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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

A construção da personagem Presidente

por josé simões, em 28.08.23

 

Sir John Barbirolli opens the Edinburgh Festival 1957 Times.jpg

 

 

Marcelo, desde o primeiro dia do primeiro mandato, dedicou-se de alma e coração à construção da personagem Presidente, seja pela selfies, por aparecer primeiro que os bombeiros no hipermercado onde tinha caído uma avioneta, por comentar tudo em todo o alinhamento dos telejornais, por aparecer no descarrilamento de um eléctrico da Carris em Lisboa, por convocar o Conselho de Estado para se pronunciar sobre tudo o que não é competência do Conselho de Estado, por aparecer nas flash interview no final do pontapé-na-bola, por convidar Lula da Silva para uma celebração que não era da sua responsabilidade, por dar as sentidas condolências à família do George Michael, tudo, tudo. Parece que se farta de governar e até parece que o Governo anda a toque de caixa do Presidente. E para isso contou, e conta, com a prestimosa cumplicidade dos media e dos comentadeiros com lugar cativo nos media. E se perguntarem nas ruas à imensa maioria do anónimo cidadão, e desligado destas coisas da política do disse que disse, é exactamente isso que responde, Marcelo, o tal, o manda-chuva, o maestro disto tudo. Por isso não é de estranhar que no horário nobre apareçam outros aprendizes de Marcelo, Marcelos dos pequenitos, a deixar escapar que "não é inteligente [António Costa] dizer não, sem mais, ao Presidente" e, por omissão de comentário, ser inteligentíssimo o Presidente passar a vida a insinuar que pode demitir o Governo e rebéubéu pardais ao ninho enquanto vai desvalorizando a palavra presidencial. Como diz o pagode, "siga a marinha!".

 

[Na imagem "Sir John Barbirolli opens the Edinburgh Festival, 1957", autor desconhecido]

 

 

 

 

O preço dos elevadores

por josé simões, em 14.08.23

 

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Disse Marques Mendes na avença semanal que tem na televisão do militante n.º 1, sem contraditório, que o preço das casas em Lisboa e no Porto mata o elevador social e que, pasme-se, até conhece quem tenha ido morar para Setúbal por causa disso. Há em Setúbal quem tenha ido morar para o Pinhal Novo por causa do preço das casas, gente que Marques Mendes não conhece, e não são tão poucos quanto isso. Assim como Almada e toda a margem sul explodiu com a fuga de Lisboa pelos mesmos motivos, depois de já ser insuportável pagar um andar desde Benfica a Santo António dos Cavaleiros, era Marques Mendes pequenino e, como é por todos sabido, "em pequenino não conta". Podemos argumentar com o preço elevado da habitação em todo o lado, à sua proporção, agora meter o "elevador social" à mistura, tadinhos dos alfacinhas e dos tripeiros...

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

A infantilização do eleitorado

por josé simões, em 03.07.23

 

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Luís Montenegro, para não lhe estarem sempre a apontar que o seu PSD não tem nada para apresentar sobre coisa alguma, mandou Miguel Pinto Luz à televisão do militante n.º 1 para uma entrevista onde conseguiu dizer tudo e o seu contrário, dizer tudo a que o PSD se propõe para a saúde, mesmo que vá contra a tudo a que o PSD sempre defendeu para a saúde, e não dizer nada a entrevista toda, além de invocar uma proposta que o PSD tinha em 1979 para o SNS que, tirando o ter votado contra, ninguém sabe qual foi. 50 anos depois do 25 de Abril os pantomineiros continuam o seu caminho.

 

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O idiota

por josé simões, em 03.04.23

 

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[...] e depois também esta parte de que menos se fala, três crianças que são os filhos deste, deste assassino, ele é um assassino mas as crianças não têm culpa, são afegãs mas são crianças [...]. Marques Mendes, um génio do comentário, a partir do minuto 23:14.

