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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Do acompanhamento psicológico ao ladrão

por josé simões, em 02.11.08

 

Carlos Santos, de cognome “o diabo de Gaia” ao minuto 19 dum Benfica-Porto entrou em campo e deu um “calduço” no fiscal de linha porque «não tinha gostado que o árbitro não tivesse assinalado alguns foras de jogo» (Expresso, só assinantes). Por sua vez José Ramalho, o árbitro “calduçiado”, está a ter acompanhamento psicológico, porque «na rua, começou a ser gozado e ameaçado de levar mais “calduços”. Sem conseguir aguentar a pressão, tornou-se irritadiço, teve pesadelos e deixou de arbitrar jogos».

 

Um árbitro qualquer, num jogo de futebol qualquer entre duas equipas quaisquer, assinala um fora-de-jogo inexistente com a consequente anulação de um golo legal. Por via disso a equipa deixa de ganhar 3 pontos (era para escrever a equipa é roubada em), e, no fim da época, o campeonato escapasse-lhe por… uma diferença de 3 pontos. A equipa não tem entrada directa na Liga dos Campeões, sujeita-se a uma pré-eliminatória de onde sai eliminada e deixa de ganhar uns milhões de euros. O árbitro continua a fazer a sua vidinha, sai à rua, ri-se a bandeiras despregadas e dorme no sono dos anjos.

 

(Foto de Gianni Berengo Gardin)