"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Não só Berlusconi era uma excelente pessoa como até ficou rico a trabalhar, "começou por baixo". Em matéria de elogios fúnebres ninguém supera a direita pantomineira.
Reza a História que, nos idos de 1941, quando a Wermacht cruzou a Galícia em direcção a Kiev e Moscovo, o exército alemão foi recebido pelos nativos como libertador. Do que aconteceu a seguir também reza a História.
«Uma vez virada a página Berlusconi, o Presidente da República italiana, Giorgio Napolitano» e coiso e tal.
E hoje devia ser o dia de estarmos todos de luto, sermos todos Berlusconi, com já devíamos todos ter sido Papandréou na início da semana, e não o dia de andar a largar foguetes e a gritar HIP, HIP, HURRA!
Curiosamente, na história recente da Alemanha, já houve um Fuchs que também gostava de decidir a vida dos outros. Foi SS-Scharführer em Belzec, Sobibor e Treblinka.
Passada que é uma semana sobre o ataque de um “louco” a Sílvio Berlusconi é a vez do Papa Bento XVI ser atacado por uma “louca”. Acho que vou rever o meu conceito de loucura.
Um desgraçado com um historial clínico de doenças mentais atacou Sílvio Berlusconi e logo passou a " culto da barbárie" pelo facto de um energúmeno qualquer ter criado uma página no Facebook com o seu nome e que em poucas horas ganhou para cima de 40 mil fans.