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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

CHIU!

por josé simões, em 13.05.25

 

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O senhor não tem mais nenhuma pergunta para me fazer todos os dias? A RTP… A RTP está empenhadíssima. Então é SIC, pronto. Mas eu vi aqui o microfone da RTP, que tem sido mais insistente. Eu não sei, querem fazer as mesmas perguntas que faziam há dois meses ou três atrás?

 

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A liga dos últimos

por josé simões, em 07.05.25

 

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Na liga dos últimos, a páginas tantas, Márcia Henriques, candidata pelo partido inventado por Tino de Rans, aponta o dedo à comunicação social, que se der projecção a alguns partidos ali presentes eles metem deputados no Parlamento. Por exemplo, levem a Renata Cambra ao colo, como levaram o taberneiro, e ela forma grupo parlamentar [esta parte digo eu].

 

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A qualidade do comentário e da análise política

por josé simões, em 12.03.25

 

 

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De pitonisas da vontade dos portugueses, "o povo não quer eleições", a psicólogos da estupidez e ignorância do povo, "os portugueses não entendem o que se está a passar, não percebem porque é que vamos a votos". É esta a qualidade do comentário e da análise política por estes dias nas televisões. E ganham dinheiro com isto e são pagos para isto.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Circulo fechado

por josé simões, em 26.02.25

 

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Acordaram todos, jornais e televisões, com o filme onde Gaza aparece transformada em destino turístico, com Musk na praia a atirar notas ao ar, Trump de molho na piscina ao lado de Netanyahu, estátuas do Agent Orange, uma criança com um balão com o cabeçudo e tudo, nativas a sacudir o umbigo. Uma merda que já circula pelo Insta e pelo Whats há mais de um mês. E gerou-se logo uma onda de indignação nas redes fazendo, jus à velha máxima "uma indignação por dia não sabe o bem que lhe fazia". E amanhã já não se fala mais nisso, prontes, que atrás da indignações vêm indignações outras indignações hão-de vir, já cantava o Bordalo que era Fausto. E porque é que acordaram todos, os jornais, as televisões, e os redistas [inventei agora] - aqueles que vivem nas redes, sobressaltados com aquela treta? Porque o Agent Orange a publicou na sua conta Insta, e a comunicação social, que se calhar já tinha dado por aquilo e não lhe tinha passado cartucho, como agora foi [re]publicada por quem foi, pegou e fez manchetes, e os redistas revoltaram-se do fundo do seu ser. Circulo fechado. É falso que os media andem com o populismo ao colo e lhe dêem gás, é falso que os redistas lhe dêem corpo e projecção. É falso que andem todos por aqui a fazer figura de ursos.

 

[Imagem de Alex Beker]

 

 

 

 

Uma entorse informativa

por josé simões, em 17.02.25

 

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O sismo teve epicentro na Fonte da Telha, uma frente de mar/ praia partilhada entre os municípios de Almada e Sesimbra, mas quem apareceu nas televisões foi Carlos Moedas, de Lisboa, equipado de fluorescente para um cataclismo de proporções bíblicas, chateado com o Partido Socialista que lhe perguntou pela app, anunciada numa acção manhosa de propaganda num arremedo de terramoto em 2022, e que ninguém encontra, nem na Play Store nem em lado nenhum. Uma "politização da notícia" diz o homem que aproveita qualquer rodapé de notícia para vestir o colete da Protecção Civil sem qualquer contraditório ou espírito crítico.  Telefona e lá estão as televisões de microfone estendido, as mesmas que andaram meses a fio com o taberneiro ao colo, curiosamente do mesmo partido do inefável Moedas. Como diria o fala-barato que tem cadeira em Belém, há aqui uma entorse informativa.

 

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Um dia como outro qualquer na televisão

por josé simões, em 04.02.25

 

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Na televisão pública, o taberneiro, assumido primeiro candidato presidencial para 2026, teve mais tempo de antena para comentar a na véspera anunciada candidatura de Marques Mendes que o próprio Marques Mendes. Um dia como outro qualquer na televisão.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"a responsabilidade nos media"

por josé simões, em 17.01.25

 

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De certeza há muito boas razões para andarmos há duas semanas a falar de segurança e da falta dela e para os telejornais abrirem com longos directos e entrevistas de rua a propósito de uma rixa que não há muito tempo era motivo de rodapé na televisão da especialidade, a do Correio da Manha, sem til.

 

"[...] criticou a imagem de que o país está numa situação “sem rei e sem roque” no que à segurança diz respeito. [...]  Estamos a assistir a um momento de desinformação, ‘fake news’ e ameaças híbridas e é isso tudo que leva a fundamentar a perceção de insegurança [...]"

 

Diretor da PJ desmente aumento de criminalidade violenta e sentimento de insegurança

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A verdade a que temos direito

por josé simões, em 06.01.25

 

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No tempo do PS era "o caos nas urgências hospitalares", com eternos directos da porta do hospital, entrevistas a utentes, médicos e enfermeiros sem rosto e com a voz filtrada, gravações piratas do interior feitas com telemóvel pelos acompanhantes dos internados.

