequente pobreza semântica, e que em Passos Coelho, mais pontapé menos pontapé na gramática, podia ser "um burro carregado de livros é um doutor" é afinal uma "bengala linguística" que tem em Jerónimo de Sousa termo de comparação. Sancionado pelos outros, doutores e doutoras do partido, com mais ou menos livros no carrego.
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[Imagem de autor desconhecido]
«Teresa Leal Coelho, vice-presidente e deputada do PSD, entende que Paulo Mota Pinto tem no curriculum a «mancha» de ter sido juiz do Tribunal Constitucional. Teresa Leal Coelho, que acompanhou Vale Azevedo na Direcção do Benfica como vice-presidente, não tem manchas no curriculum.»
Esta gentinha que nos governa.
Sou capaz de jurar que vi Marcelo de Rebelo de Sousa na televisão, na Universidade [cof… cof…] Política [cof… cof…] dos jotas SD de Lisboa, a dizer piadolas com a voz a fugir-lhe para o esganiçado, ao lado da senhora do lenço, que defendeu Vale e Azevedo no Benfica com a mesma convicção com que defende Passos Coelho no país.
Diz que quer ser Presidente da República. Podia ser o Nilton ou o Herman José, da "fase terminal", que o resultado era o mesmo.
[Imagem "Saltimbancos, Setúbal, Portugal, 1954" do insigne fotógrafo setubalense Américo Ribeiro]
Teresa Leal Coelho demitiu-se da direcção da bancada parlamentar do PSD, e faltou à votação que aprovou o referendo à co-adopção, por discordar da disciplina de voto imposta pelo partido, mas continua vice-presidente da Comissão Política Nacional do partido que impôs a disciplina de voto aos deputados na votação que aprovou o referendo à co-adopção…
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