 

 

 

 

A nova direita portuguesa e a esperança da direita brasileira

por josé simões, em 10.01.23

 

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Ver na televisão do militante n.º 1, SIC Notícias, aquele que em tempos chegou a ser considerado o ideólogo da nova direita, o que quer que essa treta possa significar, conjugar novidade e modernidade com direita, dizer que o ataque das hordas de hooligans alucinados de Bolsonaro à casa da democracia em Brasília era mau para a direita brasileira, que ia afastar irremediavelmente eleitorado, que não ia recuperar tão cedo, uma desgraça. A esperança da direita brasileira personificada num fascista que não tem pejo em elogiar os torturadores da ditadura militar, negacionista da pandemia, homofóbico, misógino, racista, com uma base de apoio de terraplanistas, gente que de Bíblia na mão implora a intervenção de extra-terrestres como forma de salvar o Brasil do comunismo, que reza em círculo virada para um pneu que arde no meio, pessoas que foram esquecidas por Deus quando distribuiu a inteligência pela humanidade, seguidores e crentes acéfalos das redes WhatsApp e Telegram propagadoras de fake news e teorias da conspiração a cargo dos filhos do capitão. A nova direita portuguesa e a esperança da direita brasileira é o vale tudo Bolsonaro por ter Paulo Guedes na Economia, aquele que se propunha levar a cabo no Brasil as "reformas" que Pinochet fez no Chile, os fins justificam os meios. Infelizmente isto é para levar a sério.

 

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Fascismos, lengalengas, palas nos olhos e há fascismos mais fascismos que os fascismos

por josé simões, em 26.09.22

 

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Com a vitória de Giorgia Meloni em Itália assistimos ao regresso da lengalenga de 1922, que "o fascismo é o capitalismo em decadência", balelas ouvidas da boca do controleiro nas reuniões de célula do partido ou lidas à quinta-feira n' "a verdade a que temos direito", sem terem aprendido, nem querem aprender, que o fascismo é a esquerda em decadência, é quando a esquerda se demite, e fazendo de conta que os milhares  de socialistas revolucionários, anarquistas, comunistas, anarco-sindicalistas, etc, que passaram directamente para a Falange em Espanha, os Fasci di Combattimento em Itália, ou a Action Française de Charles Maurras nunca existiram, tivemos ontem Marques Mendes, o conselheiro de Estado militante do PSD, na televisão do militante n.º 1 muito preocupado, diria mesmo bué preocupado, com a ascensão da extrema-direita em Portugal e passando completamente ao lado da normalização da extrema-direita em Portugal pela acção de Luís Montenegro, o líder do seu partido, o PSD. É que há fascismos, lengalengas, palas nos olhos e há fascismos mais fascismos que os fascismos.  Diz que o militante n.º 1 está furioso com os resultados das audiências. Se calhar é pela honestidade de quem lhe faz o prime time, de Bernardos Ferrões a Zés Gomes Ferreiras e Nunos Rogeiros passando pelos Marques Mendes desta vida.

 

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Assoberbados com trabalho

por josé simões, em 15.06.22

 

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O que é que leva uma câmara municipal a manter anos a fio casas de habitação social fechadas, janelas e portas entaipadas com cimento e tijolo, com centenas de pessoas sem tecto ou a viverem em bairros da lata?

 

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O dia em que cairam da cadeira

por josé simões, em 23.04.22

 

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Isto faz-me lembrar, aaa, eu não queria, fff, fazer uma comparação que possa ser mal interpretada, mas esta, esta atitude faz quase lembrar a atitude do Salazar em relação à Índia, é que a Índia também era agressora, eheh

[a partir do minuto 07:38].

 

António Filipe Gaião Rodrigues, ex deputado à Assembleia da República, membro do Comité Central do Partido Comunista Português.

 

A Ucrânia como Goa, Zelensky como Salazar, ou o a Ucrânia como parte integrante da Rússia, o não reconhecimento à sua identidade própria e independência. Se calhar "um erro de Lenine", como disse Putin num exercício de revisão da história.

