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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Os gloriosos dias das "vistas maravilhosas"

por josé simões, em 24.09.20

 

ines-medeiros.jpg

 

 

Cada vez mais perto os gloriosos dias das "vistas maravilhosas" em que deitados na toalha no areal de Tróia teremos como paisagem o Cristo-Rei, a ponte 25 de Abril e toda a linha de costa desde Lisboa até Cascais.

 

Secil estuda ampliação da pedreira no Parque Natural da Arrábida

 

[Inês de Medeiros na imagem, de autor desconhecido, por causa]

 

 

 

 

A Arrábida

por josé simões, em 14.05.07

 

Salvé ó vale do sul, saudoso e belo!

Salve, ó pátria da paz, deserto santo,

Onde não ruge a grande voz das turbas!

 

(…)

 

Suspira o vento no álamo frondoso;

As aves soltam matutino canto;

Late o lebréu na encosta, e o mar sussurra

Dos alcantis ma base carcomida:

Eis o ruído do ermo! Ao longe, o negro,

Insonsado oceano, e o céu cerúlio

Se abraçam no horizonte. Imensa viagem

Da eternidade e do infinito, salve!

 

(…)

 

(…) Aqui não cresce

Em vaso de alabastro a flor cativa,

Ou árvore educada por mão de homem,

Que lhe diga: “És escrava”, e erga um ferro

E lhe decepe os troncos. Como é livre

A vaga do oceano, é livre no ermo

A bonina rasteira ou freixo altivo!

Não lhe diz: “Nasce aqui, ou lá não cresças”

Humana voz. Se baqueou o freixo,

Deus o mandou; se a flor pendia murcha,

É que o rocio não desceu de noite,

E da vida o Senhor lhe nega a vida.

 

Alexandre Herculano