"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Ver os deputados Duarte Marques, do PSD, e Patrícia Fonseca, do CDS, da maioria parlamentar de suporte ao Governo da direita radical que entregou a pasta do ambiente à agricultura de Assunção Cristas do CDS, da eucaliptização por cima da biodiversidade, do ordenamento do território e da Reserva Agrícola Nacional, "isso depois logo se vê"; da maioria parlamentar de suporte ao Governo da direita radical que entregou a pasta do ambiente à economia de Pires de Lima do CDS, da celulose e da pasta de papel, em nome da recuperação, do crescimento económico e da criação de emprego – directo e indirecto, propagandeado primeiro, nunca contabilizado e confirmado depois; da bancada parlamentar de suporte ao Governo da direita radical que bloqueou todas as acções inspectivas ambientais em nome da racionalização de custos e meios e de cortar fatias de gordura ao Estado – o celebérrimo fazer mais com menos; Duarte Marques, do PSD, e Patrícia Fonseca, do CDS, agora na bancada parlamentar da oposição preocupados com a poluição no Tejo, das descargas das celuloses e de outras criações de riqueza avulso. Não ter a puta da vergonha na cara é isto.
Duarte Marques, da bancada parlamentar de suporte ao Governo que entregou a pasta do ambiente à agricultura da eucaliptização por cima da biodiversidade, do ordenamento do território e da Reserva Agrícola Nacional "isso depois logo sé vê"; Duarte Marques, da bancada parlamentar de suporte ao Governo que entregou a pasta do ambiente à economia da celulose e da pasta de papel, em nome da recuperação, do crescimento económico e da criação de emprego – directo e indirecto, propagandeado primeiro, nunca contabilizado e confirmado depois; Duarte Marques, da bancada parlamentar de suporte ao Governo que bloqueou todas as acções inspectivas ambientais em nome da racionalização de custos e meios e de cortar fatias de gordura ao Estado – o celebérrimo fazer mais com menos; Duarte Marques, na bancada parlamentar da oposição preocupado com a poluição no rio Tejo provocada por uma fábrica de pasta de papel.
Terra de tradição surfista, com praias paradisíacas, num cenário de arquitectura industrial em ruínas a envolver a memória dos bairros operários, decadentes e ao abandono, e do que foi e podia ter sido o caminho-de-ferro como via de comunicação rápida e limpa, antes de Cavaco Silva, primeiro-ministro, ter avisado que a prioridade era desindustrializar e apostar no alcatrão. A seguir pagam a um filho ou a um neto de Cousteau para mergulhar no antigo cais da Fisipe, "o ecosistema nos fundos lodosos dos metais pesados"?