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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

O cobrador

por josé simões, em 05.04.18

 

cobrador fraque.png

 

 

Com mais ou menos ministro da pasta desaparecido em combate [alguém sabe o nome do senhor assim de repente num inquérito de rua?], com mais ou menos incompetência de um secretário de Estado [Setúbal, por exemplo, não precisa de companhia de teatro para coisa nenhuma, as pessoas apanham o bus e num estantinho estão na Praça de Espanha, mesmo ao lado da Comuna e em frente ao Teatro Aberto], com mais ou menos aumento em 59% nas verbas disponíveis para o apoio às artes, a verdade é que não é impunemente que se enfeita a lapela com música, literatura, pintura, teatro, cinema, arquitectura, empresários do sector [que têm o dom de adivinhar sempre para onde é que o vento da política vai começar a soprar] para inchar um político "Chamions League" sem que o cobrador da cultura venha a curto prazo bater à porta.

 

[Imagem de autor desconhecido]

 

 

 

 

||| A Voz do Povo

por josé simões, em 22.08.14

 

 

 

Ao balcão do café: "O Xavier, da Cultura, alguma vez leu Klaus Mann ou viu o Mephisto do Klaus Maria Brandauer?"

 

 

 

 

 

 

||| De um país de poetas tesos a um país de fotógrafos. Remunerados

por josé simões, em 21.08.14

 

 

 

Agora é só cada português inscrever-se na Sociedade Portuguesa de Autores para passar a receber royalties provenientes das fotos que posta no Facebook e no Instagram tiradas com o telemóvel taxado pelo Governo para remunerar e acudir aos autores.

 

De um país de poetas tesos a um país de fotógrafos. Remunerados. Do capitalismo popular, onde cada cidadão era accionista de qualquer coisa, ao país do rendimento mínimo assegurado, por via da criação de qualquer coisa. É isto, não é, ou é apenas mais um roubo de Lei?

 

E já que pagamos taxa pelas fotografias que tiramos e pelos downloads que não fazemos é agora legítimo, porque está coberto pela Lei e pela taxa, desatar a fazer downloads e a piratear como se não houvesse amanhã. Continua a ser isto, não continua?

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Os patriotas da Aliança Portugal

por josé simões, em 12.05.14

 

 

||| Lembrei-me agora

por josé simões, em 05.02.14

 

 

 

Também tem arte "roubada" e também tem colaboracionismo.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Lembrei-me agora, senhor Xavier da Kultura

por josé simões, em 04.02.14

 

 

 

"Hoje em dia, os métodos da Lógica só servem para resolver problemas secundários", André Breton in Manifesto Surrealista, 1924.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

||| Coisas que o senhor Xavier da Kultura nunca irá perceber

por josé simões, em 04.02.14

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[Aqui]

 

 

 

 

 

 

|| Coerente

por josé simões, em 05.11.12

 

 

 

Nem se vai dar pela falta, assim como assim também é tudo para privatizar ou para ceder a exploração a entidades privadas.

 

Temos destas coisas, a opinião privada convencer a opinião pública de que o privado cuida melhor da sua/ nossa memória colectiva.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

|| Da série "Coisas Verdadeiramente Surpreendentes"

por josé simões, em 24.10.12

 

 

 

Portugal tinha um secretário de Estado da Cultura.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

 

|| Cúmplices

por josé simões, em 19.09.12

 

 

|| O achismo

por josé simões, em 30.10.11

 

 

 

"Acharam que vestiria a pele de estalinista" diz o senhor Francisco da Cultura. E podia vir com ponto de interrogação que ia dar no mesmo. Diz o senhor Nuno da Educação que "É necessário concentrar nas disciplinas essenciais". E podia vir com um "achamos que" antes do verbo ser que ia dar no mesmo. E quem é que achava o que era ou o que não era essencial? Obviamente o senhor José. Ou o senhor António.

 

Sejamos directos: vai vir merda grossa. Ler e contar e saber quem foi o primeiro rei de Portugal, e se calhar trabalhos manuais. A baixa qualificação tem de incluir o saber trabalhar com uma goiva e uma agulha para fazer sapatos em S. João da Madeira. A filosofia e as artes estimulam o espírito critico e ter gente, muita gente a pensar, muito nunca deu bom resultado. O princípio é o mesmo que se aplica à economia, não é trabalhar melhor, é trabalhar mais horas. Não é estudar melhor, é aumentar a carga horária.

 

E sempre fomos muito dados a deixar que os outros achassem por nós. E é o que vai valendo. E agora todos encarneirados de braços no ar e com o isqueiro acesso a cantar o "Ai Timor" do Luís Represas. É preciso unir o povo à roda de um grande desígnio nacional.

 

 

 

 

 

 

|| Juden

por josé simões, em 29.08.11

 

 

|| Não é bem assim, mas prontEs

por josé simões, em 26.07.11

 

 

 

 

E basta ver de cada vez que toca [na avenida, no largo, na romaria] uma banda rock, uma orquestra filarmónica, um cantor pimba, umas marchas populares, um festival de teatro, or else, que o povo acorre. Em massa. É de graça, um pormenor. Ninguém gasta dinheiro em cultura e/ ou espectáculos se não lhe sobra das contas do mês.

 

E depois há o gang sindicato do subsídio, outro pormenor. Receber dinheiro público para produzir espectáculos aos quais o público não adere. Malgré as barragens massivas de bajulação críticas de excelência nos jornais e revistas, mais ou menos da especialidade. O povo não tem dinheiro para ler jornais, mais outro pormenor.

 

O povo é inculto porque sempre consumiu a rasquice que lhe põem na gamela, dizem. O mesmo povo que dá e tira maiorias parlamentares a quem dá e tira subsídios à cultura.

 

(Imagem Karlheinz Stockhausen, via AP)