"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A ver na televisão João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Transição Energética, no Parlamento justificar a supressão de carreiras da travessia do Tejo com uma greve às horas extraordinárias sem que nenhum deputado lhe pergunte por que razão ou razões uma empresa pública tem todo o serviço alicerçado e estruturado na hora extraordinária.
Vem um militante de base do partido do Governo anunciar, em primeiríssima mão na televisão, que o Governo do seu partido se prepara «para efectuar fusões entre as empresas de transportes», e toda a gente acha isto normal e encara isto com naturalidade. Diria mesmo com “naturalidade democrática”.
É este acesso a “informação privilegiada” que é possível encontrar em todas as áreas e sectores da sociedade, consoante as filiações e os amiguismos de cada um, que vai contribuindo para minar a centenária República.