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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A chegaização do PSD

por josé simões, em 31.01.24

 

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O subsídio de desemprego é um direito decorrente da carreira contributiva, para quem se encontra temporariamente desempregado, como o próprio nome indica. Trabalhou, descontou para isso, recebe por isso, limitado no tempo.  O Rendimento Social de Inserção é um mecanismo de combate à pobreza que, alegadamente, permite aos beneficiários a satisfação das suas necessidades básicas. Não embarcando na conversa do taberneiro que chefia o partido da taberna no Parlamento, uma busca rápida na internet permite perceber que ninguém consegue ter uma vida decente com o Subsídio de Desemprego e muito menos com o RSI. E depois há o Complemento Solidário para Idosos, um apoio pago aos pensionistas e reformados com baixos recursos, aqueles que Luís Montenegro promete elevar ao valor do Salário Mínimo Nacional, tenham ou não trabalhado toda a vida, tenham ou não descontado para a Segurança Social, em linguagem futeboleira "beneficiar o infractor". O mesmo Luís Montenegro que numa palestra na Confederação do Comércio e Turismo aproveita para gozar com quem trabalha, com quem está desempregado e com quem recebe o RSI ao largar que "Não pode ser mais lucrativo estar em casa a receber subsídios do que trabalhar".

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

"O meu passado chama-se Passos" ou a coerência de Montenegro

por josé simões, em 12.02.23

 

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Quer pelo lado do "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer", quer pelo lado da redução do subsídio de desemprego, no montante a pagar pelo Estado e na duração temporal, para obrigar os "manhosos" e os "mandriões" a procurarem o trabalho que não há ou a aceitarem um qualquer trabalho a qualquer preço, o que remete automaticamente para a primeira parte, a dos custos do trabalho, e a da quebra do contrato social pela parte do Estado, a segunda parte, a da redução do subsídio por Vítor Gaspar, e a do populismo em lançar Ventura num subúrbio da capital como barómetro para acções futuras, há aqui uma coerência de louvar em Luís Montenegro quando assume o seu Pass[os]ado.

 

Montenegro contra imoralidade de trabalhadores ativos ganharem menos do que desempregados

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

O pai da criança

por josé simões, em 04.07.22

 

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Luís Montenegro, no congresso do PSD, a lamentar o desinvestimento socialista na saúde e escola pública e a criticar o estado lastimoso em que o PS meteu o Serviço Nacional de Saúde e a educação, enquanto por dentro rejubila com o meio caminho andado para a privatização do que resta caso chegue um dia a primeiro-ministro, implícito no discurso do Estado que atrapalha a iniciativa privada e no "preconceito ideológico".

André Ventura com a mesma lengalenga do pai da criança, Passos Coelho nos idos do Governo da troika com Vítor Gaspar sentado à direita, do valor miserável do subsídio de desemprego e RSI que era urgente reduzir, no montante a pagar e na duração temporal, para obrigar os calaceiros e manhosos, que involuntariamente se viram na situação de desempregados, a procurarem os empregos que não havia por causa das milhares de falências de empresas e negócios no ajustamento de "ir além da troika", e a aceitarem por qualquer preço o que lhes aparecia pela frente. Ou na redução da indemnização a pagar pelos patrões, ainda assim não surgisse uma vaga de novos milionários à sombra da bananeira. Um diz que o passado se chama Passos, outro o que diz remete para Passos. 

 

Mas quem será? mas quem será? mas quem será? O pai da criança, eu sei lá, sei lá, eu sei lá, sei lá

 

[Link na imagem print screen da conta Twitter do Ventas do Chaga]

 

 

 

 

||| "Social-democracia, sempre!"

por josé simões, em 01.04.16

 

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[Encontrado aqui]

 

 

 

 

||| Os "génios" da OCDE

por josé simões, em 09.02.15

 

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Os "génios" da OCDE querem que o factor idade deixe de contar para a atribuição do subsídio de desemprego. Assim, alguém a rondar os cinquentas, que se veja na condição de desempregado e que já é velho demais para que algum patrão o reempregue e ainda exageradamente novo para ter direito a uma pensão de reforma, recebe um incentivo para sair da zona de conforto, que é receber o subsídio de desemprego português em Portugal [nada comparável aos desempregados bifes e boches a viver no Algarve] e ficar ao Deus-dará, sem protecção absolutamente nenhuma, malgré os descontos de uma vida de trabalho, para procurar emprego onde ele não existe. Um Prémio IgNobel para eles era pedir demasiado, porque, cada vez mais, os "génios" que elaboram os relatórios da OCDE parecem responder apenas aos anseios dos governos dos países, objecto de análise em cada capítulo, dos relatórios para fazer prova de vida.