 

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A televisão do militante número 1 e a normaliação do fascismo

por josé simões, em 23.03.22

 

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Um polícia é assassinado à pancada por fuzileiros numa rixa na porta de uma discoteca, deixando André Ventura e o Chega, mais rápidos que a própria sombra quando se trata de ciganos, entalados num silêncio de 48 horas, só quebrado com um lacónico não-me-comprometo-que-isto-envolve-polícia-e-forças-armadas-e-logo-fico-desarmado-no-nicho-de-mercado-com-qualquer-coisa-que-diga "Manifesto à família e aos colegas as minhas profundas condolências. Enorme tristeza de um acontecimento como este, sem qualquer sentido ou racionalidade. Deixo também à PSP a minha total solidariedade" recebendo como recompensa uma reportagem na televisão do militante n.º 1 - SIC Notícias, onde se insinua o PSP ligado aos "portugueses de bem" e ao partido que vai pôr ordem nesta merda. Muito mau.

 

 

 

 

"Baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer"

por josé simões, em 02.08.21

 

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"Censos 2021 – Portugal a perder população, pela primeira vez desde a década de 60/70 do século passado. Não é uma grande surpresa. Mas é uma enorme preocupação. Provavelmente o problema mais sério que o país tem pela frente."

 

É preciso uma política inteligente de atracção de imigração qualificada;

 

Imigrantes qualificados para trabalharem nas estufas de Odemira ou na construção da futura barragem do Pisão. Na homilia semanal, com conversa de Chega, herdada do CDS, muito preocupado com a míngua de pessoas de que padece o território, sem explicar por que cargas de água um país que exporta os mais qualificados da Europa para o mundo precisa de "imigração qualificada", já que o obrigava a chegar aos salários dignos, ao mérito, ao reconhecimento, e a contrariar a narrativa do "baixar os custos do trabalho foi a reforma que ficou por fazer" que é o ADN do PSD.

 

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Duas razões

por josé simões, em 08.07.21

 

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Só há duas razões para a candidata do Chega pelo PSD à Câmara da Amadora nas autárquicas de Setembro ter direito a directos nas televisões na apresentação da candidatura e a entrevista no telejornal da hora do jantar, privilégio não concedido aos candidatos das outras formações políticas à mesma câmara, ou até aos candidatos a outras câmaras municipais, das 308 que há no país:

 

- A comunicação social gosta da chafurda e da lavasquice, do alarido e do alarme social, da gritaria que lhe dá audiências à laia de reality show;

- A comunicação social pode depois vir queixar-se de ser vítima de coação e de ataque à liberdade de imprensa por parte dos candidatos que alegremente promoveu.

 

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Domingo à noite na televisão do militante número um

por josé simões, em 05.07.21

 

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Esta gente, esta classe de empresários, como Berardo, como Luís da Maia, como Nuno Vasconcelos e como vários outros são empresários sem vergonha, sem escrúpulos e sem carácter.

 

Luís Marques Mendes, no seu espaço de comentário televisivo, a 4 de Julho de 2021.

 

 

 

 

Papagaios deslumbrados e idiotas úteis

por josé simões, em 30.06.21

 

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Quem continua a rir é Mário Crespo que durante mais de um ano promoveu o comendador, dia sim dia não no telejornal da televisão do militante n.º 1, SIC Notícias, a vender moral, rectidão, subida na vida a pulso, e objectivos patrióticos. O idiota útil no título não é o Crespo, até porque está no plural.

 

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Camarada Balsemão, a bem da Nação

por josé simões, em 05.06.21

 

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A tomada de posição dos vários partidos, a propósito da saída de Portugal da lista verde inglesa, nos telejornais da televisão do militante n.º 1, SIC Notícias, são noticiadas como "partido x disse" ou "fulano de tal pelo partido y comentou". O Chaga, o partido do deputado só, foi o único com direito a imagem e comentário próprio pela voz do líder. Em todos os telejornais, a todas as horas certas, 24 horas de um dia. Camarada Balsemão, a bem da Nação.

 

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"Marxismo cultural" ou sexta-feira à noite na televisão do militante número 1

por josé simões, em 29.05.21

 

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"Marxismo cultural" ou sexta-feira à noite na televisão do militante número 1.