"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"Anda tudo doido!". "É partidarizar o Governo!" [sendo que desta ninguém se riu]. "Não tem experiência!". A comunicação social capturada ou os repetidores de spin da direita radical, sem sequer pararem para pensar quantos secretários de Estado e ministros desde que há democracia em Portugal chegaram ao cargo com um currículo de experiência atrás de si [até nem dá trabalho, está aqui tudo na net para consulta e de borla], todos de microfone esticado na porta da tomada de posse "Senhor primeiro-ministro! senhor primeiro-ministro! não nos quer explicar a nomeação do secretário de Estado da Energia?". "João Galamba!", João Galamba!", não nos quer falar sobre a sua nova função?".
Depois queixam-se e fazem congressos de jornalismo.
Depois da campanha massiva de intoxicação da opinião pública, desde os jornais às televisões, passando pela bloga e pelas redes sociais, por parte daqueles que, depois de ganhas as eleições e afastados os despesistas e irresponsáveis e e naïfs socialistas da aposta nas energias renováveis e na mobilidade eléctrica, seriam contratados e encaixados como "especialistas" e "técnicos" em tudo o que é ministério e secretaria de Estado:
Mas como esta gentinha não dá ponto sem nó e como «o modelo passa por liberalizar a rede pública de carregamento de carros eléctricos, que é gerida actualmente pela Mobi.e, abrindo-a à concorrência e permitindo "tornar o carregamento mais próximo dos cidadãos"» há que garantir ao cidadão que «poderá fazer o carregamento em qualquer ponto (casa, condomínio, trabalho, centros comerciais, via pública), sempre com o mesmo cartão pré-pago ou pós-pago, sendo as tarifas fixadas pelo operador de ponto de carregamento e pelo operador de comercialização de electricidade para a rede de mobilidade eléctrica». Casa, condomínio, trabalho, mais três fontes de rendimento para a iniciativa privada, que bem necessitada anda, coitada, desenganem-se os cidadãos e as empresas que isto não é carregar telemóveis, smartphones e tablets. Bem que podiam começar a testar o sistema mesmo por aí, cartões pré-pagos e pós-pagos para carregar baterias de androids e iPhones.
Mais renováveis menos nuclear, mais Mexia menos Mira, mais rendas menos rendas, quem é que pesa mais nos pratos dos bons e dos maus na balança da opinião pública? Isso o professor não disse.
Entretanto, António Mexia pode continuar a apresentar os resultados que provam até à exaustão ser o melhor gestor do mundo e arredores e a justificar o correspondente salário mais bónus, assim haja contribuinte. Olé!