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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Uma medalha para madame Lagarde

por josé simões, em 29.06.23

 

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Meloni contra o Banco Central Europeu. Fez hoje o pleno na imprensa escrita italiana, só falhou nos desportivos. Tinha de começar por algum lado, começou pela extrema-direita, que é um problema menor com que a Europa se debate. Uma medalha para madame Lagarde.

 

 

 

 

Psittacidae, II

por josé simões, em 16.05.23

 

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"São palavras de uma pessoa que tem uma preocupação genuína com os portugueses e está preocupado com o aumento das taxas de juro e o [respectivo] impacto das famílias", disse o Maya, Miguel, depois de Marcelo ter dito aquilo que o PCP e o Bloco andam a dizer há mais de um ano e que tem sido apodado de irresponsabilidade, comunismo, venezuelização de Portugal e daí para cima.

 

[Link na imagem]

 

Psittacidae, Capítulo I

 

 

 

 

Liberalismo para totós

por josé simões, em 15.03.23

 

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Enquanto as taxas de juro massacraram pessoas e famílias foi sem dó nem piedade, sempre a subir, "ai aguenta, aguenta", a partir do momento em que começou a ameaçar bancos com má gestão de risco foi accionado o travão. Para quem se governa, por quem se é governado ou, como na canção, "the system only dreams in total darkness".

 

Novas falências bancárias travam subidas planeadas das taxas de juro

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 27.04.16

 

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E o que dizia João Salgueiro, o senhor que era presidente da outra associação que, além do Banco de Portugal e de Carlos Costa, zela pelos interesses dos bancos e dos banqueiros – a Associação Portuguesa de Bancos, corria o ano de 2008 e a Euribor a seis meses atingia o pico de 5,276 por cento enquanto a três meses se fixava nos 5,066 por cento, deixando muitas famílias em incumprimento e com a corda na garganta? Paciência. Temos pena. Tivessem juízo.Tivessem pensado no futuro. É executar as hipotecas. Ide morar para casa dos pais. Ou para uma barraca de tábuas e cartão.


"João Salgueiro entende que os portugueses sentem na carteira o peso do aumento das taxas de juro, mas frisou que a "cultura do desenrasca", muito própria do povo lusitano, que não faz contas à vida, também não ajuda.


«O endividamento começa nas campanhas de publicidade», já que «quando há uma campanha agressiva para passar férias no Brasil», as pessoas convertem dívidas para aproveitar a viagem, ou seja, «a decisão não é dada pelo endividamento mas pela compra», sublinhou.


O presidente da Associação Portuguesa de Bancos frisou que «o problema do estilo de vida é uma questão de mentalidade, estimulada pelas campanhas de publicidade»." [Via]


[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Prejuízo só para o contribuinte

por josé simões, em 27.04.16

 

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Prejuízo só para o contribuinte quando paga o resgate dos bancos pelos desmandos da "excelência da gestão privada" depois de anos a facturar milhões e de retribuições pornográficas a banqueiros e accionistas.


"Governador contrário a lei que possa pôr os bancos a pagar parte do capital aos clientes, acenando com prejuízos de 700 milhões de euros por ano para os bancos."


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|| Cenas dos próximos capítulos

por josé simões, em 17.04.13

 

 

 

A seguir o FMI vem falar do Banco Central Europeu emprestar à banca a xis para depois a banca investir em bónus soberanos dos países a xis vezes quatro, xis vezes sete e, em alguns casos, xis vezes treze.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

Os juros e o populismo

por josé simões, em 24.09.07

Interessante o artigo de Francisco Sarsfield Cabral (FSC) no Público de hoje.
Desde Sarkozy a Paulo Portas, passando por Francisco Louçã todos são classificados como populistas por defenderem uma intervenção dos governos na politica monetária do Banco Central Europeu (BCE) de modo a proteger as famílias da violência da subida das taxas de juro. Na sua argumentação FSC vai ao ponto de evocar o Partido Populista Norte-Americano dos finais do sec. XIX criado para «promover a luta dos agricultores contra o crédito difícil e contra os bancos», e, Adolf Hitler, que antes de se tornar chanceler discursava em comícios onde prometia «acabar com a escravatura dos altos juros».
 
A culpa desta situação, segundo FSC, é do Governo – deste e dos anteriores –, que não souberam criar legislação que permitisse às famílias arrendar casa em vez de a comprar, «pela simples razão de que, com as rendas congeladas ou quase, há muito deixou de haver casas para alugar». O que FSC não explica – e eu pessoalmente adorava ouvir a sua explicação! – é, porque é que um qualquer cidadão há-de ter de pagar uma renda durante toda a vida por uma habitação que nunca será sua, se pode pagar durante 25 / 30 anos a mesma importância, por uma casa que no fim do empréstimo é a sua casa, e que, possivelmente, se converterá num bem imóvel a deixar como herança à descendência. A isto chama-se investimento, e FSC, melhor que ninguém o sabe (quando lhe interessa saber).
 
Mas o interessante no artigo de FSC está guardado para o último parágrafo, quando dá como exemplo o Governo espanhol que «já anunciou incentivos para estimular o aluguer de habitações»; à parte este anúncio ser uma repescagem eleitoralista do executivo de Zapatero,que já havia anunciado a mesma medida há um ano atrás, e que consiste em o Estado subsidiar as rendas de jovens até aos 30 anos de idade e com fracos rendimentos; na óptica de FSC o intervencionismo estatal / governamental nos mercados é aceitável, depende é dos moldes em como ele é feito. Se for para atenuar os problemas das famílias, estranguladas pelo aumento das taxas de juro, é populismo e é coisa para esquecer, porque a política monetária do BCE é independente e deve continuara sê-lo; se for para financiar com o dinheiro dos nossos impostos o mercado de arrendamento, para que meia-dúzia de proprietários lucrem com as rendas é aceitável e recomenda-se. Pelos vistos há bons intervencionismos e maus intervencionismos…
 
Muito me conta senhor Cabral! Realmente é uma chatice estas coisas das democracias, em que cada um é proprietário da sua humilde casinha; saudosos tempos em que meia-dúzia de senhorios punham e dispunham das habitações e viviam de papo para o ar à custa das rendas!
 
(Imagem roubada aqui)

 

 

Importa-se de repetir?!

por josé simões, em 11.12.06

"As famílias não estão a ser tão penalizadas como isso."

 

Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças, comentando o aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu.