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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

They live

por josé simões, em 19.12.20

 

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No espaço de uma semana tivemos o cada vez mais gordo d[n]a Goldman Sachs, Santana Lopes, Cavácuo e o pantomineiro do pin. "Não tiveram uma palavra ao país e aos cidadãos a propósito da tragédia da pandemia, nem uma mensagem de esperança ou um incentivo ao cumprimento das regras difíceis para todos, mas aí estão eles para se reclamar de uma soberba moral que nenhum facto evidencia". Não há coincidências nem acasos do destino em política. Nem almoços grátis, como diz "o outro".

 

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Reforma estrutural

por josé simões, em 14.12.20

 

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Houve um tempo que não foi há tanto tempo quanto isso em que o PCP pedia a queda do Governo por uma qualquer barbaridade de um qualquer ministro, agora "agir de cabeça quente não ajuda a resolver o problema" e "despedir ministros à peça não é o caminho". E isto, mais que uma "mudança de paradigma", é uma verdadeira "reforma estrutural".

 

 

 

 

O malogrado ministro Cabrita

por josé simões, em 13.12.20

 

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Marcelo Rebelo de Sousa, leal como um Pit bull, convoca o director-geral da polícia para discutir a reestruturação/ fusão do SEF com a PSP nas costas do primeiro-ministro e do ministro da tutela, em mais uma descarada exacerbação de funções e competências com que tem pautado o seu mandato desde o primeiro dia em que foi eleito, e com vista a condicionar a acção do Governo, ao mesmo tempo que, por interpostas pessoas, Magina da Silva e o moço de recados da Presidência, despede o alegado ministro da Administração Interna duas vezes no mesmo dia com intervalo de poucas horas. O mesmo Marcelo em que António Costa vai votar para um segundo mandato em Belém, a iniciar quando andar entretido com a presidência portuguesa da União Europeia e o Governo em Lisboa em roda livre.

 

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Um pantomineiro na Administração Interna

por josé simões, em 11.12.20

 

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Assim de repente, já tivemos um ministro que se demitiu por causa da queda de uma ponte, onde não era tido nem achado, um ministro que se demitiu por causa de uma anedota de alentejanos, um ministro que se demitiu por suspeitas de fuga ao fisco, que depois se provaram infundadas, e um ministro que foi demitido por ter simulado uns corninhos com os dedos para um deputado na bancada da Assembleia da República. Hoje temos um ministro que nove meses depois, e só depois de um trabalho de investigação jornalística que gerou uma onda de revolta e de indignação nas redes e que trouxeram a reboque os partidos políticos, aparece no Parlamento, inchado que nem um gigante de dois metros, a ser engraçadinho, a ironizar sobre o atraso de toda a gente à defesa da Lei e da Ordem e do Estado de direito e dos direitos humanos, se procurarem bem vão ver que está ao lado de Luther King em algumas fotos nas marchas pelos direitos civis, enquanto a polícia que tutela continua em roda livre, a patrocinar posts no Facebook de organizações clandestinas que fomentam o ódio, o racismo e a xenofobia, pejadas de elementos ligados à extrema-direita. É este senhor, um pantomineiro que não sabendo nada de nada sobre qualquer que seja o tema em discussão consegue perorar durante horas sobre o assunto parecendo a maior sumidade mundial na matéria, que o primeiro-ministro, António Costa, insiste manter em funções.

 

[Na imagem print screen, de post já apagado, no Facebook da GNR]

 

 

 

 

O pânico do pânico

por josé simões, em 08.12.20

 

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No partido onde toda a gente enche a boca com o "exemplo Jorge Coelho" para atirar à cara dos outros quando dá jeito, nove meses passados sobre o assassinato de um cidadão estrangeiro às mãos da "polícia dos estrangeiros", o ministro Eduardo Catita [não é gralha] não só continua alegremente em funções como até recebe delegação de funções do primeiro-ministro, António Costa, para encerrar debates parlamentares, enquanto o Estado, numa confissão de impotência para cumprir e fazer cumprir a lei e zelar pela segurança de todos os cidadãos, nacionais ou não, manda instalar um "botão de pânico" na sala de tortura que o SEF tem na Portela de Sacavém para que os perigosos imigrantes, que são culpados de tudo até prova em contrário, possam recorrer caso se sintam ameaçados, esquecendo-se de instalar também um botão de pânico para o botão de pânico, inacessível quando algemados a uma mesa ou cadeira.

 

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Conversa de populista

por josé simões, em 27.03.18

 

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Pelo jornal e pelo telejornal ficámos todos a saber que o dinheiro que não há para os guardas prisionais [não há meio de passarem a cargo de nomeação política] e para o hospital de Gaia, é o dinheiro que sobra para uma directora-adjunta do SEF andar de Mercedes, vaivém diário Oeiras-Coimbra, mais hotel, ajudas de custo e horas extra, para motorista. Uma transferência do caraças, é o que é, o Ronaldo do SEF, de Coimbra para Oeiras. Não havia ninguém tão bom táctica e tecnicamente na capital. Ou vá lá, em Almada, ou Cascais, ou Setúbal. Mas isto, para todos os efeitos, é conversa de populista.

 

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||| Os Malucos do Riso vs. Os Amigos do Pote

por josé simões, em 11.07.15

 

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«MAI contrata seguranças privados para guardarem polícias», podia ser um sketch de mais um episódio de humor básico-manhoso dos Malucos do Riso mas não, é só mais uma etapa do percurso, iniciado em 2011 pelos Amigos do Pote, no assalto ao Estado e no saque ao dinheiro dos contribuintes.


«Ministério das Finanças autorizou despesa superior a 3,3 milhões de euros». Cortar nas gorduras do Estado e fazer mais com menos foram, em 2011, recuperadas outra vez para 2105, as bandeiras do PSD e do CDS, traduzidas em cortes no subsídio de desemprego – no valor e na duração temporal, cortes no Rendimento Social de Inserção, cortes no Complemento Solidário Para Idosos, cortes na saúde e na educação, aumento de taxas e de impostos. Não há dinheiro para nada, a menos que seja para negociatas com clientela político-partidária vária, sempre à sombra do guarda-sol do Estado. “Há que aliviar o peso do Estado da economia”, eis outro mito urbano jamais saído da boca de Pedro Passos Coelho.


Esta direita que nos governa, despreza – por maltratar e malbaratar, o dinheiro do contribuinte em seu proveito, não zela pelo interesse do Estado. E merece ser punida por isso.

 

 

 

 

||| O circo de Natal

por josé simões, em 20.11.14

 

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Descontando o facto de o Governo que o CDS-PP integra não ter "um modelo de baixos salários e de desemprego para o país", descontando o ministro do CDS-PP, Pedro Mota Soares, se esforçar por apoiar a  criação de “empregos de futuro e bem remunerados” para os mais jovens numa multinacional e maior cadeia de restaurantes do país, descontando a aposta do ministro do CDS-PP, Paulo Portas, nos comissionistas avençados de uma multinacional e maior imobiliária do país, a gente ouve coisas e não acredita. Foram ditas por um ministro do Governo da Nação ou são só o animador do circo de Natal a entreter a audiência enquanto recolhem o trapézio e montam as grades para as feras?

 

"Quem é que cria mais postos de trabalho? a Remax ou o BE?"

 

 

 

 

 

 

||| Podem continuar a rebuscar ainda mais os argumentos

por josé simões, em 20.11.14

 

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A especulação imobiliária continuou de vento em popa, os preços não caíram para o seu real valor, antes pelo contrário, "o metro quadrado em Lisboa, mesmo nas zonas mais nobres" manteve o preço ou até subiu, criou empregou que se fartou onde fazia falta - na construção civil, e não nos avençados à comissão sobre as vendas - nas imobiliárias.

 

A gente vai pelos arrabaldes e pelos subúrbios das cidades – não pelos centros, que nos centros está o comércio moribundo no rés do chão e no primeiro andar mora o armazém do comércio moribundo do rés do chão, e vê ruas, praças, avenidas inteiras com prédios inteiros de T dois e T três e T quatros à venda e que foram, que vão ser salvos pelos chineses e pelos russos, que estão mortinhos por comprar habitação na Damaia ou em Santo António dos Cavaleiros ou no Poço Mouro e na Reboreda, em Setúbal, salvando assim muitas famílias que "conseguiram negociar imóveis que, se o preço caísse a abaixo do valor de compra original, ficariam ainda em maiores dificuldades. Assim puderam vender bem e depressa, reajustando as suas vidas à nova realidade", que é como quem diz continuaram a viver dentro das suas possibilidades, agora sem os anéis mas com os rendimentos dos anéis, e continuaram a poder continuar a exortar os da Damaia, de Santo António dos Cavaleiros, da Reboreda e do Poço Mouro a viver dentro das suas e a entregar as casas ao banco.

 

Podem continuar a rebuscar ainda mais os argumentos. A gente promete não se rir.

 

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|| Três bons altos quadros para o Estado

por josé simões, em 19.11.14

 

 

 

 Para secretário-geral da Justiça ou director-nacional dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras ou director do Serviço de Informação de Segurança, por exemplo.