Agora são as "urgências com constrangimentos" e umas breves declarações da tutela ou de um administrador de hospital nomeado pela mesma tutela,  com a atenuante de estarmos na época das gripes e das infecções respiratórias, coisa nunca vista era o Partido Socialista governo. 

 

 

 

 

Tenham medo, muito medo

por josé simões, em 01.09.24

 

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Estive a ver a final paralímpica do tiro com arco entre um norte-americano sem braços - M. Stutzman, e um chinês em cadeira de rodas - X.L. Ai. O americano levou a medalha de ouro. Minutos depois chego ao Instagram e a primeira sugestão que me aparece, e que até aqui nunca tinha aparecido, foi a de seguir a conta de um norte-americano pedreiro... sem braços. Tudo com os pés, como o do tiro ao arco. Tenham medo, muito medo.

 

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Enviesados

por josé simões, em 27.05.24

 

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As prestações televisivas do Sebastião Maria são todas excelentes quando não geniais, as de Catarina Martins e Cotrim de Figueiredo são por causa da sua [deles] experiência política. Comentariado mais ideologicamente comprometido não deve haver em televisões nenhumas por essa Europa fora. Puta que pariu.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A culpa é do TikTok

por josé simões, em 24.02.24

 

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O XV congresso da CGTP, a maior e mais antiga central sindical do país, a passar ao lado das televisões, e o destaque dado pelas mesmas televisões ao congresso do sindicato dos bancários, também conhecido por UGT, inventado para assinar por baixo o que o sindicato dos patrõe lhe põem à frente para assinar. A culpa é do TikTok.

 

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O cerco ao Capitólio

por josé simões, em 19.02.24

 

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Na impossibilidade de estar no Capitólio, Lisboa, a gritar e a insultar, o taberneiro mandou os escudeiros fazerem barulho por ele. Nascido, criado e engordado pela mesma mãe - o PSD, Montenegro foi incapaz de dizer o óbvio, que as polícias são o garante da legalidade democrática e nunca um factor de insegurança e instabilidade. O resto do debate, e foi mais de uma hora, foi um monte negro político à nora que acabou a comparar o seu passado, "o meu passado chama-se Passos", a José Sócrates.

 

 

 

 

Quão baixo descemos?

por josé simões, em 18.02.24

 

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É no mínimo duvidoso alguém mudar o sentido de voto terminados estes debates de meia hora para o soundbite. E todos os debates foram esclarecedores do que cada um pensa e propõe, todos os debates forma disputados com elevação e respeito. Todos, excepto todos os debates com a participação do taberneiro. Gritaria, mentiras, insultos, mentiras, insinuações, mentiras, ataques ad hominem, mentiras, falta de respeito, mentiras. Quão baixo descemos na nossa exigência cidadã, na nossa exigência democrática, na nossa civilidade, para o trogloditismo ser aceitável, a pontos de eleger deputados da nação?

 

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Comido de cebolada

por josé simões, em 15.02.24

 

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Morder o isco do taberneiro: gritaria, falar por cima, responder às constantes interrupções, perder o fio ao raciocínio, ser direccionado para o sítio onde o outro o queria ver sentado, tentar responder no mesmo tom e ficar automaticamente em sentido perante um "não me interrompa" dito por quem não faz outra coisa que não interromper o tempo todo. Acordar para o jogo a 5 minutos do apito final e terminar penosamente nos descontos com "isso é mentira, isso é mentira" ainda assim em tom baixo e moderado. Escolher uma gravata cor Legião Portuguesa no lado esquerdo do ecrã perante um oponente de gravata laranja do lado direito, começar a falar e as pessoas instintivamente olharem para o lado direito, para o gajo que interrompia, fazia interjeições, largava dixotes, ninguém reter nada do que estava a ser dito. Há uns, antes de estar disponível no tubo, o The Independent ofereceu o Kennedy vs. Nixon com a edição em papel, mas no Rato ninguém fala 'amaricano' desde que Mário Soares começou a ler o Le Monde. Não há um segundo debate para Pedro Nuno Santos.

 

 

 

 

Jornalismo a reboque de agenda

por josé simões, em 14.02.24

 

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Todos os temas em cima da mesa a debater nos frente-a-frente com o chefe do partido da taberna são "imigração + segurança + corrupção". Todos. Como se no país onde os imigrantes contribuíram com 1.604,2 milhões de euros para a Segurança Social; como se no 7.º país mais seguro do mundo; como se no país que está abaixo da médias europeia no Índice de Percepção da Corrupção, não houvesse mais nada com que preocupar. E depois um alegado jornalista na televisão pública - RTP, pergunta, com a maior cara de pau, a Mariana Mortágua, se acha que os imigrantes devem ter acesso à Segurança Social, ao Serviço Nacional de Saúde, à escola pública. Não. Trabalham e não bufam, morrem à porta do hospital, se ficarem desempregados temos pena, os filhos não sabem ler nem escrever é lá problema deles. Há um alegado jornalismo a reboque de agenda política, dito de outra forma, a levar ao colo quem lhe vai tratar da saúde lá mais para a frente.

 

[Imagem de autor desconhecido]