"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
[…] fomos campeões do liberalismo, na nossa região, e da desmontagem do Estado. […] fomos excelentes alunos das ideias do denominado Consenso de Washington. […] Houve um aumento da desigualdade e uma situação muito grave, a debilitação do Estado. Os períodos de violência – que foram muito intensos e cruéis – têm a ver com a ausência do Estado no território nacional… (…) O que temos de fazer, agora, é reconstruir o Estado, porque não há uma dicotomia entre o Estado e o mercado, é o contrário: onde chega o Estado, chega o mercado. […] Não se trata de criar um Estado burocrático e pesado, mas permitir que a segurança do cidadão, a educação, a saúde possam chegar à totalidade do território nacional. Isso vem em conjunto com o objectivo de ter uma sociedade menos desigual, uma sociedade com uma melhor distribuição de rendimentos. […]
Desmantelar o Estado e a iniciativa privada e as ruas a arder. Depois não digam que não foram avisados. Rafael Roncagiolo, ministro dos Negócios Estrangeiros do Peru, a partir do minuto 12:51.
O inteligente Luís Amado em entrevista ao programa Sociedade das Nações diz qualquer coisa como entregar a defesa das fronteiras do Estado de Israel a uma força internacional de manutenção da paz. E ninguém se riu. È grave. Não as barbaridades ditas pelo inteligente Luís Amado - vivemos num país livre e até um ministro é livre de dizer coisas da boca para fora - mas o ninguém se ter rido.
É ilucidativo ver Ahmet Davutoglu, ministro dos negócios estrangeiros da Turquia e muçulmano crente praticante, pôr uma gravata - a cruz transformada das armaduras dos cruzados, símbolo da civilização ocidental e da dominação ocidental e do capitalismo e do sucesso e da civilização ocidental e de toda essa lenga-lenga despejada nas madrassas e nas mesquitas pelos Goebbels de serviço ao islamofascismo para manter a turba aporreda na ignorância e como reserva disponível para todo o tipo de barbaridades -, e aparecer na televisão a perorar sobre Democracia e Direitos Humanos e mais Israel e flotillas humanitárias a Gaza e o caralho, e os idiotas úteis a acenarem que sim e a babarem-se em frente ao pequeno ecrã.