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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O vómito

por josé simões, em 18.03.25

 

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O governo que em três meses ia resolver todos os males de que o Serviço Nacional de Saúde padece esconde a sua incompetência e falta de qualidade nas nomeações para cargos chaves, ao abrigo do amiguismo e do cartão do partido, com uma alegada incapacidade de quem está no terreno a dar o melhor de si contra a permanente falta de meios e o garrote da tutela.

 

Governo justifica PPP com diminuição da qualidade e "graves falhas" dos hospitais públicos

 

Questionado sobre o prometido fim da invasão russa da Ucrânia em 24 horas Donald Trump respondeu que estava a ser sarcástico, a Luís Montenegro já ouvimos dizer que nunca tinha dito aquilo que todos o ouvimos dizer, que ia resolver os problemas do SNS em 90 dias. Há aqui um padrão, o da mentira e do embuste para chegar ao poder.

 

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Vai tudo de carneirada

por josé simões, em 06.03.25

 

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Diz que os hospitais tiveram prejuízos de mais de 1.500 milhões de euros em 2024 e que todas as unidades locais de saúde tiveram resultados negativos. E de imediato ficámos com os ecrãs de televisão cheios de especialistas em economês, todos em carneirada "O drama! A tragédia! O horror!". Falta de eficiência e subfinanciamento à parte não é suposto o Serviço Nacional de Saúde dar lucro. Nem sequer resto zero. É para isto que servem os nossos impostos. E por isso que se chama Serviço Nacional de Saúde e não Luz Saúde ou CUF Saúde. E se calhar é por causa disso mesmo que estas coisas aparecem elevadas ao cubo.

 

[Na imagem, minha, cartaz no desfile dos 50 anos do 25 de Abril, Avenida da Liberdade, Lisboa]

 

 

 

 

Parece-me manifestamente pouco

por josé simões, em 19.01.25

 

Man in hat, trunks, socks and shoes, Coney Island,

 

 

Portaria n.º 665/2024/2

 

Louvo, por proposta da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o Tenente-Coronel, médico, 12204597, António João Sant’Anna Gandra Leite d’Almeida, pela forma excecionalmente dedicada e competente, bem como pela nobre conduta, integridade e profissionalismo com que exerceu as suas funções como diretor da Delegação Regional Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica entre 2021 e 2024. [...].

 

14 de agosto de 2024.  O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo.

 

 

Parece-me manifestamente pouco para alguém com o dom da omnipresença e que, mal grado uma incapacidade atestada de 60%, consegue estar em vários locais ao mesmo tempo, separados por centenas de quilómetros, a desempenhar quatro funções diferentes. Tem dois apóstrofos no nome, há-de haver alguém capacitado para, cientificamente, estabelecer esta correlação.

 

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Em futebolês, uma entrada a pés juntos

por josé simões, em 16.01.25

 

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"a resposta é facílima e simples", frisando que o "hospital deve atender essas pessoas". No entanto, Luís Montenegro considerou que todos esses casos são uma coisa diferente de "promover, pactuar com redes de fraude, com redes criminosas que retiram a capacidade do SNS", o que considerou ser "intolerável".

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A verdade a que temos direito

por josé simões, em 06.01.25

 

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No tempo do PS era "o caos nas urgências hospitalares", com eternos directos da porta do hospital, entrevistas a utentes, médicos e enfermeiros sem rosto e com a voz filtrada, gravações piratas do interior feitas com telemóvel pelos acompanhantes dos internados.

Agora são as "urgências com constrangimentos" e umas breves declarações da tutela ou de um administrador de hospital nomeado pela mesma tutela,  com a atenuante de estarmos na época das gripes e das infecções respiratórias, coisa nunca vista era o Partido Socialista governo. 

 

 

 

 

Toda uma construção

por josé simões, em 20.12.24

 

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Primeiro acabar com a manifestação de interesse. As filas para a regularização deixaram de ser visíveis nas portas dos serviços de estrangeiros e lojas de cidadão, a tal "visibilidade" papagueada por Montenegro. Mas os migrantes continuam cá, agora clandestinos, "por no llevar papel", sem contrato de trabalho, tudo apalavrado com empreiteiros e patrões sem escrúpulos, sem casa, sem segurança social, abrangidos pelo contrato colectivo do medo, "correr es mi destino para burlar la ley". A seguir vedar o acesso aos cuidados de saúde gratuitos e universais, só deveres, trabalhar, muito, em empregos de merda que mais ninguém quer, mal pagos, nenhuns direitos a não ser o direito a passar mal. Estava escrito, as notícias eram curiosas, diria mesmo muito curiosas.

 

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"Doctor, doctor give me the news"

por josé simões, em 15.12.24

 

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Por um lado temos um Serviço Nacional de Saúde esgotado, sem recursos - humanos e materiais, nalgumas valências a chegar ao limite ou mesmo sem capacidade de resposta; por outro lado temos milhares de estrangeiros a usufruírem gratuitamente da excelência do Serviço Nacional de Saúde. "Doctor, doctor give me the news", ponha o dedo no ar quem gosta de ser gozado.

 

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Notícias curiosas, diria mesmo muito curiosas

por josé simões, em 02.12.24

 

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Diz que o "SNS atendeu mais de 100 mil cidadãos estrangeiros não residentes num ano" e diz mais à frente que 48 mil desses atendimentos foram no Algarve, 42 mil na Região Oeste, e mais 41 mil na região de Lisboa, e isto nos últimos quatro anos. E diz também uma notícia, mais antiga, que há cerca de 400 mil imigrantes à espera de regularizar a situação. E disse, ufano, o inefável Leitão Amaro que o fim da manifestação de interesse reduziu os pedidos de residência em cerca de 80%,  esuqcendo-se de dizer que as pessoas continuam cá, a gente  é que não as vê acampadas na porta das isntituições à espera da senha para atendimento.

Voltando aos 100 mil não residentes que recorrem ao SNS, aos 48 mil no Algarve - mão-de-obra barata para construção civil, restauração e hotelaria; aos 42 mil na Região Oeste - mão-de-obra barata para hortícolas e frutícolas; aos 41 mil na região de Lisboa - mão-de-obra barata para construção civil, restauração, hotelaria, alojamentos locais, limpezas, entregas e outros uber desta vida, lá se vai a hipóteses do turista manhoso que vem do estrangeiro usufruir da qualidade do nosso SNS, e vai haver muito boa direita do "sentido de Estado", e  alegadamente democrática, a  chegar à proposta do partido da taberna de interditar o acesso de imigrantes aos cuidados de saúde gratuitos e à escola pública.

 

[Imagem de autor desconhecido]