"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
De leitura obrigatória em todas as escolas do país, do o 1.º ao 3.º ciclo do ensino público e ensino privado. Para uma data tão importante, mais importante que o 25 Abril, que o 1.º de Dezembro, que o 28 de Maio não sei, que o 14 de Agosto de 1385 e que o dia em que Bartolomeu Dias dobrou as Tormentas em Esperança apadrinhado por El-Rei D. João II. O ministro Nuno Crato, que percebe do ofício, sabe por onde começar.
Por estar num processo de aprendizagem e por não ter um passado de conhecimento, suficientemente "rico", para ter conhecimento e aprendido um mínimo dos mínimos sobre o passado, um puto - ainda que vestido com roupa de homem e com os óculos de aros suficientemente grossos na cara para lhe conferir respeitabilidade - investido de funções de Governo, é sempre um puto:
Carlos Moedas que entrou directamente para os primeiros lugares do Top of the Pops do anedotário político nacional com a afirmação de que o rating da República voltaria a subir assim que o PSD fosse Governo, e que é ainda demasiado novo [na aparência, porque de mentalidade consegue ser mais velho que o meu avô que já morreu] para ter direito a uma corte de pitonisas que lhe interpretem o pensamento, à imagem do que acontece com Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite, viu-se na contingência de vir ele próprio pitonisar [inventei agora] sobre ele próprio. Que não escreveu o que realmente escreveu, que houve um erro de tradução. Temos pena. Não que Carlos Moedas aprenda à própria custa e que ainda assim não tenha de carregar a cruz até ao fim dos dias da sua vida porque, como diz o outro, "há muita fraca memória na política e nos políticos" e o senhor tem, quase de certeza, um futuro radioso pela frente, ligado ao Estado ou no privado por ser "cara conhecida"; mas temos pena da facilidade com que, independentemente das competências, os destinos de um país fiquem nas mãos do primeiro que aparece, e temos pena que o povo tenha de aprender à custa dos Carlos Moedas deste país.
As pessoas não lêem jornais, as pessoas não vêem televisão, as pessoas não têm internet e não vão ao feiçe buque e ao tuita e ao gugle mais, as pessoas é trabalho casa casa trabalho, e em 3 – três – 3 meses passou a haver uma «situação internacional» [que as pessoas confundem com a Internacional Situacionista?] e andamos aqui à nora sem perceber nada do que estamos a fazer, ponto final.
Anda uma pessoa a aprender na escola e a ler em tudo o que é jornal e a ouvir a toda a hora em tudo o que é debate e entrevista que os custos de produção são os factores com maior peso na competitividade das empresas, para isto.