"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Íamos a pé do RALIS, à Portela de Sacavém, até ao estádio da Luz. Era uma festa. Havia sempre um porteiro que deixava entrar um militar fardado, e não eram tão poucos quanto isso, os porteiros e os militares. "Coitado, o pré não dá para muito... estão ali obrigados", e assim aquelas contas do números de espectadore eram sempre mais que a conta. Era uma festa. E lembro-me de o Filipovic ter marcado ao Roma, de ter atirado a boina ao ar para festejar, da boina ter desaparecido no meio daqueles milhares e em menos de um diabo vermelho esfregar um olho estar outra vez na minha cabeça. Magia. O Filipovic e a boina saltitante. Uma festa. Foi o que faltou dizer. Obrigado.
2 - dois - 2 anos depois do início da pandemia SARS-CoV-2 [Covid-19] a Liga Portugal vai pedir "esclarecimentos claros sobre o protocolo de contingência sanitária em vigor nas competições profissionais de futebol". Podia ser mais uma das habituais palhaçadas, imagem de marca do Tugão, também conhecido por Liga Portugal Bwin, não fosse estarmos assolados por uma pandemia à escala planetária, com os habituais inimputáveis no momento errado no lugar errado, sem respeito pela saúde pública, em geral,,pelos profissionais, em particular, por uma indústria geradora de milhões, sem coluna vertebral para se demitirem e com a cumplicidade do poder político que se enfeita de futebol quando há necessidades.
Um jogador de futebol não tem o teletrabalho como possibilidade mas tem o dever de confinamento como toda a gente e o de restringir as saídas da rotina ao mínimo, ao indispensável. 'Partante', treino-casa-treino-jogo-casa. Como a 'pandomia' foi, é uma 'pandomia' direccionada, já que o treinador do Benfica é o único em todo o mundo que aparece todos os dias nas televisões a desculpar-se a queixar-se, se a Covid entra no grupo de trabalho de quem é a culpa se não do presidente, da direcção, da estrutura, do treinador? Ou somos todos adeptos dos "campeonatos da carica" e empacotamos tudo o que um bazófias qualquer com um umbigo maior que a Fossa das Marianas nos quer impingir?
O Benfica de Jorge Jesus vende Rúben Dias por 68 milhões de euros ao Manchester City, Rúben Dias que nunca teria chegado à equipa principal do Benfica no tempo de Jorge Jesus de forma a ser valorizado e vendido ao Manchester City por 68 milhões de euros. Agora pençem.
* Não há gralha no título do post, é assim que escrevem os exércitos de trols de plantão às redes.