[Imagem]

 

 

 

 

||| O país está melhor

por josé simões, em 03.11.14

 

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Isto para obrigar os manhosos e calaceiros a sair da zona de conforto e a irem trabalhar para os empregos destruídos por 4 anos de ir além da troika e para os empregos que o milagre económico não cria.


«Subsídio de desemprego médio caiu de 510 euros para 467 euros/mês desde 2011. Apenas 41% dos desempregados têm subsídio na integra.


Subsídio de desemprego está 40 euros abaixo do salário mínimo»


[Imagem Alice no País das Maravilhas]


O país está melhor, as pessoas é que andam distraídas com futebol, telenovelas e assim.

 

 

 

 

||| Diz que é uma espécie de Irmandade Muçulmana

por josé simões, em 27.12.13

 

 

 

As pessoas deviam parar para pensar, e perguntar, porque é que o Governo que rouba 5% e 6%, respectivamente, aos subsídios de doença e de desemprego, sob o gentil nome de "contribuição", é o mesmo Governo que aprova a atribuição de 30 milhões de euros do Orçamento do Estado, vulgo dinheiro dos contribuintes, para a constituição de um fundo privado, gerido pela Igreja Católica ou por interpostas pessoas a ela ligadas, sob a capa de IPSS, numa parceria com o "sector social e solidário", «de forma a munir as referidas instituições de mecanismos capazes de fortalecer as respostas sociais existentes, desenvolver novas acções e proceder ao alargamento de medidas de apoio social» aos excluídos da Segurança Social, por opção e acção do Governo.

 

Estamos a destruir o Estado onde ele existe e é forte, cabendo-lhe unicamente a função de saque e de esbulho sob a forma de cobrança de impostos e taxas e "contribuições", e a criar uma espécie de Irmandade Muçulmana, para o caso Irmandade Católica, onde ela não existe nem ninguém dá pela sua falta. e que se vai substituir ao Estado naquelas que são as suas funções.

 

[Imagem de Mark Ryden]

 

 

 

 

 

 

||| Não há propaganda governamental que resista

por josé simões, em 23.12.13

 

 

 

Depois de uma semana a fio de foguetório e fanfarra em tudo o que era televisão por o emprego ter subido 1,2% entre os "meses curiosos" de Julho e Setembro deste ano, face ao trimestre anterior e não face ao trimestre homologo, um pormenor, e de Portugal liderar [yesss!] a subida de emprego na Europa, e apesar dos cerca de 10 mil que abandonam o país todos os meses, e que nunca são convidados para as palestras do sucesso nem nunca aparecem na telenovela cor-de-rosa "Portugueses No Mundo" no canal público de televisão, depois do subsídio de desemprego ter levado um senhor corte, no valor e na duração temporal, para desincentivar a malandragem e os calaceiros de viverem a expensas do dinheiro do contribuinte em zonas de conforto, eis que «o dinheiro gasto pelo Estado em subsídios de desemprego continua a aumentar, mas a um ritmo menor até ao mês passado. Essa despesa cresceu 6,5%, abaixo dos 8,4 registados em Outubro.». São sucessos atrás de sucessos.

 

[Imagem de Penny Byrne]

 

 

 

 

 

 

|| O senhor 11%

por josé simões, em 16.06.13

 

 

 

E porque não 3% ou 5% ou 9%, já que estamos nos ímpares. Como é que se chegou ao número 11? É o limite mínimo seguro, de Seguro, para haver uma bolsa de desempregados com peso suficiente para servir de factor pressão sobre os que estão empregados? Lançar números para cima da mesa qualquer um faz. Dizer que se é de esquerda, nos tempos que correm e com o Governo que temos, qualquer um diz. Começa para aí em Bagão Félix, a fronteira da esquerda. Provar que se é diferente é que importa. Blah-blah-blah e movimentos encenados sincopados de cabeça, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, para transmitir a ideia de se comunicar com a plateia toda, disso está o povo farto. O povo todo, o de esquerda e o de direita.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Colheita de Abril

por josé simões, em 13.04.13

 

 

 

Ou como quatro décadas passadas sobre o fim da ditadura, o Estado social e a escola pública, educaram e formaram, aqueles que vão estar na génese da sua destruição e provocar a sua implosão. Preocupados que andámos com os ousiders, aqueles que de fora do sistema político-parlamentar advogavam o regresso ao passado, descurámos os de dentro, os que seguiam as regras. Estes são os verdadeiros filhos do 25 de Abril. A Democracia tem destas coisas.

