|| Desenraizar para dividir e governar
Nos idos de Salazar, e com uma guerra colonial a despedaçar famílias, os mancebos do Porto assentavam praça em Lagos e os de Lagos em Coimbra e os de Elvas em Lisboa e os de Lisboa em Bragança e por aí. Com uma cunha ficava-se à porta de casa. Uma cunha para os fiáveis e fiéis. Foi assim com o senhor Alberto João, por exemplo.
O Governo Passos Coelho/ Paulo Portas, da família-núcleo-central-e-fundamental-da-sociedade-amém, quer colocar professores com mulher/ marido e filhos, família constituída, professores em via de constituir família, até 60 kms da escola onde se é efectivo. Agora, porque na ideia original podia ser para qualquer parte do Portugal, que já não é do Minho a Timor.
A direita portuguesa, de linhagem directa do salazarismo e do Estado Novo e que nunca fez acto de contrição nem exorcizou fantasmas, amém. Por via do catolicismo e do mui judaico-cristão recalcar a culpa.
Há quem os leve a sério. E é para levar. Mas nunca pela conversa de ir ao cu da "mobilidade social".
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