Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

E dura, dura, dura...

por josé simões, em 14.02.20

 

duracell (1).jpg

 

 

"Carlos Alexandre quer Supremo a avaliar alegada violação do segredo de Justiça de António Costa"

 

O juiz decidiu remeter para o MP no Supremo uma certidão neste âmbito depois de a Procuradora de primeira instância lhe ter dito que não tinha competência nesta matéria [...]

 

Violação do segredo de justiça é quando o meritíssimo quiser. Ou era. Ou o excelentíssimo senhor juiz ainda não percebeu o que [lhe] aconteceu com este gesto simples de António Costa a estragar uma carrada de primeiras páginas ao Correio da Manha [sem til] e a pôr fim, ainda antes de começar, ao queimar em lume brando das insinuações e julgamentos na praça pública, ou percebeu e ensaia uma fuga para a frente. O que com toda a certeza não percebeu é que isto cansa, que as pessoas começam a ficar fartas.

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista - CSI Tancos

por josé simões, em 07.02.20

 

magoo.png

 

 

Azeredo Lopes disse que não achou estranho a forma como foi feita a recuperação do armamento roubado em Tancos e a existência de um informador. No interrogatório, a que a RTP teve acesso, afirmou que depois de ver filmes policiais achou que esta era a forma habitual das autoridades.

 

 

 

 

O circo nunca acaba

por josé simões, em 05.02.20

 

Marion Peck.jpg

 

 

O juiz que um par de horas depois de ter feito 100 perguntas por escrito a António Costa as tinha escarrapachadas em todos os telejornais e nos jornais online é o mesmo juiz que informou os jornais e as televisões que resolveu colocar nas mãos do Ministério Público a decisão de abrir um inquérito contra o primeiro-ministro, António Costa, por violação do segredo de justiça por ter divulgado no site oficial do governo as respostas que deu ao tribunal.

 

[Imagem]

 

 

 

 

Da credibilidade da justiça

por josé simões, em 28.01.20

 

 

 

Na impossibilidade de depoimento presencial, com suporte vídeo e audio para posteriormente fazer chegar aos media tablóide e passar em repeat na televisão do Correio da Manha [sem til] até ao julgamento e condenação na praça pública no grande circo da justiça,  apareceu a lista das perguntas "a que a RTP teve acesso" e "a que a SIC teve acesso". Segue-se o tradicional "o Ministério Pública suspeita".

 

[Imagem "Judges" by Jerrold Litvinenko]

 

 

 

 

O circo da justiça

por josé simões, em 08.01.20

 

 

Fugas cirúrgicas ao segredo de justiça. Gravações de audio e imagem dos inquéritos nas televisões e nas rádios. Primeiras páginas assassinas no Correio da Manha [sem til]. Promiscuidade total entre a justiça e os tablóides, escritos e televisivos. Tudo é sempre "o Ministério Público acredita" nunca há um "o Ministério Público tem provas". Para quê se o julgamento é feito na praça pública? Dito de outra forma, se é uma questão de fé, de acreditar, uma fezada sem provas, mais vale julgar e condenar na abertura do telejornal e na primeira página do jornal. Chama-se "assassinato de carácter". No faroeste metiam alcatrão e penas também.

 

«O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal não aceita que o primeiro-ministro deponha por escrito como testemunha do processo de Tancos e cita a lei: "As decisões dos tribunais são obrigatórias para todas as entidades públicas e privadas e prevalecem sobre as de quaisquer outras autoridades."»

 

Tancos: Carlos Alexandre insiste em ouvir António Costa presencialmente

 

 

 

 

Momento LOL da noite

por josé simões, em 07.10.19

 

tancos legislativas 2019.jpg

 

 

[Via]

 

 

 

 

Não ter a puta da vergonha na cara é isto

por josé simões, em 02.10.19

 

cm (1).jpg

 

 

Já se tinha percebido que o assunto Tancos tinha morrido quando logo no dia a seguir o velho Correio da Manha [sem til] voltou ao que sempre foi e ignorou olímpicamente o caso na primeira página, no entanto, o [ainda] líder da bancada par[a]lamentar do PSD, ignorando o princípio elementar das democracias - a maioria, frustrado por o circo não montar barraca no Parlamento, aparece a acusar a esquerda de impor uma data para a Comissão Permanente, enquanto lamenta a Assembleia da República não sair dignificada deste affair, um dia - um só, depois de ter sido caçado a digitalizar assinaturas de deputados do seu partido sem a autorização dos próprios. Não ter a puta da vergonha na cara é isto. 

 

 

 

 

Simplicidade de raciocínio

por josé simões, em 26.09.19

 

 

 

Se o ministro da Defesa sabia, António Costa, primeiro-ministro, tinha obrigatoriamente de saber. E se não sabia é grave. Se o chefe da Casa Militar da Presidência da República sabia isso não pode implicar o Presidente, que está acima de qualquer suspeita.

 

 

 

 

O vómito

por josé simões, em 26.09.19

 

Jan van de Velde-welcome library (1).jpg

 

 

Papagaios-mor, papagaios-ajudantes, primeiros-papagaios, segundos-papagaios, papagaios-furriéis, papagaios-arvorados e papagaios rasos.

