"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O Partido Socialista desaprendeu, perdeu a noção das hierarquias, das prioridades, dos "alvos a abater", cada macaco no seu galho - como a direita gosta, e se calhar convém tratar a direita como a direita gosta de tratar, ou continuamos com o calculismo da política da porta entreaberta com medo de maiorias absolutas inatingíveis, mesmo que o adversário não tenha um mínimo de credibilidade e honorabilidade?
A seguir a Cavaco Silva é o político há mais tempo no activo em Portugal, mesmo sem contar com os anos em que, disfarçado de jornalista, fazia política todas as semanas na primeira página de um semanário contra... Cavaco Silva. De cada vez que foi para o Governo foi sempre para fazer exactamente o oposto daquilo que havia prometido em campanha eleitoral. De todas as vezes que saiu do Governo deixou sempre o país sempre pior do que no dia em que entrou. E nunca se cala e nunca se cala e nunca se cala. Não ter cara para não ter a puta da vergonha na cara é isto.
Taxa para entrar em Lisboa paga a margem sul do Tejo desde o dia 6 de Agosto de 1966, cidadãos nacionais que vivem e trabalham e pagam impostos em Portugal. Entretanto, pelo meio, houve Cavaco Silva primeiro-ministro e Dias Loureiro ministro da Administração Interna e as cargas policiais na Praça da Portagem e a construção da ponte Vasco da Gama, onde não fazia falta, e a concessão das portagens da ponte 25 de Abril à Lusoponte da ponte Vasco da Gama, administrada por Ferreira do Amaral, que "mandou" contruir a ponte onde ela não fazia falta, quando ministro das obras públicas de Cavaco Silva, tudo aplaudido pelos agora críticos da taxa de €1 nas dormidas e nas entradas turísticas na capital. E se fossem gozar com quem vos talhou as orelhas?