 

"Funcionários municipais devolveram 4407 euros encontrados no lixo"

 

 

 

 

 

 

 

||| Canalhocracia [Capítulo III]

por josé simões, em 19.11.14

 

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«Confrontada com as declarações de Teixeira da Cruz, a CRESAP desmente a ministra. Fonte oficial assinalou que foi a ministra quem "procedeu à designação por escolha da sua inteira responsabilidade". De acordo com a CRESAP, no concurso para o cargo de presidente do IRN, aberto em outubro de 2013, "não foram encontrados pelo júri três candidatos com mérito", condição exigida para serem apresentados três nomes à tutela. Refira-se que o mesmo já tinha acontecido num primeiro concurso. 

 

De acordo com documentos que a CRESAP facultou ao DN, neste concurso houve apenas quatro candidatos, entre os quais o próprio António Figueiredo, que estava à frente do instituto (antes direção-geral) desde 2004. Um dos quatro membros do júri era Maria Antónia Anes, que subscreveu também a ata a informar da ausência de três candidatos com mérito. 

 

"Isto significa", sublinha a negrito o porta-voz do organismo, "que a CRESAP não indicou o nome do Dr. António Figueiredo à Senhora Ministra da Justiça porque não chegou a apresentar uma proposta de designação, pelas razões apresentadas".»

 

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Canalhocracia, Capítulo I

 

Canalhocracia, Capítulo II

 

 

 

 

 

 

||| Canalhocracia [Capítulo II]

por josé simões, em 17.11.14

 

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"Facilitava alguns processos porque "tinha instruções políticas para tudo fazer para dinamizar os vistos gold" [...].

 

[...] o gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas - grande impulsionador dos vistos gold -, garantiu: "Daqui não houve certamente nenhuma instrução política".

 

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Canalhocracia, Capítulo I

 

 

 

 

 

 

||| O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 17.11.14

 

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"[...] tendo em conta a especial responsabilidade que recai sobre um ministro como o da Administração Interna, e a necessidade de manter uma inquestionável autoridade política no exercício dessas funções [...]" que não é a mesma especial responsabilidade que recai sobre um ministro como o da Justiça, por exemplo, ministério onde não há a necessidade de manter uma inquestionável autoridade política no exercício de funções, para já não falar do ministério dos Negócios Estrangeiros, o tal, o da "nossa imagem no estrangeiro". Vai acabar, mais cedo ou mais tarde, ministro. À frente de um ministério com "especial responsabilidade" a necessitar de "inquestionável autoridade política".

 

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||| Canalhocracia

por josé simões, em 16.11.14

 

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Um país que, a troco de um punhado de euros, dá a nacionalidade e um livre-trânsito para o espaço de Schengen a todo o mafioso branqueador de capitais que lhe bata à porta, em casos do foro judicial e não, nunca, em tempo algum, do foro político, como se não fossem de nomeação política e da confiança dos políticos que os nomearam os suspeitos investigados.

 

"A nossa imagem no estrangeiro", eis uma expressão que, subitamente caiu em desuso neste Governo.

 

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||| Chicago, anos 30

por josé simões, em 16.11.14

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Tudo boa gente a dar idoneidade e seriedade, vender não que, para o caso, estragava tudo.

Tudo gente seríssima, com um azar do caralho nas sociedades em que se vê envolvida, diz-me com quem andas não se aplica aqui.

Ex-ministros e ex-outras-coisas-e-cargos-ligados-aos-partidos-dos-ex--e-dos-actuais-ministros que vêem o nome envolvido em sociedades que não lembram ao Diabo nem aos próprios, aquela coisa da memória aliada ao comer queijo, muito.

Ministros amigos de detidos, detidos sócios de ministros, directores-gerais, e outros directores mais ou menos gerais, nomeados por ministros que são ministros por nomeação partidária do partido que nomeia directores-gerais que estão ali à mão do partido.

E o caso que diz respeito à justiça e não há política porque os cargos são de nomeação judicial e não de nomeação política e aé porque todos os envolvidos chegaram até onde chegaram por mérito e competência e não por serem militantes do partido político que os nomeou.

E depois há o populismo. A espreitar, à coca, é preciso ter cuidado. Com o populismo, que é contra os partidos. E tal.

E ainda há a teoria da conspiração, que estas coisas só são estas coisas porque o ministro é sócio do detido e o detido é sócio do ex-ministro que não se lembra de ser sócio do detido e que vê o seu nome envolvido porque é do partido que nomeou o ministro que nomeou o director-geral que é próximo do partido.

 

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