"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Quando os idiotas úteis ocidentais vierem para a praça pública clamar contra a proibição das cabeças tapadas nas ruas e contra a indumentária saco de serapilheira, vulgo burqa, a que estão condenadas as mulheres pelo fundamentalismo religioso, porque é a tradição, porque é a escolha da mulher, porque a mulher até se sente nua se assim não for, porque é a imposição cultural ocidental, porque é o monoculturalismo, por que é o eurocentrismo e blah-blah-blah e outras barbaridades que tais, lembrem-se deste clip e de como a tradição é incutida nas mulheres, logo desde pequeninas que é quando se torce o pepino em qualquer lado do mundo.
Porque na land of the free and the home of the brave onde os presidentes juram so help me God e existe um partido de comerciantes de chá também há quem seja condenado depois de uma consulta à Bíblia:
Os amigos disseram que gostava de usar roupas da moda e que ficou em sétimo lugar num concurso de beleza. O seu corpo, depois de golpeado, foi enterrado numa floresta. Tinha violado as leis da Sharia e do Islão.
O agrupamento de escolas islâmicas Saudi Students Clubs and Schools in the UK and Ireland utiliza no ensino dos seus 5 000 alunos, com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos de idade, um manual onde se ensina através de diagramas como cortar as mãos a ladrões e que os judeus conspiram para dominar o mundo.
O Sheik muçulmano Suhaib Hasan, secretário da Islamic Sharia Council – entidade autorizada a aplicar a Lei Islâmica em casos de casamento, divórcio e heranças (em algumas regiões da Grã-Bretanha - Birmingham, Leyton em East London, Manchester, Bradford e Rotherham) –, vem dizer que a aplicação do código penal Sharia, nomeadamente a amputação de membros como punição para o furto, beneficiaria, e tornaria a Grã-Bretanha um lugar mais seguro.
“Qual a liberdade de escolha de uma mulher de 20 anos que vive num bairro paquistanês, filha de pais paquistaneses e de casamento marcado com um primo ou um vizinho, sem emprego porque o seu destino é casar e ter filhos, sem outro lugar para onde ir porque não conhece ninguém de fora da comunidade de origem e às vezes sem um domínio mínimo do inglês porque a tiraram da escola assim que puderam? Como é que ela vai recorrer à lei geral num caso de divórcio ou de partilhas, se todos os que lhe são próximos se regem agora pela sharia graças à generosidade dos apóstolos do multiculturalismo e do pluralismo legal? Saberão tais apóstolos que a escolha, que supõem abstractamente feita em perfeita liberdade, representa um corte total de vida, o ostracismo da família, o isolamento da comunidade, a morte social e talvez algo mais?”