 

«Temo que não seja possível manter educação gratuita»

 

«Beneficiários dos subsídios de desemprego e doença vão mesmo contribuir para tapar o "buraco" orçamental»

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

 

 

|| Vai trabalhar malandro!

por josé simões, em 02.03.13

 

 

 

Ver um economista, professor universitário, ex-vice-governador do Banco de Portugal, ex-secretário de Estado, ex-ministro de Estado e das Finanças, ex-qualquer coisa em tudo o que é e foi banco, ignorante, que não percebe a diferença entre voluntariado - algo que se faz em prol do bem comum, de livre e espontânea vontade, um dever ético e moral, dependendo da formação humana de cada um, e subsídio de desemprego - um direito, adquirido pelo cidadão por via dos descontos sobre um salário, recebido em troca da venda do esforço de trabalho, uma espécie de mealheiro para fazer face a algum percalço ao longo da sua carreira profissional e contributiva, e dar como exemplo o pós-guerra na Europa, um lapso freudiano sobre o que o Governo do seu partido anda a fazer a Portugal e à economia, arrasar e destruir, causar o maior número possível de baixas, mortos e feridos, para depois começar do grau zero e então crescer alarvemente.

 

Desculpem mas não consigo dizer isto de outra maneira: João Maurício, vai trabalhar malandro! Limpar matas, ao invés de, ocioso, largar postas de pescada sobre como deve ser a nova ordem e o homem novo, e, de preferência, a troco do salário mínimo.

 

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|| O estado da Nação

por josé simões, em 21.01.13

 

 

 

Com o pior Governo da curta história da Democracia portuguesa preso pelos fios do pior Presidente da República da curta história da Democracia portuguesa; com o país prestes a entrar na pior crise social e económica de que há memória, a melhor maneira de dividir os trabalhadores e de os colocar uns contra os outros passa por expor à opinião pública, sem qualquer tipo de comentário ou observação, só as coisas como elas são, a "equidade" entre o sector privado e o sector público. É triste mas é verdade.

 

«O subsídio de desemprego é para despedir. […] na Constituição não estão previstos despedimentos na função pública.»

 

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|| O[s] público[s]-alvo do Governo

por josé simões, em 03.01.13

 

No mesmíssimo dia em que o Governo avança com a «proposta de redução das indemnizações para 12 dias por cada ano de trabalho», o BCP, banco intervencionado pelo Estado, «ofereceu aos trabalhadores que aceitarem sair 1,7 vencimentos por cada ano de trabalho», ao mesmo tempo que, com o aval do Governo dos "12 dias", reencaminha para uma Segurança Social, "descapitalizada" e sem dinheiro para nada, nas palavras do próprio Governo, a cortar a eito, na duração e no valor, em tudo o que é subsídio e comparticipação, 600 rescisões amigáveis, directamente para o subsídio de desemprego. Este Governo não tem pena de 600 futuros desempregados, este Governo é amigo dos bancos. Mas isso já toda a gente sabe. Ou pelo menos devia saber, passado que é um ano e meio.

 

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|| O "elevador social"

por josé simões, em 24.10.12

 

 

 

Subsídio de desemprego, subsídio social, RSI, CSI, pensionistas

Esta é uma proposta do ministro Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, é uma proposta de um ministro do CDS/PP, sublinho CDS/PP, e reveladora da insensibilidade social e do desprezo que o partido de Paulo Portas nutre pelos mais carenciados e necessitado. Uma cambada de malandros e calaceiros que não quer fazer nada e vive às custas dos dinheiros dos contribuintes. Paulo Portas, que é ministro dos Negócios Estrangeiros, não tem nada a ver com isto. Obviamente. A proposta nem é dele e, assim como assim, Pedro Mota Soares também nunca falou em elevadores… Salva Paulo Portas a pele, a sua, que é o que interessa, continua ministro, e pode voltar a fungar na rábula do patriotismo e do "sentido de Estado". E continuar a falar do "elevador social".

 

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|| "Uma estratégia liberal"

por josé simões, em 07.04.12

 

 

 

Só é pena o Diário de Notícias que, em 3 parágrafos, faz – e muito bem - o resumo da jornada, tenha depois uma atitude igual à daqueles que, 10 minutos antes do jogo terminar, começam a abandonar o estádio e acabam por não assistir ao golo decisivo já em cima do apito do árbitro. E os 10 minutos para o jogo acabar que faltam no editorial do DN são o investimento que não aparece, os empregos que não vão haver, os subsídios de desemprego que vão acabar, o recurso ao RSI e às senhas de sobrevivência nas "cantinas sociais" e nas IPSS e, por agora, a obrigatoriedade de ser útil à sociedade nas autarquias, juntas e IPSS. Por agora.

 

[Na imagem Max Schreck em Nosferatu de F. W. Murnau]