O espanto, a admiração é um qualquer André Ventura não surgir destacado na frente nas intenções de voto.

 

[Imagem]

 

 

 

 

Tudo isto é triste

por josé simões, em 25.09.19

 

Insonias.jpg

 

 

Um dos arguidos do gamanço em Tancos disse que o "papagaio-mor do reino" sabia de tudo. O Ministério Público acredita que se referia a Marcelo, Presidente da República. E Marcelo, Presidente da República, desde Nova Iorque, mais rápido que a própria sombra, "é bom que fique claro que o Presidente não é criminoso".

 

Portanto, fala-se em "papagaio-mor do reino" e toda a gente automaticamente associa a Marcelo. É triste. Até o próprio Marcelo, que se vê na obrigação de vir a público clamar inocência, de esclarecer que não é ele o "papagaio-mor do reino". É triste. E, como cantava a "voz-mor do reino", tudo isto é triste, tudo isto é fado.

 

[Imagem]

 

 

 

 

Next level

por josé simões, em 05.11.18

 

Ben Stainton.jpg

 

 

Antes eram perfis falsos com contas criadas para o efeito numa rede qualquer, agora são fake news com a chancela da carteira de jornalista em televisões ditas de referência.

Muito bem a televisão do militante n.º 1 com a sua conta no Twitter a fabricar fake news [em print screen para memória futura] num título que nada tem nada a ver, antes pelo contrário, com o que o primeiro-ministro diz. CLAP! CLAP! CLAP!

 

[Imagem]

 

 

 

 

Fake news à portuguesa

por josé simões, em 29.10.18

 

naperon (2).jpg

 

 

A televisão do militante n.º 1 teve acesso a documentos onde o director da Polícia Judiciária Militar, agora detido por envolvimento na matrafisga de Tancos, pede ao ministro da Defesa que os geninhos [na gíria nome pelo qual são conhecidos os GNR's] algarvios sejam distinguidos pelos elevados serviços prestados à Pátria no deslindamento do gamanço. O pedido chega ao chefe de gabinete de Azeredo Lopes, ministro da Defesa, que concorda e remete para o seu colega ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que "assina" por baixo. Entretanto a Judite civil dá conta da tramóia e as assinaturas laudatórias ficam sem efeito. E, perguntamos todos, onde é que está a notícia? Está em que o ministro não só sabia de tudo como foi conivente e ainda teve o topete de louvar os meliantes, quiçá, a televisão do militante n.o 1 não conseguiu descobrir, com a cumplicidade do ministro da Administração Interna.

 

E isto é só o começo. Daqui até ás eleições de 2019 vai haver mais e mais sofisticado. Muito mais.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

Voltando ao início...

por josé simões, em 26.10.18

 

 

 

A 9 de Setembro, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, Rui Rio pedia celeridade, schnell, schnell, na investigação ao "roubo" de Tancos e dizia que não dizia tudo o que queria dizer e que sabia. Duas semanas passadas, a 25 de Setembro, depois das armas "encontradas" e do "gamanço" deslindado, Rui Rio aparece a dizer que aconteceu tudo exactamente como ele sabia que ia acontecer, que se regressou à normalidade e que folgava por saber que quer a Polícia Judiciária quer o Ministério Público tinham actuado e que tudo está bem quando acaba bem e adiante que se faz tarde.

 

Agora, que parece que vai haver Comissão Parlamentar de Inquérito ao affair Tancos, o líder do PSD vai continuar a dizer que já sabia o que sabia e que não podia dizer e que acabou como sabia que ia acabar ou também vai ser chamado a depor?

 

 

 

 

Halloween

por josé simões, em 12.10.18

 

halloween.jpg

 

 

O documento/ memorando, que não tem data, nem carimbo, nem assinaturas, foi entregue ao ministro numa reunião que não se realizou. Este ano no Halloween vamos de Major Brazão?

 

[Imagem]

 

 

 

 

Estava escrito como se ia escrever a narrativa

por josé simões, em 05.10.18

 

green_army_man_suicide (1).jpg

 

 

Desmascarada a matrafisga do CSI Tropa Macaca pela Polícia Judiciária civil logo os heróis feijão verde vieram invocar o "interesse nacional" como algo que os tinha movido a pactuar com um ladrão amigo para, de seguida, todos os comentadeiros de serviço ás televisões se apressarem a dizer em uníssono "o interesse nacional? what the fuck?! então o interesse nacional não é definido pelo poder político democrático eleito?" e, rapidamente, mais rápido que a própria sombra, o Major Zero responder ao guião: "mas o ministro sabia". A seguir as televisões do militante n.o 1, SIC e SIC Notícias, antecipam a primeira página do jornal do militante n.º 1, o Expresso, esta semana mais cedo na rua por causa do feriado e mesmo a jeito de ser comentada por toda a gente nos directos do 5 de Outubro, primeira página que há-de ser repetida pelas televisões da militante n.o 1 durante todo o fim-de-semana e até meio da segunda-feira, como se de uma verdade universal se tratasse. Estava escrito como se ia escrever a narrativa e como o Trumpismo vai fazendo o seu caminho por aqui.

 

[Imagem]