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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Promiscuidade e falta de respeito pelo cidadão eleitor-contribuinte

por josé simões, em 26.03.13

 

 

 

Acusado dos crimes de abuso de poder, violação de segredo de Estado e de acesso indevido a dados pessoais, pede a exoneração e vai trabalhar para a empresa para a qual passou informações classificadas enquanto director dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa, continuando, como administrador da empresa privada que tinha favorecido enquanto funcionário do Estado, a pedir dados aos operacionais que lhe eram próximos no serviço do Estado que dirigiu.

 

Volta, três anos volvidos e com a ligação à empresa privada fortalecida por uma ano de "comissão", para ocupar um cargo até que a morte o separe, talhado por medida, mesmo ao lado do primeiro-ministro, com acesso a informação privilegiada, e com retroactivos pagos à data em que pediu a exoneração, incluindo o ano em que trabalhou e recebeu no privado, com a assinatura do ministro das Finanças.

 

Isto na mesma semana em que foi apresentada a graaaaande meta, os "alvos" do Governo: reduzir radicalmente o peso salarial dos funcionários menos qualificados, "assistentes operacionais e assistentes técnicos" da Função Pública, alguns com dezenas de anos de dedicação à profissão e lealdade à administração pública.

 

Parafraseando o alegado primeiro-ministro, esta reintegração deve ser encarada como uma oportunidade e não como uma ameaça e, talvez, mais um passo no caminho de alinhar o regime privado com o regime público. Tipo promiscuidade e falta de respeito pelo cidadão eleitor-contribuinte?

 

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|| São todos doutores

por josé simões, em 30.05.12

 

 

 

E voltamos ao princípio. Ou antes, voltamos a de onde nunca saímos. Qual é a possibilidade do cidadão anónimo, ou, alargando o leque, do cidadão sem ligações aos partidos do "arco da governação" - PS, PSD, CDS/ PP -, qual é a possibilidade que esse cidadão tem de estar numa festa de aniversário com alguém ligado a um grande "grupo empresarial"? Miguel Relvas deixa cair na audição que esteve numa festa de aniversário em que também estava Silva Carvalho, o doutor Silva Carvalho. Silva Carvalho esteve na festa como "doutor"? Não sabemos. O que sabemos é que as pessoas votam nas pessoas, que formam e integram os partidos, para que lhes resolvam os problemas do dia-a-dia, para a boa governação, para a defesa da cousa pública e, as pessoas eleitas, eleitas pelos partidos, tratam de governar em família, de repartir o Estado entre si, ignorando o "resto", a paisagem. Os Donos de Portugal.

 

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|| Dói, dói? Trim, trim!

por josé simões, em 30.05.12

 

 

 

Vassourada. Mas só nos serviços secretos, também não é preciso exagerar. O saque organizado ao Estado, pela mesma rede de compadrio, cumplicidade e amiguismo político-partidário, desde que não entre no campo da coscuvilhice e da calhandrice e, mais importante, desde que o povéu não tenha conhecimento, pode continuar. Alegremente.

 

[Imagem fanada aqui]

 

 

 

 

 

 

|| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 30.05.12

 

 

|| Passagem de nível

por josé simões, em 29.05.12

 

 

 

Independentemente da gravidade dos factos e do mais que ainda há para saber e do que vier a seguir, a pouco e pouco a agulha vai sendo deslocada para o lado de Silva Carvalho como forma de desviar as atenções do lado de Miguel Relvas.

 

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|| Herman Enciclopédia

por josé simões, em 28.05.12

 

 

 

A pior coisa que pode acontecer a um governante é perder a noção da realidade, a ligação à "rua" e, consequentemente, perder o respeito e a consideração do povo:

 

"Vou sair mais forte."

 

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|| Marcelices

por josé simões, em 28.05.12

 

 

 

Eis uma coisa que, e descontando Miguel Relvas e Pedro Passos Coelho, ainda ninguém tinha percebido…

 

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|| "You talkin' to me? You talkin' to me? You talkin' to me?"

por josé simões, em 10.05.12

 

 

 

Já está tudo arranjado explicado, Pedro Passos Coelho desmentiu o Público porque Miguel Relvas não passou cartucho, não ligou a ponta de um chavelho, ao correio electrónico enviado por Jorge Silva Carvalho para o gabinete do ministro da Propaganda. E é por isso que, genuinamente, não se recorda. Então não é que um qualquer maluco, ou nem por isso, se lembrava de tramar um qualquer ministro e, vai daí, enviava um e-mail, e depois o ministro tinha de se demitir. Tão simples quanto isso. O ministro não cai nessas esparrelas, que já têm barbas [as esparrelas], ao contrário do Ministério Público que, no fim das contas feitas, ainda vai ficar mal na fotografia.

 

"Then who the hell else are you talkin' to? You talkin' to me? Well I'm the only one here. Who the fuck do you think you're talking to?"

 

 

[Imagem Steps Involved In Writing an Email]

 

 

 

 

 

 

|| O Processo meets O Castelo

por josé simões, em 27.08.11

 

 

Nada melhor para afastar suspeitas do que manter as conclusões em segredo.

 

 

 

 

 

 

|| Cada macaco no seu galho

por josé simões, em 17.11.10

 

 

 

 

 

 

Invocar as vésperas da Cimeira da NATO não é exagerar demasiado a real importância do senhor e dos servicinhos por si chefiados, quer para a segurança da Cimeira quer para a segurança nacional? Alguém no seu perfeito juízo acredita que a segurança da Cimeira esteve/ está a cargo do SIED? Dito de outra maneira, os americanos deixam a segurança do  Presidente estas coisas ao Deus-dará em mãos alheias?

O exemplo acabado do fait-divers para consumo interno e para alimentar redacções de jornais e aberturas de telejornais.

 

By the way, podem colocar à frente dos serviços um daqueles PIDES a quem Cavaco Silva primeiro-ministro concedeu uma pensão vitalícia. Ao menos sempre justificava o dinheiro que ganha.

 

 

 

 

 

 

|| O espião que veio d(n)os jornais

por josé simões, em 24.08.09

 

 

 

Uma notícia que só é notícia porque, em Portugal, a memória da PIDE da Legião e da restante bufaria ainda está fresca, e porque em Portugal há – confusão é curto –, uma promiscuidade deliberada entre partido do Governo (qualquer que ele seja), Governo e Estado, e ainda porque não existe um sistema, eficiente e isento, de contrapesos entre os diversos poderes.

Aqui chegados importa pensar por que razão(ões) uma banalidade que é norma em todas as democracias ocidentais faz primeiras páginas de jornais, cá.

 

Mais valia fazer a coisa por concurso público.

 

(Na imagem Richard Burton em The Spy Who Came in from the Cold)