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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 23.08.18

 

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Embalada pela vitória na aprovação da Lei da Cópia Privada, que lhe permite extorquir dinheiro aos cidadãos para distribuir pelos associados, a Sociedade Portuguesa de Autores acha-se agora no direito de poder retirar às famílias os cadáveres dos entes queridos, contra a sua vontade e contra a vontade do defunto, porque "representa 26 mil autores de todas as áreas e tem 93 anos de existência".

 

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) mantém a proposta de trasladação dos restos mortais de José Afonso para o Panteão Nacional, mesmo depois de a família do músico a ter rejeitado

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| Quem não chora não mama

por josé simões, em 17.09.14

 

 

 

Lembrei-me do debate Prós e Contras da passada segunda-feira na RTP1 subordinado ao tema "proposta de lei n° 246/XII, da Cópia Privada", de uma plateia composta por autores, criadores, cantores, cantautores, escritores, e sanguesugas-chupistas-chulos, destes últimos e do contribuinte, curiosamente nenhum deles vivo, quer os terminados em "ores" quer as rémoras destes, e de  a páginas tantas ouvir-se argumentar que "neste momento já há músicos a passar fome". Lembrei-me, prontes...

 

«Meio milhão de portugueses precisa de ajuda alimentar

 

Arranque do Fundo Europeu de Auxílio aos Carenciados, que destina 157 milhões de ajuda até 2020, gerou problemas logísticos nos bancos alimentares»

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

||| Impedir a aprovação da proposta de lei n° 246/XII, da Cópia Privada

por josé simões, em 16.09.14

 

 

 

Expressamos o total e profundo desacordo com a proposta de lei n° 246/XII que pretende «clarificar e alargar o quadro de isenções previsto na Lei n.º 62/98, de 1 de setembro, procede à atualização da respetiva tabela de compensação equitativa, nela incluindo alguns equipamentos e suportes no âmbito da fixação e reprodução digitais que, por excelência, são hoje objeto de uma utilização alargada»

 

[Continuar a ler e assinar]

 

 

 

 

 

 

||| A Voz do Povo

por josé simões, em 22.08.14

 

 

 

Ao balcão do café: "O Xavier, da Cultura, alguma vez leu Klaus Mann ou viu o Mephisto do Klaus Maria Brandauer?"

 

 

 

 

 

 

||| De um país de poetas tesos a um país de fotógrafos. Remunerados

por josé simões, em 21.08.14

 

 

 

Agora é só cada português inscrever-se na Sociedade Portuguesa de Autores para passar a receber royalties provenientes das fotos que posta no Facebook e no Instagram tiradas com o telemóvel taxado pelo Governo para remunerar e acudir aos autores.

 

De um país de poetas tesos a um país de fotógrafos. Remunerados. Do capitalismo popular, onde cada cidadão era accionista de qualquer coisa, ao país do rendimento mínimo assegurado, por via da criação de qualquer coisa. É isto, não é, ou é apenas mais um roubo de Lei?

 

E já que pagamos taxa pelas fotografias que tiramos e pelos downloads que não fazemos é agora legítimo, porque está coberto pela Lei e pela taxa, desatar a fazer downloads e a piratear como se não houvesse amanhã. Continua a ser isto, não continua?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Desculpem que mal pergunte mas…

por josé simões, em 26.01.12

 

 

 

O Partido Socialista que recusa a criminalização do enriquecimento ilícito por considerar que se está perante uma inversão do ónus da prova, é o mesmo Partido Socialista que não tem pruridos em nos considerar a todos de criminosos, com o Projecto de Lei 118, ao introduzir uma taxa sobre todos os suportes, aparelhos e dispositivos de armazenamento digitais que são actualmente, ou venham a ser no futuro, utilizados para cópia privada?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| O dinheiro do contribuinte é um poço sem fundo

por josé simões, em 15.02.11

 

 

 

 

 

A parte, digamos, mais saborosa, é a da criação de uma agência, a "Portugal Music Export". Jobs for the boys como diria o beato.

 

"Os artistas sonham, o Estado decide e a obra nasce". Faltou dizer “o contribuinte paga”. A vida é bela.

 

Meanwhile as vozes incómodas dos artistas, os mesmos de sempre, nos sítios do costume, só grandes músicas e a melhor música de todas as estações (e apeadeiros), mais as Deolindas manhosas à procura do “venha a nós o vosso reino” (os bilhetes para a Sombra são mais caros que para o Sol, é por isso que as corridas nocturnas são mais democráticas) ficam macias. Granulação acima de 2000, só para tirar o brilho. Não se morde a quem nos dá de comer, um velho ditado salazarento. A esquerda sempre teve um jeito especial para tratar destes assuntos da kultura.

 

Pão e circo. Equação perfeita. Não se dera o caso de ir faltando o pão.

 

(Em stereo)