"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Na convocatória para a cercadura ao Parlamento, a páginas tantas, o taberneiro diz "dia 4 às 15 horas" enquanto faz com a mão direita o gesto três dedos e um zero que, em linguagem gestual, todos já vimos no canto do ecrã a tradução, significa "dia 4 às 15 horas" e não o símbolo White Power dos supremacistas brancos e, por coincidência e só por coincidência, também o símbolo do Movimento Zero nas polícias, aqueles senhores e senhoras que nos grupos WhatsApp, Telegram e contas fechadas no Facebook se dedicam a insultar imigrantes e gente de outras cores, para, mais rápidos que a própria sombra, os ditos zeros responderem ao apelo do chefe e gritado presente. Nas televisões, rádios, jornais, que andaram com o senhor ao colo e o engordaram, ninguém deu por nada, mesmo depois de elevados à categoria "Inimigos do Povo". Espectáculo!
"O facto é que estou aqui", disse Trump, virando-se e apontando para a Casa Branca atrás dele. "Qual é o nome daquele edifício?"A multidão riu e aplaudiu. “Estamos aqui e eles não”.
Se isto não é uma história de supremacista branco, um branco na Casa Branca, enquanto "eles", os pretos andam lá fora, um supremacista piadista a passar mensagem nas entrelinhas...
"Malcolm X, holding up newspaper with headline 'Our Freedom Can't Wait', while standing behind podium with microphones addressing a crowd at a Black Muslim rally in New York City Date : 1963". Associated Press photograph. Forms part of New York World-Telegram and the Sun Newspaper Photograph Collection (Library of Congress).